ENCICLOPÉDIA MINEIRA: Prof. Marcos Tadeu Cardoso

Um projeto do Prof. Marcos Tadeu Cardoso, um livro publicado narrando a história das principais cidades Mineiras.
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Trabalho dos escravos no Brasil
Trabalho dos escravos indígenas e africanos, condições de trabalho, resistência, trabalho na agricultura e nas minas, escravidão no Brasil

escravos trabalhando num engenho Escravos de origem africana trabalhando num engenho de açúcar no Brasil Colonial



O trabalho dos escravos indígenas

Os índios foram usados no Brasil desde os primeiros anos da colonização até o século XVIII. Os colonos portugueses escravizaram os índios para que eles trabalhassem, principalmente, na extração de madeira. Os índios escravizados cortavam e transportavam a madeira até as embarcações.

Os índios eram muito explorados e recebiam duros castigos físicos quando se recusavam a trabalhar ou faziam algo errado. Muitos não aguentavam a situação e morriam.

O trabalho dos escravos africanos no Brasil

Os portugueses que colonizaram o Brasil foram buscar na África a mão-de-obra necessária para a cultura da cana-de-açúcar. Os escravos trabalhavam em todas as etapas da produção do açúcar, desde o plantio até a fabricação do açúcar nos engenhos. Trabalhavam de sol a sol e eram castigados com violência quando não cumpriam ordens, erravam no trabalho ou tentavam fugir. Tinham que executar todos os trabalhos solicitados por seu “dono”.

As mulheres escravas também trabalhavam muito, porém alguns tinham a “sorte” de realizarem serviços domésticos (limpeza, culinária, cuidar das crianças). Essas tinham uma atividade menos penosa.

Os filhos dos escravos trabalhavam desde muito cedo. Por volta dos oito anos já eram obrigados a executar trabalhos de adultos e praticamente perdiam sua infância.

A partir da metade do século XVIII, com a descoberta das minas de ouro, os escravos de origem africana passaram a trabalhar também na mineração. Faziam o trabalho mais pesado, ou seja, quebravam pedras, carregavam cascalho e atuavam na busca de pepitas de ouro nos rios.

Conclusão

O trabalho imposto aos escravos no Brasil até a abolição (1888) foi duro, massacrante e injusto (pois era obrigatório, sem direitos e sem remuneração). Recebiam apenas alimentação de baixa qualidade, roupas velhas e alojamento (senzala) subumano. Muitos escravos não resistiam e morriam de doenças ou em acidentes de trabalho, que eram comuns na época. Não possuíam não direito e eram vendidos e comprados como mercadorias. Contra estas condições de trabalho, muitos escravos fizeram revoltas ou fugiram, formando os quilombos, onde podiam trabalhar de acordo com os costumes africanos.
Quilombos
História dos Quilombos, os quilombolas, o Quilombo dos Palmares, Zumbi dos Palmares, cultura africana, formação da cultura afro-brasileira, luta dos negros na História do Brasil

Zumbi, líder dos Quilombo dos Palmares Zumbi dos Palmares: líder do Quilombo dos Palmares



História dos quilombos

No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.

Na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas.

Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares. No ano de 1670, este já abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que incomodava os habitantes.

Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os ser­viços do bandeirante Domingos Jorge Velho.

A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados.

Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro-brasileira.

Comunidades quilombolas na atualidade

Muitos quilombos, por estarem em locais afastados, permaneceram ativos mesmo após a abolição da escravatura. Eles deram origens às atuais comunidades quilombolas. Existem atualmente cerca de 1.100 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares. Grande parte destas comunidades está situada em estados das regiões Norte e Nordeste.
Abolição da Escravatura - Lei Áurea
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princesa Isabel Princesa Isabel: assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888



Introdução

Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.

Processo de abolição da escravatura no Brasil

Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.

Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.

A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.

Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

A vida dos negros brasileiros após a abolição

Após a abolição, a vida dos negros brasileiros continuou muito difícil. O estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que os ex-escravos pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado. Muitos setores da elite brasileira continuaram com o preconceito. Prova disso, foi a preferência pela mão-de-obra europeia, que aumentou muito no Brasil após a abolição. Portanto, a maioria dos negros encontrou grandes dificuldades para conseguir empregos e manter uma vida com o mínimo de condições necessárias (moradia e educação principalmente).
Lei do Ventre Livre
O que foi a Lei do Ventre Livre, escravidão no Brasil, lei abolicionista, Lei na integra, resumo

Lei do Ventre Lei do Ventre Livre: liberdade aos filhos de escravos



Lei do Ventre Livre

A Lei do Ventre Livre, também conhecida como “Lei Rio Branco” foi uma lei abolicionista, promulgada em 28 de setembro de 1871 (assinada pela Princesa Isabel). Esta lei considerava livre todos os filhos de mulher escravas nascidos a partir da data da lei.

Como seus pais continuariam escravos (a abolição total da escravidão só ocorreu em 1888 com a Lei Áurea), a lei estabelecia duas possibilidades para as crianças que nasciam livres. Poderiam ficar aos cuidados dos senhores até os 21 anos de idade ou entregues ao governo. O primeiro caso foi o mais comum e beneficiaria os senhores que poderiam usar a mão-de-obra destes “livres” até os 21 anos de idade.

A Lei do Ventre Livre tinha por objetivo principal possibilitar a transição, lenta e gradual, no Brasil do sistema de escravidão para o de mão-de-obra livre. Vale lembrar que o Brasil, desde meados do século XIX, vinha sofrendo fortes pressões da Inglaterra para abolir a escravidão.

Junto com a Lei dos Sexagenários, A Lei do Ventre Livre (1887), a Lei do ventre Livre serviu também para dar uma resposta, embora fraca, aos anseios do movimento abolicionista.

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LEI Nº 2040 de 28.09.1871 - LEI DO VENTRE LIVRE

A Princesa Imperial Regente, em nome de S. M. o Imperador e Sr. D. Pedro II, faz saber a todos os cidadãos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:

Art. 1.º - Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei serão considerados de condição livre.

§ 1.º - Os ditos filhos menores ficarão em poder o sob a autoridade dos senhores de suas mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos. Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá opção, ou de receber do Estado a indenização de 600$000, ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21 anos completos. No primeiro caso, o Govêrno receberá o menor e lhe dará destino,em conformidade da presente lei.

§ 6.º - Cessa a prestação dos serviços dos filhos das escravas antes do prazo marcado no § 1°. se por sentença do juízo criminal reconhecer-se que os senhores das mães os maltratam, infligindo-lhes castigos excessivos.

Art. 2.º - O govêrno poderá entregar a associações, por êle autorizadas, os filhos das escravas, nascidos desde a data desta lei, que sejam cedidos ou abandonados pelos senhores delas, ou tirados do poder dêstes em virtude do Art. 1.º- § 6º.

§ 1.º - As ditas associações terão direito aos serviços gratuitos dos menores até a idade de 21 anos completos, e poderão alugar êsses serviços, mas serão obrigadas:

1.º A criar e tratar os mesmos menores;

2.º A constituir para cada um dêles um pecúlio, consistente na quota que para êste fim fôr reservada nos respectivos estatutos;-

3.º A procurar-lhes, findo o tempo de serviço, apropriada colocação.

§ 2.º - A disposição dêste artigo é aplicável às Casas dos Expostos, e às pessoas a quem os juízes de órfãos encarregarem da educação dos ditos menores, na falta de associações ou estabelecimentos criados para tal fim.

§ 4.º - Fica salvo ao Govêrno o direito de mandar recolher os referidos menores aos estabelecimentos públicos, transferindo-se neste caso para o Estado as obrigações que o § 1.º impõe às associações autorizadas.

Art. 3.º - Serão anualmente libertados em cada província do Império tantos escravos quantos corresponderem à quota anualmente disponível do fundo destinado para a emancipação...

Art. 4.º - É permitido ao escravo a formação de um pecúlio com o que lhe provier de doações, legados e heranças, e com o que, por consentimento do senhor, obtiver do seu trabalho e economias. O govêrno providenciará nos regulamentos sôbre a colocação e segurança do mesmo pecúlio.

§ 1.º - Por morte do escravo, a metade do seu pecúlio pertencerá ao cônjuge sobrevivente, se o houver, e a outra metade se transmitirá aos seus herdeiros, na forma da lei civil. Na falta de herdeiros o pecúlio será adjudicado ao fundo de emancipação, de que trata o art. 3.º...

§ 4.º - O escravo que pertencer a condôminos e fôr libertado por um dêstes, terá direito a sua alforria indenizando os outros senhores da quota do valor que lhes pertencer. Esta indenização poderá ser paga com serviços prestados por prazo não maior de sete anos...

§ 7.º - Em qualquer caso de alienação ou transmissão de escravos, é proibido, sob pena de nulidade, separar os cônjuges e os filhos menores de doze anos do pai ou da mãe.

§ 8.º - Se a divisão de bens entre herdeiros ou sócios não comportar a reunião de uma família, e nenhum dêles preferir conservá-lo sob seu domínio, mediante reposição da quota, ou parte dos outros interessados, será a mesma família vendida e o seu produto rateado...

Art. 6.º - Serão declarados libertos:

§ 1.º - Os escravos pertencentes à nação, dando-lhes o govêrno a ocupação que julgar conveniente.

§ 2.º - Os escravos dados em usufruto à Coroa.

§ 3.º - Os escravos das heranças vagas.

§ 4.º - Os escravos abandonados por seus senhores. Se êstes os abandonarem por inválidos, serão obrigados a alimentá-los, salvo o caso de penúria, sendo os alimentos taxados pelo juiz de órfãos.

§ 5.º - Em geral, os escravos libertados em virtude desta lei ficam durante 5 anos sob a inspeção do govêrno. Êles são obrigados a contratar seus serviços sob pena de serem constrangidos, se viverem vadios, a trabalhar nos estabelecimentos públicos. Cessará, porém, o constrangimento do trabalho, sempre que o liberto exigir contrato de serviço.

Art. 8.º - O Govèrno mandará proceder à matrícula especial de todos os escravos existentes do Império, com declaração do nome, sexo, estado, aptidão para o trabalho e filiação de cada um, se fôr conhecida.

§ 1.º - O prazo em que deve começar e encerrar-se a matrícula será anunciado com a maior antecedência possível por meio de editais repetidos, nos quais será inserta a disposição do parágrafo seguinte.

§ 2.º - Os escravos que, por culpa ou omissão dos interessados não forem dados à matrícula, até um ano depois do encerramento desta, serão por êste fato considerados libertos.

§ 4.º - Serão também matriculados em livro distinto os filhos da mulher escrava, que por esta lei ficam livres. Incorrerão os senhores omissos, por negligência, na multa de 100$000 a 200$000, repetidas tantas vêzes quantos forem os indivíduos omitidos, e por fraude nas penas do ari. 179 do código criminal.

§ 5.º - Os párocos serão obrigados a ter livros especiais para o registro do nascimento e óbitos dos filhos de escravas, nascidos desde a data desta lei. Cada omissão sujeitará os párocos à multa de 100$000.

Art. 9.º - O Govêrno em seus regulamentos poderá impor multas até 100$000 e penas de prisão simples até um mês.

Art. 10º - Ficam revogadas as disposições em contrário. Manda, portanto, a tôdas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém. O Secretário de Estado de Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas a faça imprimir, publicar e correr.

Dada no Palácio do Rio de Janeiro, aos 28 de setembro de 1871, 50.º da Independência e do Império

Princesa Imperial Regente - Teodoro Machado Freire Pereira da Silva.
Escravidão no Brasil
A história da escravidão no Brasil, escravidão negra africana no Brasil Colônia, tráfico de escravos, os navios negreiros, trabalho escravo nos engenhos e nas minas de ouro, os castigos, as revoltas, os quilombos, carta de alforria, fim da escravidão, Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, Lei Áurea, Abolição da escravatura

Os porões de um navio negreiro



História da Escravidão: Introdução

Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.

Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.

Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.

Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.

Escravidão no Brasil

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.

O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.

Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.

Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

A vida dos negros após a abolição da escravidão

Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.
Guerra dos Emboabas
A História da Guerra dos Emboabas, os bandeirantes, paulistas e forasteiros na revolta dos emboabas, História do Brasil no século do ouro, História de São Paulo, início do ciclo do ouro na História do Brasil, o Capão da Traição.

bandeirante Borba Gato O bandeirante Borba Gato: líder dos paulistas na Guerra dos Emboabas



Introdução

Por volta do final do século XVII, os paulistas que residiam na capitania de São Vicente encontraram ouro no sertão. Este fato fez com que muitos garimpeiros e portugueses fossem para aquela região.

Causas e conflitos

Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir, os paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que haviam encontrado, uma vez que este, estava nas terras em que viviam.

Entretanto, os forasteiros pensavam e agiam diferentemente; estes, por sua vez, eram os chamados emboabas. Os emboabas formaram suas próprias comunidades, dentro da região que já era habitada pelos paulistas; neste mesmo local, eles permaneciam constantemente vigiando todos os passos dos paulistas. Os paulistas eram chefiados pelo bandeirante Manuel de Borba Gato; já o líder dos emboabas era o português Manuel Nunes Viana.

Dentro desta rivalidade ocorreram muitas situações que abalaram consideravelmente as relações entre os dois grupos. Os emboabas limitaram os paulistas na região do Rio das Mortes e seu o líder foi proclamado "governador". A situação dos paulistas piorou ainda mais quando estes foram atacados em Sabará.

Após seu sucesso no ataque contra os paulistas, Nunes Viana foi tido como o "supremo ditador das Minas Gerais", contudo, este, por ordem do governador do Rio de Janeiro, teve que se retirar para o rio São Francisco.

Inconformados com o tratamento que haviam recebido do grupo liderado por Nunes Viana, os paulistas, desta vez sob liderança de Amador Bueno da Veiga, formaram um exército que tinha como objetivo vingar o massacre de Capão da Traição. Esta nova batalha durou uma semana. Após este confronto, foi criada a nova capitania de São Paulo, e, com sua criação, a paz finalmente prevaleceu.
História do Brasil Colônia - O Período Colonial
Tratado de Tordesilhas, Descobrimento do Brasil, Capitanias Hereditárias, Exploração do pau-brasil, escravidão indígena e africana, ciclo da cana-de-açúcar, domínio holandês no Brasil, bandeirantes, ciclo do ouro, Guerra dos Emboabas, Revolta de Filipe dos Santos, Inconfidência Mineira e Pacto Colonial.

imagem de um engenho de açúcar - história
Engenho de açúcar da época colonial



O Período Pré-Colonial: A fase do pau-brasil (1500 a 1530)

A expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo (valorização da cultura européia em detrimento das outras), pois desconsidera a existência dos índios em nosso país antes da chegada dos portugueses. Portanto, optamos pelo termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Esta ocorreu em 22 de abril de 1500, data que inaugura a fase pré-colonial.

Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na terra. Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da Mata Atlântica.
O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos. Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).

Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu as terras recém descobertas em 1494). Os corsários ou piratas também saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil, provocando pavor no rei de Portugal. O medo da coroa portuguesa era perder o território brasileiro para um outro país. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados.

Os portugueses continuaram a exploração da madeira, construindo as feitorias no litoral que nada mais eram do que armazéns e postos de trocas com os indígenas.

No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização. Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.

A fase do Açúcar (séculos XVI e XVII )

O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil. A mão-obra-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.

O trabalho escravo num engenho de açúcar

Administração Colonial

Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. O território foi dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários. Estes podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. No geral, o sistema de Capitanias Hereditárias fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresentaram resultados satisfatórios, graças aos investimentos do rei e de empresários.

Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.

Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.

A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.

A economia colonial

A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.

As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.

O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.

A sociedade Colonial

A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana.

Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.

A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos).

Invasão holandesa no Brasil

Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de holandeses. Interessados no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um governo em nosso território. Sob o comando de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos em Recife, modernizando a cidade.

Expansão territorial: bandeiras e bandeirantes

Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

O bandeirante Domingos Jorge Velho

O Ciclo do Ouro: século XVIII

Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar o quinto. O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e correspondia a 20% de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.

A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.

O trabalho dos tropeiros foi de fundamental importância neste período, pois eram eles os responsáveis pelo abastecimento de animais de carga, alimentos (carne seca, principalmente) e outros mantimentos que não eram produzidos nas regiões mineradoras.

Desenvolvimento urbano nas cidades mineiras

Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil : Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina e Mariana.
Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.

Igreja de Ouro Preto
Governo-Geral
O que foi, administração colonial, os governadores gerais, criação do sistema

Tomé de Souza - primeiro governador geral do Brasil
Tomé de Souza: primeiro governador geral do Brasil




Criação do sistema

Em função do desempenho insatisfatório do sistema de Capitanias Hereditárias, D. João III, rei de Portugal resolveu criar o Governo-Geral no Brasil no ano de 1549. Era uma forma de centralizar o poder na colônia e acabar com a desorganização administrativa.

Governadores Gerais

Os três governadores gerais do Brasil que mais se destacaram foram Tomé de Souza, Duarte da Costa e Mem de Sá.

Resultados

Como resultados da implantação deste sistema político-administrativo no Brasil, podemos citar: catequização de indígenas, desenvolvimento agrícola e incentivo à vinda de mão-de-obra escrava africana para as fazendas brasileiras.

Este sistema durou até o ano de 1640, quando foi substituído pelo Vice-Reinado.
Capitanias Hereditárias
O Sistema das Capitanias Hereditárias, os donatários, o Governo Geral, origens da desigualdade na distribuição de terras no Brasil, administração do Brasil Colonial, divisão territorial, mapa, História do Brasil Colonial, administração da colônia

Mapa das Capitanias Hereditárias (clique no mapa para ampliar)



Introdução

Logo após o descobrimento do Brasil (1500), a coroa portuguesa começou a temer invasões estrangeiras no território brasileiro. Esse temor era real, pois corsários e piratas ingleses, franceses e holandeses viviam saqueando as riquezas da terra recém descoberta. Era necessário colonizar o Brasil e administrar de forma eficiente.

Formação das Capitanias Hereditárias

Entre os anos de 1534 e 1536, o rei de Portugal D. João III resolveu dividir a terra brasileira em faixas, que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Estas enormes faixas de terras, conhecidas como Capitanias Hereditárias, foram doadas para nobres e pessoas de confiança do rei. Estes que recebiam as terras, chamados de donatários, tinham a função de administrar, colonizar, proteger e desenvolver a região. Cabia também aos donatários combater os índios de tribos que tentavam resistir à ocupação do território. Em troca destes serviços, além das terras, os donatários recebiam algumas regalias, como a permissão de explorar as riquezas minerais e vegetais da região.

Estes territórios seriam transmitidos de forma hereditária, ou seja, passariam de pai para filho. Fato que explica o nome deste sistema administrativo.

As dificuldades de administração das capitanias eram inúmeras. A distância de Portugal, os ataques indígenas, a falta de recursos e a extensão territorial dificultaram muito a implantação do sistema. Com exceção das capitanias de Pernambuco e São Vicente, todas acabaram fracassando. Desta forma, em 1549, o rei de Portugal criou um novo sistema administrativo para o Brasil: o Governo-Geral. Este seria mais centralizador, cabendo ao governador geral as funções antes atribuídas aos donatários.

Embora tenha vigorado por pouco tempo, o sistema das Capitanias Hereditárias deixou marcas profundas na divisão de terra do Brasil. A distribuição desigual das terras gerou posteriormente os latifúndios, causando uma desigualdade no campo. Atualmente, muitos não possuem terras, enquanto poucos possuem grandes propriedades rurais.

Principais Capitanias Hereditárias e seus donatários: SãoVicente (Martim Afonso de Sousa), Santana, Santo Amaro e Itamaracá (Pêro Lopes de Sousa); Paraíba do Sul (Pêro Gois da Silveira),Espírito Santo (Vasco Fernandes Coutinho), Porto Seguro (Pêro de Campos Tourinho), Ilhéus (Jorge Figueiredo Correia), Bahia (Francisco Pereira Coutinho). Pernambuco (Duarte Coelho), Ceará (António Cardoso de Barros), Baía da Traição até o Amazonas (João de Barros, Aires da,Cunha e Fernando Álvares de Andrade).
Ciclo do Ouro
História do século do ouro, descoberta das minas, crescimento urbano, mudança da capital,
taxas e impostos, quinto e derrama, revoltas populares

ciclo do ouro - trabalho em mina Trabalho escravo em mina de ouro (obra de Rugendas)



Introdução

No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro (produzido nos engenhos do nordeste) começaram a diminuir. Isto ocorreu, pois a Holanda havia começado a produzir este produto nas ilhas da América Central. Com preços mais baixos e boa qualidade, o mercado consumidor europeu passou a dar preferência para o açúcar holandês.

Crise do açúcar e a descoberta das minas de ouro

Esta crise no mercado de açúcar brasileiro, colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda, pois, como sabemos, os portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados no Brasil. Foi neste contexto que os bandeirantes, no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.

A descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira “corrida do ouro”, durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros de todas as partes, e até mesmo portugueses, passaram a migrar para as regiões auríferas, buscando o enriquecimento rápido. Doce ilusão, pois a exploração de minas de ouro dependia de altos investimentos em mão-de-obra (escravos africanos), equipamentos e compra de terrenos. Somente os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes conseguiram investir neste lucrativo mercado.

Cobrança de impostos

A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por exemplo, o degredo.

Além do quinto, Portugal cobrava de cada região aurífera uma certa quantidade de ouro (aproximadamente 1000 kg anuais). Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor devido. Esta cobrança gerou muito revolta entre a população.

Mudança da capital

Com a exploração do ouro, a região Sudeste desenvolveu-se muito, enquanto o Nordeste começou a entrar em crise. Neste contexto, a coroa portuguesa resolveu mudar a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. Desta forma, pretendia deixar a capital próxima ao novo pólo de desenvolvimento econômico.


Vila Rica (atual Ouro Preto): desenvolvimento no século do ouro.


Desenvolvimento das cidades

Nas regiões auríferas, várias cidades cresceram e muitas surgiram neste período. A vida nas cidades dinamizou-se, fazendo surgir novas profissões e aumentando as atividades comerciais, sociais e de trabalho. Teatros, escolas, igrejas e órgãos públicos foram criados nestas cidades. Vila Rica (atual Ouro Preto), Mariana, Tiradentes e São João Del Rei foram algumas das cidades que mais se desenvolveram nesta época.

Revoltas

As cobranças excessivas de impostos, as punições e a fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período. Podemos citar a Revolta de Felipe de Santos, que era contrário ao funcionamento das Casas de Fundição. A própria Inconfidência Mineira (1789) surgiu da insatisfação com as atitudes da metrópole. Liderados por Tiradentes, os inconfidentes planejavam tornar o Brasil independente de Portugal, livrando o país do controle metropolitano. Apesar de ter sido sufocada, a Inconfidência Mineira tornou-se o símbolo da resistência brasileira.







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Veja também:

Revolta de Felipe de Santos

Ciclo do Café

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Bibliografia indicada:

- Idade de Ouro do Brasil - Dores de crescimento de uma sociedade colonial
Autor: Boxer, Charles R.
Editora: Nova Fronteira
Temas: História do Brasil

- História econômica do Perído Colonial
Autor: Tamás Szmrecsányi
Editora: Hucitec e Edusp
Temas: História do Brasil, Economia

- Associações religiosas no Ciclo do Ouro
Autor: Salles, Fritz Teixeira de
Editora: Perspectiva
Temas: História do Brasil



História do Brasil Colônia - O Período Colonial
Tratado de Tordesilhas, Descobrimento do Brasil, Capitanias Hereditárias, Exploração do pau-brasil, escravidão indígena e africana, ciclo da cana-de-açúcar, domínio holandês no Brasil, bandeirantes, ciclo do ouro, Guerra dos Emboabas, Revolta de Filipe dos Santos, Inconfidência Mineira e Pacto Colonial.

imagem de um engenho de açúcar - história
Engenho de açúcar da época colonial



O Período Pré-Colonial: A fase do pau-brasil (1500 a 1530)

A expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo (valorização da cultura européia em detrimento das outras), pois desconsidera a existência dos índios em nosso país antes da chegada dos portugueses. Portanto, optamos pelo termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Esta ocorreu em 22 de abril de 1500, data que inaugura a fase pré-colonial.

Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na terra. Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da Mata Atlântica.
O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos. Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).

Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu as terras recém descobertas em 1494). Os corsários ou piratas também saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil, provocando pavor no rei de Portugal. O medo da coroa portuguesa era perder o território brasileiro para um outro país. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados.

Os portugueses continuaram a exploração da madeira, construindo as feitorias no litoral que nada mais eram do que armazéns e postos de trocas com os indígenas.

No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização. Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.

A fase do Açúcar (séculos XVI e XVII )

O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil. A mão-obra-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.

O trabalho escravo num engenho de açúcar

Administração Colonial

Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. O território foi dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários. Estes podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. No geral, o sistema de Capitanias Hereditárias fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresentaram resultados satisfatórios, graças aos investimentos do rei e de empresários.

Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.

Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.

A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.

A economia colonial

A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.

As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.

O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.

A sociedade Colonial

A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana.

Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.

A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos).

Invasão holandesa no Brasil

Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de holandeses. Interessados no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um governo em nosso território. Sob o comando de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos em Recife, modernizando a cidade.

Expansão territorial: bandeiras e bandeirantes

Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

O bandeirante Domingos Jorge Velho

O Ciclo do Ouro: século XVIII

Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar o quinto. O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e correspondia a 20% de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.

A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.

O trabalho dos tropeiros foi de fundamental importância neste período, pois eram eles os responsáveis pelo abastecimento de animais de carga, alimentos (carne seca, principalmente) e outros mantimentos que não eram produzidos nas regiões mineradoras.

Desenvolvimento urbano nas cidades mineiras

Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil : Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina e Mariana.
Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.

Igreja de Ouro Preto


Revoltas Coloniais e Conflitos

Em função da exploração exagerada da metrópole ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:

- Guerra dos Emboabas : os bandeirantes queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas que encontraram. Entraram em choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das minas.

- Revolta de Filipe dos Santos : ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação dos donos de minas de ouro com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos foi preso e condenado a morte pela coroa portuguesa.

- Inconfidência Mineira (1789) : liderada por Tiradentes , os inconfidentes mineiros queriam a libertação do Brasil de Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes condenados.
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Brasília
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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Brasília (desambiguação).

Brasília
"Capital Federal"
"Capital da Esperança"
"Bsb"

[1][2]"
Da esquerda pra direita: Congresso Nacional do Brasil, Ponte JK, Eixo Monumental, Palácio da Alvorada e Catedral Metropolitana de Brasília.

Da esquerda pra direita: Congresso Nacional do Brasil, Ponte JK, Eixo Monumental, Palácio da Alvorada e Catedral Metropolitana de Brasília.
Bandeira de Brasília

Brasão de Brasília
Bandeira Brasão
Hino
Aniversário 21 de abril
Fundação 21 de abril de 1960 (51 anos)
Gentílico brasiliense
Lema Venturis ventis
"Aos ventos que hão de vir"
Localização
Localização de Brasília
Localização no Distrito Federal
Brasília está localizado na Brasil
Localização no Brasil
15° 48' 00" S 47° 51' 50" O15° 48' 00" S 47° 51' 50" O
Unidade federativa Distrito Federal
Mesorregião Distrito Federal IBGE/2009 [3]
Microrregião Brasília IBGE/2009 [3]
Região metropolitana Distrito Federal e Entorno
Municípios limítrofes Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto, Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Valparaíso de Goiás e Cabeceira Grande.
Características geográficas
Área 5 801,937 km² [4]
População 2 562 963 hab. (BR: 4º) – IBGE/2010[5]
Densidade 441,74 hab./km²
Altitude 1171 m [6]
Clima Tropical de altitude Cwa
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,844 elevado 2000[7]
PIB R$ 117 571 951,00 mil (BR: 3º) – IBGE/2008[8]
PIB per capita R$ 45 977,59 IBGE/2008[8]

Brasília é a capital federal da República Federativa do Brasil e sede de governo do Distrito Federal.[9][10] No censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010, sua população é de 2 562 963 de habitantes, sendo então a quarta cidade brasileira mais populosa.[nota 1][5] Brasília também possui o segundo maior PIB per capita do Brasil (40 696,00 reais) entre as capitais, superada apenas por Vitória (60 592,00 reais).[14] Junto com Anápolis (139 km) e Goiânia (209 km), faz do eixo Brasília-Anápolis-Goiânia a região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro.

Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, Brasília é a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. A transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital foi progressiva, com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais.

O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, o adequou ao projeto do lago Paranoá, concebido em 1893 pela Missão Cruls.[15] O lago armazena 600 milhões de metros cúbicos de água. Muitas das construções da Capital Federal foram projetadas pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.
Índice
[esconder]

* 1 Gentílico
* 2 História
* 3 Geografia
o 3.1 Clima
o 3.2 Vegetação
o 3.3 Hidrografia
* 4 Demografia
o 4.1 Região metropolitana
o 4.2 Criminalidade
* 5 Política
o 5.1 Cidades-irmãs
* 6 Subdivisões
* 7 Economia
o 7.1 Turismo
* 8 Estrutura urbana
o 8.1 Saúde
o 8.2 Educação
o 8.3 Transportes
* 9 Cultura
o 9.1 Patrimônio arquitetônico
o 9.2 Música
o 9.3 Cinema
o 9.4 Moda
o 9.5 Carnaval
o 9.6 Esportes
* 10 Ver também
* 11 Notas
* 12 Referências
* 13 Ligações externas

Gentílico

Brasiliense é o nome que se dá a quem nasceu em Brasília. Candango, que é às vezes utilizado para designar os brasilienses, foi originalmente usada para se referir aos trabalhadores que, em sua maioria proveniente do Nordeste, migravam à futura capital para sua construção. Uma das vertentes diz que o termo "candango" era usado pelos africanos para designar os portugueses.[16]
História

Ver artigo principal: História de Brasília

Em 1761 o Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propunha mudar a capital do império português para o interior do Brasil Colônia. O jornalista Hipólito José da Costa, fundador do Correio Braziliense, primeiro jornal brasileiro, editado em Londres, redigiu em 1813 artigos em defesa da interiorização da capital do país, para uma área "próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste". José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi a primeira pessoa a se referir à futura capital do Brasil, em 1823, como "Brasília".[17]

Desde a primeira constituição republicana, de 1891, havia um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital Federal".[18] Fato interessante dessa época foi o sonho "premonitório" tido pelo padre italiano São João Bosco, no qual disse ter visto uma terra de riquezas e prosperidade situada próxima a um lago e entre os paralelos 15 e 20 do Hemisfério Sul. Acredita-se que o sonho do padre seria a futura capital brasileira, pelo qual o padre, posteriormente canonizado, se tornou o padroeiro de Brasília.[17]
Esboço de Vera Cruz - Comissão de Localização da Nova Capital Federal.

No ano de 1891 foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luís Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls [19] e foi apresentada em 1894 ao Governo Republicano. A comissão designava Brasília com o nome de "Vera Cruz".[17]

Em 1922, no ano do Centenário da Independência do Brasil, o Deputado Americano do Brasil apresentou um projeto à Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra Fundamental da futura Capital, no Planalto Central.[20] O então Presidente da República, Epitácio Pessoa, baixou o decreto nº 4.494 de 18 de janeiro de 1922, determinando o assentamento da Pedra Fundamental e designou para a realização desta missão, o engenheiro Balduino Ernesto de Almeida, Diretor da estrada de ferro de Goiás, com sede em Araguari, Minas Gerais. No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana composta de 40 pessoas, foi assentada a Pedra Fundamental no Morro do Centenário, na Serra da Independência, situada a nove quilômetros da cidade de Planaltina.

Em 1954 o Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi convidado pelo presidente Café Filho para ocupar a presidência da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, encarregada de examinar as condições gerais de instalação da cidade a ser construída. Em seguida, Café Filho homologou a escolha do sítio da nova capital e delimitou a área do futuro Distrito Federal, determinando que a comissão encaminhasse o estudo de todos. A Comissão de Planejamento e Localização da nova Capital, sob a Presidência de José Pessoa, foi a responsável pela exata escolha do local onde hoje se ergue Brasília.[21]

A idealização do plano-piloto também foi obra da mesma comissão que, em robusto relatório, redigido pelo Marechal José Pessôa, de título "Nova Metrópole do Brasil" e entregue ao Presidente Café Filho, detalhou os pormenores do arrojado planejamento que se realizou.

O Marechal José Pessôa não imaginou o nome da capital como Brasília, mas sim Vera Cruz, de modo a caracterizar o sentimento de um povo que nasceu sob o signo da Cruz de Cristo e estabelecendo ligação com o primeiro nome dado pelos descobridores portugueses. O plano elaborado respeitava uma determinada interpretação da História e não descaracterizava as tradições brasileiras. Grandes avenidas chamar-se-iam "Independência", "Bandeirantes" etc., diferentes, portanto, das atuais siglas alfa-numéricas de Brasília, como W-3, SQS, SCS, SMU e outros.[22]

Por discordâncias com o Presidente Juscelino Kubitschek, o Marechal José Pessoa abandonou a presidência da Comissão, tendo sido sucedido pelo Coronel do Exército Ernesto Silva, que era o Secretário da Comissão. Ernesto Silva, que também era médico, foi nomeado na sequência presidente da Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal (1956) e Diretor da Companhia Urbanizadora da Nova Capital - NOVACAP (1956/1961), tendo assinado o Edital do Concurso do Plano Piloto, em 1956, publicado no Diário Oficial da União no dia 30 de setembro de 1956.
Brasília ainda em construção em 1959.

Apenas no ano de 1955, durante um comício na cidade goiana de Jataí, o então candidato à presidência, Juscelino Kubitschek, foi questionado por um eleitor se respeitaria a Constituição, interiorizando a Capital Federal, ao que JK afirmou que iria transferir a capital..[23] Eleito presidente, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta síntese" [24] de seu "Plano de Metas".

O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público nacional. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade. Para fazer a transferência simbólica da capital do Rio para Brasília, Juscelino fechou solenemente os portões do Palácio do Catete, então transformado em Museu da República, às 9 da manhã do dia 21 de abril de 1960, ao que a multidão reagiu com aplausos. A cidade de Brasília foi fundada no mesmo dia e mês em que se lembra a execução de Joaquim José da Silva Xavier, líder da Inconfidência Mineira, e a fundação de Roma.[17]

O princípio básico das estratégias políticas de Juscelino Kubitschek, segundo o próprio, era apropriado do moralista francês Joubert, para quem "não devemos cortar o nó que podemos desatar". Com base nessa máxima, Kubitschek viabilizou a construção de Brasília, oferecendo várias benesses à oposição, criando fatos consumados e queimando etapas. Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infraestrutura governamental só ocorreu durante os governos militares, já na década de 1970. Todavia, ainda no início do Século XXI, muitos órgãos do governo federal brasileiro continuam sediados na cidade do Rio de Janeiro.
Busto de Juscelino Kubitschek na Praça dos Três Poderes.

Um fato que mostra o impacto provocado pelo modernismo da cidade recém-construída foi a frase dita pelo cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar para o espaço, que, ao visitar Brasília em 1961, disse: "Tenho a impressão de que estou desembarcando num planeta diferente, não na Terra".[17]

Alguns dos fatores que mais influenciaram a transferência da capital foram a segurança nacional, pois acreditava-se que com a capital no litoral ela estava vulnerável a ataques estrangeiros (argumento militar-estratégico que teve como precursor Hipólito José da Costa), e uma interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional, já que devido a fatores econômicos e históricos a população brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o interior do país pouco povoado. Assim, a transferência da capital para o interior forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias, ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica.

Planejada para ter uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, a população do Distrito Federal já atingia os 2,5 milhões de habitantes em 2010. Brasília, considerando-se todo o Distrito Federal, atualmente é a quarta capital mais populosa do Brasil.[5]
Geografia
Brasília vista da Estação Espacial Internacional.

Brasília se localiza a 15°50’16" sul, 47°42’48" oeste a uma altitude de 1 000 a 1 200 metros acima do nível do mar no chamado Planalto Central, cujo relevo é na maior parte plano, apresentando algumas leves ondulações. A flora corresponde à predominantemente típica do domínio do cerrado. Em alguns lugares da cidade é possível observarem-se espécies de gimnospermas, como os pinheiros e também diversos tipos de árvores provenientes de outros biomas brasileiros. As espécies não nativas da região têm sido retiradas pela empresa pública arborizadora da cidade (a Novacap) e substituídas por espécies nativas como ipês.
Clima

O clima é tropical de altitude, com um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e relativamente frio. A temperatura média anual é de cerca de 21 °C,[25] podendo chegar aos 29,7 °C de média das máximas em setembro, e aos 12,5 °C de média das mínimas nas madrugadas de inverno em julho. A temperatura, porém, varia de forma significativa nas áreas menos urbanizadas, onde a média das mínimas de inverno cai para cerca de 10 °C a 5 °C. A umidade relativa do ar é de aproximadamente 70%, podendo chegar aos 20% ou menos durante o inverno.[26] A máxima histórica registrada na cidade foi de 35,8 °C em 28 de Outubro de 2008, e a mínima com data conhecida foi de 1,6 °C em 18 de Julho de 1975. [27] No entanto, conforme Weatherbase [28], já foi registrado 0 °C em junho (ou 32 °F, conforme tabela do Weatherbase).
[Esconder]Médias de temperatura do ar e precipitação para Brasília
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima registrada (°C) 35 32 33 32 32 32 36 37 36 37 34 33 37
Temperatura máxima média (°C) 27 27 27 27 26 26 26 27 28 28 27 26 27
Temperatura mínima média (°C) 17 17 17 16 14 11 11 12 15 17 17 17 15
Temperatura mínima registrada (°C) 12 12 12 10 2
n/d
2 3 7 12 11 11 2
Precipitação (mm) 241,4 214,7 188,9 123,8 39,3 8,8 11,8 12,8 51,9 172,1 238 248,6 1 552,1
Fonte: Weatherbase (temperaturas)[29]
Fonte #2: Tempo Agora (precipitações)[30]


Vegetação
Ipê-do-cerrado na Esplanada dos ministérios.

O Distrito Federal é uma região que possui uma grande variedade de vegetação, reunindo 150 espécies. A maioria é nativa, típica do cerrado, e de porte médio, com altura de 15m a 25m.[31] Muitas são tombadas pelo Patrimônio Ecológico do Distrito Federal, para garantir sua preservação..[31] Algumas das principais espécies são as seguintes: pindaíba, paineira, ipê-roxo, ipê-amarelo, pau-brasil e buriti.[32]

A preservação da vegetação no Distrito Federal é um tema recorrente, principalmente pela preocupação em conservar a flora original. O desmatamento provocado pela expansão da agricultura é um dos problemas enfrentados no Distrito Federal, sendo que, segundo a Unesco, desde sua criação, nos anos 1950, 57% da vegetação original não existe mais.[33] Para colaborar com a preservação, são realizados programas de conscientização e de reformas estruturais para diminuir a degradação da vegetação e também da fauna e rios da região.[34]
Vista do Lago Paranoá.
Hidrografia

Ver página anexa: Rios do Distrito Federal

Os rios do Distrito Federal estão bem supridos pelos lençóis freáticos, razão pela qual não secam no período de estiagem.[35] A fim de aumentar a quantidade de água disponível para a região, foi realizado o represamento de um dos rios da região, o rio Paranoá, para a construção de um lago artificial, o Lago Paranoá, que tem 40 quilômetros quadrados de extensão, profundidade máxima de 48 metros e cerca de 80 quilômetros de perímetro. O lago possui uma grande marina e é frequentado por praticantes de wakeboard, windsurf e pesca profissional.
Demografia
Crescimento populacional
Censo Pop. %±
1960 140 165

1970 537 492 283,5%
1980 1 176 935 119,0%
1991 1 601 094 36,0%
2000 2 051 146 28,1%
2010 2 562 963 25,0%
Fontes:[nota 2][5][36]

O ritmo de crescimento populacional na primeira década foi de 14,4% ao ano, com um aumento populacional de 285%. Na década de 1970 o crescimento médio anual foi de 8,1%, com um incremento total de 115,52%. A população total de Brasília, que não deveria ultrapassar 500 mil habitantes em 2000, atingiu esta cota no início da década de 1970, e entre 1980 e 1991 a população expandiu em mais 36,06%. O Plano Piloto, que na inauguração concentrava 48% da população do Distrito Federal, gradativamente perdeu importância relativa, chegando a 13,26% em 1991, passando o predomínio para as cidades-satélite.[37] Em 2000 o IBGE indicou 2.051.146 habitantes.[38] O Índice de Desenvolvimento Humano na cidade está a 0,874 e a taxa de analfabetismo é de cerca de 4,35%.[7][39] Brasília também caracteriza-se pela sua desigualdade social, sendo a 16ª grande cidade mais desigual do mundo e a 4ª mais desigual do Brasil, segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas.[39]

A população de Brasília é formada por migrantes de todas as regiões brasileiras, sobretudo do Sudeste e do Nordeste, além de estrangeiros, que vão trabalhar nas embaixadas espalhadas pela capital federal. Brasília hospeda 123 embaixadas estrangeiras.[40] Dados de 2003 apontavam que mais da metade da população de Brasília não nasceu em Brasília, sendo 1 milhão de brasilienses e 1,2 milhão de pessoas de outros locais.[41]

Originalmente, Brasília seria o que hoje se denomina Região Administrativa de Brasília (cuja sigla é RA I), composta em sua parte urbana pelo chamado Plano Piloto. Com cerca de 277.000 habitantes (só o plano piloto, composto pelos bairros Asa Sul e Asa Norte), e uma área de 472,12 quilômetros quadrados, é a 2ª maior RA do Distrito Federal em termos de população, atrás de Ceilândia (com 332.455 habitantes), mas Taguatinga, também é populosa, (com 223.452 habitantes).[42]
Região metropolitana
Imagem de satélite de Brasília à noite.

Conhecida como RIDE, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno compreende o Distrito Federal mais os municípios goianos de Novo Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental, Luziânia, Cristalina, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas, Alexânia, Abadiânia, Pirenópolis, Corumbá, Cocalzinho, Padre Bernardo, Água Fria, Planaltina de Goiás, Vila Boa, Formosa e Cabeceiras, e os municípios mineiros de Unaí e Buritis. Conta com 3 506 967 habitantes (IBGE/2007).[43]

Segundo a geógrafa Nelba Azevedo Penna do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília, "em consequência dos processos de ordenamento de seu território, ocorreu uma intensa expansão da urbanização para a periferia limítrofe ao Distrito Federal, que deu origem a formação da região metropolitana de Brasília (atualmente institucionalizada como Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE)".
Criminalidade

Os índices de criminalidade são altos principalmente no Entorno de Brasília,[44] já no estado de Goiás, região pouco apoiada tanto pelo governo do estado de Goiás como pelo governo do Distrito Federal.[45] Segundo sociólogos, a criminalidade em Brasília, principalmente nas cidades-satélites, é uma herança do crescimento desordenado, ainda que assentado em núcleos urbanos planejados. Os níveis de criminalidade em Brasília estão entre os maiores do Brasil, chegando ao ponto de haver uma média de até dois assassinatos diários.[46] Existem diversas propostas para tentar diminuir a criminalidade na capital, entre eles um maior policiamento, o que tem levado a uma retração da violência.[45]
Política
A Bandeira Nacional na Praça dos Três Poderes, com o Congresso Nacional ao fundo.

Brasília não possui prefeito ou vereadores, pois o artigo 32 da Constituição Federal de 1988 proíbe expressamente que o Distrito Federal seja dividido em municípios, sendo considerado uno.[47] Seu último prefeito foi Wadjô da Costa Gomide (1969), quando o cargo foi transformado em Governador.[48] O DF tem status diferente dos municípios e dos estados, possuindo características legais e estruturais híbridas, além de ser custeado em parte pelo Governo Federal.

No Brasil, por definição legal, "cidade" é a sede de um "município". A partir do Estado Novo, pelo decreto-lei nº 311, todas as sedes dos municípios passaram a ser cidades, sendo que, até então, as menores sedes de municípios eram denominadas "vilas". Porém, no Distrito Federal, são chamados de "cidades" os diversos núcleos urbanos, sendo o principal deles a região administrativa de Brasília, que por sua vez também se confunde com a ideia do Plano Piloto. A rigor, os outros núcleos estão mais para bairros distantes da capital do país do que para cidades distintas, pois a Constituição do Brasil veda expressamente a divisão do Distrito Federal em municípios.

Segundo o geógrafo Aldo Paviani, Brasília é constituída por toda a área urbana do Distrito Federal e não apenas a parte tombada pela UNESCO ou a região administrativa central, pois a cidade é polinucleada,[49] constituída por várias regiões administrativas, (RAs) de modo que as regiões periféricas estão articuladas às centrais, especialmente na questão do emprego e não podem ser entendidas como cidades autônomas.
Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal.

Há quem argumente que por todo o Brasil há regiões metropolitanas, onde cidades periféricas acabam articuladas em relação às cidades principais, sem que deixem por isso de ser consideradas cidades. A diferença é que elas são sedes de município. Apesar disso, outros núcleos urbanos do Distrito Federal, hoje chamados regiões administrativas, sempre foram conhecidos por cidades-satélites. Alguns, atualmente, entendem como Brasília apenas a região administrativa de Brasília (formada por parte do Plano Piloto e pelo Parque Nacional de Brasília), e não todo o Distrito Federal. Convém lembrar também que alguns destes núcleos, como Planaltina e Brazlândia, por exemplo, são mais antigos do que a própria Brasília. Planaltina, inclusive, já chegou a ser município de Goiás, antes de ser incorporado ao Distrito Federal.

Por outro lado, a lei de organização do Distrito Federal é uma lei orgânica, típica de municípios e não uma constituição, como ocorre nos estados da federação brasileira. Ademais, as regiões administrativas do DF não dispõem de autonomia político-administrativa, sendo seus administradores indicados pelo único eleito governador. Também vale esclarecer que órgãos oficiais de pesquisa, como o IBGE, o Dieese e o IPEA, não distinguem Brasília do Distrito Federal para efeitos de contagem e estatística pois seus dados são sempre elaborados levando-se em conta o município. Como o DF não possui municípios, é considerado como um único ente.
Cidades-irmãs

* Nigéria Abuja, Nigéria
* Países Baixos Amsterdã, Países Baixos
* Alemanha Berlim, Alemanha
* Austrália Sydney Austrália
* Colômbia Bogotá, Colômbia
* Estados Unidos Boston , Estados Unidos
* Argentina Buenos Aires, Argentina
* Austrália Camberra, Austrália
* México Guadalajara, México
* Peru Lima, Peru
* Portugal Lisboa, Portugal
* Egito Luxor, Egito[50]
* Qatar Doha, Qatar
* Uruguai Montevidéu, Uruguai
* Itália Roma, Itália
* Estados Unidos Washington, D.C., Estados Unidos
* República Popular da China Xian, China

Subdivisões

Ver página anexa: Lista de regiões administrativas de Brasília

Economia

Ver artigo principal: Economia de Brasília

Fachada do Brasília Shopping.

Além de ser centro político, Brasília é um importante centro econômico. A cidade é a 3ª mais rica do Brasil, exibindo um Produto Interno Bruto (PIB) de 99,5 bilhões de reais, o que representa 3,76 % de todo o PIB brasileiro.[8] Brasília está hoje entre as áreas urbanas de maior índice de renda per capita do Brasil.[51] Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida para funcionários estrangeiros, Brasília está colocada na posição 33 entre as cidades mais caras do mundo em 2011, subindo da posição 70 em 2010. Superada no Brasil em 2011 somente pelas cidades de São Paulo (10) e Rio de Janeiro (12), Brasília classifica no ranking logo depois de Nova Iorque (32), a cidade mais cara dos Estados Unidos.[52][53]

A principal atividade econômica da capital federal resulta de sua função administrativa. Por isso seu planejamento industrial é estudado com muito cuidado pelo Governo do Distrito Federal. Por ser uma cidade tombada pela Unesco, o governo de Brasília tem optado em incentivar o desenvolvimento de indústrias não poluentes como a de softwares, do cinema, vídeo, gemologia, entre outras, com ênfase na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico, preservando o patrimônio da cidade.

A economia de Brasília sempre teve como principais bases a construção civil e o varejo.[54] Foi construída em terreno totalmente livre, portanto ainda existem muitos espaços nos quais se pode construir novos edifícios. À medida que a cidade recebe novos moradores, a demanda pelo setor terciário aumenta, motivo pelo qual Brasília tem uma grande quantidade de lojas, com destaque para o Shopping Conjunto Nacional, localizado no centro da capital.

A agricultura e a avicultura ocupam lugar de destaque na economia brasiliense. Um cinturão verde na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno abastece a cidade e já exporta alimentos para outros locais.
Turismo
O Eixo Monumental visto da Torre de TV de Brasília.

Brasília é classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Recebe um milhão de visitantes por ano [55] e entre suas atrações mais visitadas estão o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo brasileiro, a Praça dos Três Poderes, a Catedral, o Catetinho, a Torre de TV, o Memorial JK, o Panteão da Pátria, o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Santuário Dom Bosco e o Museu Vivo da Memória Candanga. Outra bela obra arquitetônica é a recém-construída ponte Juscelino Kubitschek, premiada internacionalmente, pela beleza de sua arquitetura, já no seu ano de inauguração.
Setor Hoteleiro Sul.

O turismo cívico é valorizado por estarem localizados na capital os órgãos governamentais da administração direta e os representantes dos três poderes republicanos.

Brasília ainda é conhecida por suas comunidades espiritualistas (como o Vale do Amanhecer, em Planaltina (DF), a Cidade Eclética e a Cidade da Paz) localizadas nos seus arredores e também por modernistas templos religiosos, como o Templo da Boa Vontade da LBV. Brasília também oferece ecoturismo por estar localizada a 1 000 metros acima do nível do mar, no imenso platô do Planalto Central, de onde nascem quase todas as grandes bacias hidrográficas brasileiras.[56] A cidade ainda conta com várias áreas verdes, como o Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral e o Jardim Botânico.

O turismo histórico na capital federal não se restringe ao período posterior à fundação, mas também resgata locais e fatos anteriores a 1960, como a Estrada Geral do Sertão, com mais de 3 000 quilômetros, aberta em 1736 para ligar a cidade de Salvador a Vila Bela, antiga capital do Mato Grosso.[57]
Estrutura urbana
Saúde
Hospital de Base do Distrito Federal.

A Região Administrativa de Brasília possui diversos hospitais públicos, como o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), o Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), pertencentes ao Governo do Distrito Federal, além do Hospital Universitário de Brasília, da Universidade de Brasília (UnB). Algumas das demais RAs também possuem hospitais públicos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em um total de 12. O sistema de saúde pública da capital recebe diferentes reclamações e críticas (como é comum no Brasil), principalmente por casos de mau atendimento, desigualdade entre negros e brancos e ineficiência.[58] Por outro lado, Brasília tem um dos maiores projetos de informatização do sistema de saúde no Brasil,[59] algo que colabora com a melhoria da assistência realizada aos pacientes.

Quanto a doenças comuns, o Distrito Federal teve 3.147 ocorrências de dengue de janeiro a agosto de 2008, quase duas vezes mais do que o registrado no mesmo período de 2007.[60] Brasília tem uma das maiores taxas de ocorrência de câncer do Brasil. Em 2005, o Distrito Federal foi o recordista nacional de mortes de mulheres por câncer de mama, e os novos casos não diminuiram no ano seguinte.[61] Também são numerosos os casos de câncer de pulmão, devido aos altos índices de tabagismo.[62]
Educação

A educação de Brasília, no período de construção da capital, tinha como propósito se diferenciar da educação no restante do Brasil. Sob os pressupostos do movimento Escola Nova, comandado pelo educador Anísio Teixeira e seguido, em especial, pelo antropólogo Darcy Ribeiro, o qual priorizava o desenvolvimento do intelecto em detrimento da memorização, as escolas primárias foram divididas entre escolas-classe e escolas-parque. Nas primeiras, as crianças passariam quatro horas diárias aprendendo conteúdos e nas segundas, mais quatro horas praticando atividades extracurriculares: artes e esportes, por exemplo.[63] Esse modelo, como em outras estruturas de poder na capital federal, se concentra significativamente no Plano Piloto.
Biblioteca Nacional de Brasília.

Em Brasília, as escolas secundárias estão localizadas na L2, W4 e W5.[64] A cidade possui duas universidades públicas, a Universidade de Brasília, instituição federal reconhecida internacionalmente por seu pioneirismo na implantação da política de cotas para negros, em 2003, e a Escola Superior de Ciências da Saúde, mantida pelo governo distrital. Na área de educação privada, as maiores instituições são a Universidade Católica de Brasília, Centro Universitário de Brasília e o Centro Universitário do Distrito Federal.
Corredor do Bloco A da ala norte do Instituto Central de Ciências da Universidade de Brasília, conhecido como "Minhocão".

Há uma concentração extrema de instituições de ensino superior no Plano Piloto. Em 2006, foi instalado um novo campus da Universidade de Brasília em Planaltina. Existem também núcleos da UnB nas regiões administrativas de Ceilândia e Gama.[65]

O número de bibliotecas não é proporcional ao tamanho da população na área central. As principais bibliotecas públicas do Distrito Federal se localizam no Plano Piloto, como a biblioteca da Universidade de Brasília, a Biblioteca da Câmara e do Senado e a Biblioteca Demonstrativa de Brasília. Há ainda a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola, também conhecida como Biblioteca Nacional de Brasília, inaugurada em 2006.

Dentre as principais instituições de ensino superior da cidade estão a Universidade de Brasília (UnB), Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS, Universidade Católica de Brasília (UCB), Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (FACITEC), Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), Universidade Paulista (UNIP) e União Pioneira da Integração Social (UPIS).
Transportes
Saguão do Aeroporto Internacional de Brasília.

Brasília, por estar localizada no centro do Brasil, serve como ligação terrestre e aérea para o país. O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek é um dos mais movimentados do Brasil por número de passageiros, recebendo mais de 10 milhões de passageiros por ano para 44 destinos distintos.[66] Oito rodovias radiais fazem a ligação da capital federal com outras regiões do Brasil.[67]

A atual conjuntura do sistema de transportes do Distrito Federal gera um quadro de pouca mobilidade urbana, com um serviço de ônibus notadamente caro e ineficiente, e uma infraestrutura que privilegia o automóvel particular. Isso gera uma tendência de aumento no número de carros a níveis para os quais a cidade não foi projetada. A cada mês, 5 mil veículos entram em circulação em Brasília, existindo um veículo para 2,3 habitantes do Distrito Federal.[67]
Congestionamento no Eixo Monumental.

Em março de 2008 a frota do DF chegou a 995 903 veículos,[68] correspondente a uma taxa de motorização de 390 veículos por cada 1 000 habitantes, e esta taxa é ainda maior na área central de Brasília (Plano Piloto, Sudoeste, Lago Sul e Norte). Começaram a surgir inúmeros engarrafamentos na cidade e alguns lugares se tornam intransitáveis na hora de pico (rush). Os ônibus transportam pouco mais de 14 milhões de passageiros por mês,[69] mas a maior parte da frota já ultrapassou os sete anos limite impostos por lei.[70]

Para tentar amenizar esse quadro, foi construído um metrô, mas devido à sua extensão limitada e ao próprio crescimento da cidade, ele não alterou significativamente o problema de trânsito na cidade e desde o início da sua construção em 1991, gera prejuízos da ordem de 60 milhões de reais anuais ao governo.[70] Das 29 estações planejadas, 24 estão em funcionamento, ligando o centro do Plano Piloto (rodoviária) ao Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. O Metrô de Brasília transporta cerca de 150 mil usuários por dia.[71] Em 1º de fevereiro de 2009, entrou em funcionamento a integração dos sistemas de micro-ônibus e metrô, com bilhetes eletrônicos.[72] Ainda está em implementação o projeto Brasília Integrada, que contempla a criação de corredores especiais para ônibus e a integração destes com o metropolitano.

Um novo terminal rodoviário interestadual foi inaugurado em julho de 2010, ao lado da Estação Shopping do metrô.[73]
Cultura
Pix.gif Brasília *
Flag of UNESCO.svg
Patrimônio Mundial da UNESCO
Brasilia - Plan.JPG
Plano Piloto de Brasília
País Brasil
Tipo
Critérios i, iv
Referência 445
Região** Brasil
Coordenadas 15º47'S 47º54'W
Histórico de inscrição
Inscrição (desconhecida sessão)
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial.
** Região, segundo a classificação pela UNESCO.

Os principais museus da cidade estão localizados no Eixo Monumental. O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, projetado por Oscar Niemeyer em forma de pomba e inaugurado em 1986 traz o "Livro dos Heróis da Pátria" com a história daqueles que teriam lutado pela união da nação.[74] O Memorial JK apresenta diversos objetos pessoais (fotos, presentes, cartas) e o próprio túmulo do idealizador da cidade.[75] O Memorial dos Povos Indígenas tem como objetivo mostrar um pouco da riqueza das culturas indígenas nacionais.[76] Em 15 de dezembro de 2006, foi inaugurado o Complexo Cultural da República, um centro cultural localizado ao longo do Eixo Monumental, formado pela Biblioteca Nacional de Brasília e pelo Museu Nacional da República.[77] A Biblioteca Nacional de Brasília ocupa uma área de 14 000 m², contando com salas de leitura e estudo, auditório e uma coleção de mais de 300 000 itens.[78] O Museu Nacional da República é constituído por uma área de 14 500 m², dois auditórios com capacidade de 780 lugares e um laboratório. O espaço é usado principalmente para exibir exposições de arte temporárias.
Museu Nacional Honestino Guimarães.

Fora do Eixo Monumental, existe ainda o Museu de Arte de Brasília que conta com exposição permanente voltada para a arte moderna e o Museu de Valores do Banco Central.

No Setor de Diversões Norte, em forma de uma grande pirâmide irregular, está localizado o principal teatro da cidade, o Teatro Nacional Cláudio Santoro com três salas - nomeadas em homenagem a Villa-Lobos, Martins Pena e Alberto Nepomuceno.

Entretanto, é irregular a distribuição dos aparelhos culturais no Distrito Federal. Estão altamente concentrados no Plano Piloto, o que dificulta o acesso da população mais carente, moradora da periferia de Brasília, a esses bens culturais.

Como a população de Brasília é formada por pessoas vindas de várias regiões do Brasil, a cultura produzida na capital se caracteriza pela diversidade de manifestações culturais.

Em Barcelona, no dia 12 de dezembro de 2007, o Bureau Internacional de Capitais Culturais[79] nomeou Brasília como a Capital Americana da Cultura para o ano de 2008, sucedendo Cuzco. O Bureau promoveu uma votação popular que elegeu as sete maravilhas do Patrimônio Cultural Material de Brasília: a Catedral, o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Templo da Boa Vontade, o Santuário Dom Bosco e a Ponte JK.[80]
Patrimônio arquitetônico
Congresso Nacional do Brasil.
O Palácio da Alvorada.

O Eixo Monumental é uma área aberta no centro de Brasília onde se situa a Esplanada dos Ministérios. O gramado retangular da área é cercado por duas amplas pistas, que formam a principal avenida da cidade, onde muitos edifícios públicos, monumentos e memoriais estão localizados. Este é o corpo principal do "avião" que forma da cidade, como previsto por Lúcio Costa. O Eixo Monumental assemelha-se ao National Mall, em Washington, DC, e é a via pública mais larga do mundo com 250 metros de largura.[81]

O Congresso Nacional do Brasil é bicameral, constituído pelo Senado do Brasil (câmara alta) e pela Câmara dos Deputados do Brasil (Câmara Baixa). Desde a década de 1960, o Congresso Nacional tem a sua sede em Brasília. Tal como acontece com a maioria dos edifícios oficiais na cidade, foi projetado por Oscar Niemeyer seguindo o estilo da arquitetura moderna brasileira. Vistas desde o Eixo Monumental, a calota à esquerda é a sede do Senado e a da direita é a sede da Câmara dos Deputados. Entre eles há duas torres de escritórios. O Congresso também ocupa em torno outros edifícios, alguns deles interligados por um túnel. O edifício principal está localizado no meio do Eixo Monumental, a principal avenida da capital. Na frente dele há um grande gramado e refletindo um lago. O edifício está voltado para a Praça dos Três Poderes, onde o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal estão localizados.[82]

O Palácio da Alvorada é a residência oficial do Presidente do Brasil. O palácio foi concebido por Oscar Niemeyer e foi inaugurado em 1958. Uma das primeiras estruturas construídas na nova capital da república, o "Alvorada" recai sobre uma península nas margens do Lago Paranoá. O espectador tem uma sensação de olhar para uma caixa de vidro, aterrada suavemente sobre o solo, com o apoio externo de finas colunas. O edifício tem uma área de 7000 m² e três pisos: o térreo e o primeiro e segundo andar. O auditório, cozinha, lavanderia, centro médico e a administração estão localizados no térreo. As salas utilizadas pela Presidência para recepções oficiais estão no primeiro andar. Há quatro suítes, dois apartamentos privados e de outras salas no segundo andar que é a parte residencial do palácio. O prédio tem também uma biblioteca, uma piscina olímpica aquecida, sala de música, duas salas de jantar e várias salas de reunião. Não é apenas por ser o primeiro prédio do Plano Piloto a se postar ante ao nascer do Sol que o palácio recebeu esse nome.[83]
O Palácio do Planalto.
Palácio Itamaraty.

Palácio do Planalto é o nome não oficial do Palácio dos Despachos. É o local onde está localizado o Gabinete do Presidente do Brasil. O prédio também abriga a Casa Civil, a Secretaria-Geral e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. É a sede do Poder Executivo do Governo Federal brasileiro e está localizado na Praça dos Três Poderes. O Palácio do Planalto faz parte do projeto do Plano Piloto da cidade e foi um dos primeiros edifícios construídos na capital. A construção do Palácio do Planalto começou em 10 de julho de 1958 e obedeceu a projeto arquitetônico elaborado por Oscar Niemeyer em 1956. A obra foi concluída a tempo de tornar o Palácio o centro das festividades da inauguração da nova Capital, em 21 de abril de 1960. Até então a Presidência da República funcionava em uma construção provisória de madeira conhecida popularmente como Palácio do Catetinho, inaugurada em 31 de outubro de 1956 e hoje localizada na região administrativa do Park Way.[84]

O Palácio Itamaraty, também conhecido como Palácio dos Arcos, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer no estilo modernista. O Palácio foi inaugurado em 21 de abril de 1970. É onde está localizado o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), um órgão do Poder Executivo, responsável pelo assessoramento do Presidente da República na formulação, desempenho e acompanhamento das relações do Brasil com outros países e organismos internacionais. Atualmente três edifícios compõem a sede do Ministério: o Palácio, o Anexo I e o Anexo II, conhecido popularmente como "Bolo de Noiva".[85]
A ponte Juscelino Kubitschek.
A Catedral de Brasília.

A Ponte Juscelino Kubitschek, também conhecida como Ponte JK, está situada em Brasília, ligando o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião à parte central do Plano Piloto, através do Eixo Monumental, atravessando o Lago Paranoá. Inaugurada em 15 de dezembro de 2002, a estrutura da ponte tem um comprimento de travessia total de 1 200 metros, largura de 24 metros com duas pistas, cada uma com três faixas de rolamento, duas passarelas nas laterais para uso de ciclistas e pedestres com 1,5 metro de largura e comprimento total dos vãos de 720 metros. Seu nome é uma homenagem a Juscelino Kubitschek de Oliveira, ex-presidente do Brasil. Ela foi projetada pelo arquiteto Alexandre Chan e estruturada pelo engenheiro Mário Vila Verde. Chan ganhou a Medalha Gustav Lindenthal por este projeto. A ponte é constituída por três arcos de aço assimétricos de 60 metros de altura que se cruzam em diagonal. Foi concluída em 2002 a um custo de US$ 56,8 milhões.[86]

A Catedral de Brasília na capital da República Federativa do Brasil, é uma obra do arquiteto Oscar Niemeyer. Em 12 de setembro de 1958 foi lançada a pedra fundamental da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, mais conhecida como Catedral de Brasília. Teve sua estrutura pronta em 1960, onde aparecia somente a área circular de 70m de diâmetro da qual se elevam 16 colunas de concreto (pilares de secção parabólica), que pesam 90 toneladas. Em 31 de maio de 1970 foi inaugurada de fato, já com os vidros externos transparentes. Na praça de acesso ao templo, encontram-se quatro esculturas em bronze com três metros de altura, representando os evangelistas; as esculturas foram realizadas com o auxílio do escultor Dante Croce, em 1968. No interior da nave, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de aço.[87]

A Praça dos Três Poderes é um amplo espaço aberto entre os três edifícios monumentais que representam os três poderes da República: o Palácio do Planalto (Executivo), o Supremo Tribunal Federal (Judiciário) e o Congresso Nacional (Legislativo). Como em quase todos os logradouros de Brasília, a parte urbanística foi idealizada por Lúcio Costa e as construções foram projetadas por Oscar Niemeyer. Localizada no extremo leste do Plano Piloto, a praça é um espaço aberto que mede aproximadamente 120 x 220 metros, de sorte que os prédios representativos dos poderes não se sobressaíssem um diante dos outros, em atenção ao princípio de que os poderes são harmônicos e independentes e, portanto, têm o mesmo peso. Além dos palácios, a Praça dos Três Poderes inclui as esculturas Os Guerreiros, de Bruno Giorgi, considerado um símbolo de Brasília, e A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, em frente ao Supremo Tribunal Federal. Podem-se ver ainda a Pira da Pátria e o Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco que considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.[88]
Vista panorâmica da Praça dos Três Poderes: à esquerda (sul) o poder judiciário (Supremo Tribunal Federal), no centro o poder legislativo (Congresso Nacional) e à direita a sede do poder executivo (Palácio do Planalto).
Vista panorâmica da Praça dos Três Poderes: à esquerda (sul) o poder judiciário (Supremo Tribunal Federal), no centro o poder legislativo (Congresso Nacional) e à direita a sede do poder executivo (Palácio do Planalto).
Música
Interior de edifício do Complexo Cultural da República.

No final dos anos 1970, predominavam os ritmos regionais como o forró e a música sertaneja; nessa época, despontava no grupo Secos e Molhados o cantor Ney Matogrosso, que fora profissional da área de saúde na capital federal. No começo dos anos 1980, surgiram várias bandas de rock vindas de Brasília que despontaram no cenário nacional, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, todas com influência punk. Na mesma época, um carioca criado em Minas Gerais, Oswaldo Montenegro, se tornava conhecido na cidade, montando espetáculos de cujo elenco fazia parte Cássia Eller.

Nesta mesma época surgiu, paralelamente ao cenário rock, o reggae de Renato Matos e outros movimentos culturais que criaram o Projeto Cabeças, de onde surgiram vários artistas de Brasília. Na década seguinte, despontaram o hardcore dos Raimundos e o reggae do Natiruts.

Alguns músicos e cantores que moraram em Brasília durante esse período foram Ney Matogrosso, Zélia Duncan e membros da Legião Urbana e dos Paralamas do Sucesso.

Atualmente, Brasília conta com o Festival Porão do Rock,[89], que tenta revelar novas bandas no cenário nacional. Este evento, lançado em 1998 na Concha Acústica a partir de um grupo de músicos que se reunia no subsolo de um prédio comercial em uma das quadras da Asa Norte, ganhou, em 2000, sua primeira versão em maior escala no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, onde é realizado desde então. Também é realizado na cidade, anualmente, o Brasília Music Festival.[90]

Mais recentemente, o choro vem ganhando adeptos em Brasília, resultando na criação de clubes de choro, como o Clube de Choro de Brasília.[91]

Brasília também tem se firmado no hip hop. A região administrativa da Ceilândia é conhecida pela sua participação na produção do gênero no Brasil sendo originários desta região : Câmbio Negro, Viela 17, Guind'art 121 e o rapper GOG.
Cinema
Patrícia Pillar, atriz brasiliense

Na produção local de cinema, destaca-se o diretor Afonso Brazza,[92] que se tornou cult graças a seus filmes policiais de baixo orçamento. Outro cineasta radicado na capital e muito conhecido não só na cidade mas em todo país é o documentarista Vladimir Carvalho, professor de cinema da Universidade de Brasília, que produziu 21 filmes documentários, parte deles sobre a própria história e realidades sócio-cultural e política do Distrito Federal e Goiás.

Além disso, acontece, anualmente, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Realizado desde 1965, quando se chamava Semana do Cinema Brasileiro, firmou-se como um dos mais prestigiados do Brasil, sendo comparável ao Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, porém sempre preservando a tradição de somente inscrever e premiar filmes brasileiros, princípio que nos momentos mais críticos da história cinematográfica brasileira foi abandonado por Gramado.

Alguns filmes brasileiros ambientados em Brasília são: O sonho não acabou, Momento Trágico, Palco dos Sonhos, As Vidas de Maria, Doces Poderes, Redentor, O Casamento de Louise, Celeste e Estrela, Brasília 18%, Vestibular 70, A Concepção, Brasília segundo Feldman, Brasília: contradições de uma cidade nova, Barra 68 e Conterrâneos Velhos de Guerra.

Atores e atrizes como Patrícia Pillar, Maria Paula, Murilo Rosa, Mateus Solano, Rosanne Mulholland, Rafaela Mandelli e Rafael Almeida são nascidos na cidade.
Moda

No campo da moda, acontece a Capital Fashion Week, evento que segue o exemplo do São Paulo Fashion Week e tenta divulgar nacionalmente as marcas e modelos da região Centro-Oeste do Brasil e de Brasília.[93]
Carnaval

O Carnaval é marcado atualmente pelos desfiles de escolas de samba e blocos, sendo notadamente influenciado pelo carnaval do Rio de Janeiro. Em Ceilândia, existe o Ceilambódromo onde se pode assistir a desfile.[94]
Esportes
Estádio Mané Garrincha.

O Distrito Federal é sede de dois clubes de futebol reconhecidos nacionalmente:[95][96] o Brasiliense Futebol Clube (de Taguatinga) e a Sociedade Esportiva do Gama (ou simplesmente Gama), que chegaram a participar da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol, sem contar que o Brasiliense chegou a ser vice-campeão da Copa do Brasil na edição de 2002.

Os principais estádios de futebol são o Estádio Mané Garrincha, o Serejão e o recém-reformado Bezerrão. Brasília é uma das 12 cidades sede dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014, da qual o Brasil será o anfitrião. O estádio a ser utilizado é o Mané Garrincha, que passará por uma grande reforma.[97] Ao lado do estádio se encontra o Ginásio Nilson Nelson, que já recebeu partidas da Seleção Brasileira de Vôlei e do Campeonato Mundial de Futsal de 2008. Brasília foi candidata à sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2000, mas teve sua candidatura retirada.[17]

Por ser uma cidade localizada em altitude superior a 1000 metros do nível do mar, Brasília tem revelado atletas de alto nível, corredores de fundo e meio fundo como: Joaquim Cruz e Hudson de Souza (800 e 1500 mts rasos); Carmem de Oliveira e Lucélia Peres (5000, 10 000 e maratona); Valdenor Pereira dos Santos (5000 e 10 000 m); Marilson Gomes dos Santos (5000, 10 000, meia-maratona e maratona).

No tênis, o principal torneio é o Aberto de Brasília, disputado em oito quadras da Academia de Tênis Resort, às margens do lago Paranoá. O torneio faz parte do ATP Challenger Tour, circuito que acontece em cerca de 40 países, com 178 eventos atuais.[98]

Brasília é também a sede do Universo/BRB/Brasília, um dos maiores times do basquete nacional e atual campeão brasileiro.
Ver também
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* Naturais de Brasília
* Distrito Federal
* Região Administrativa de Brasília
* Plano Piloto
* Praça dos Três Poderes
* Palácio do Planalto
* História do Brasil
* História de Brasília
* Patrimônio da Humanidade
* Metrô de Brasília
* VLT de Brasília
* Esculturas de Brasília

Panorama do Eixo Monumental no Plano Piloto.
Panorama do Eixo Monumental no Plano Piloto.
Notas

1. ↑ O Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, conforme a Constituição Federal de 1988. Contudo, para efeitos práticos, Brasília é considerada uma cidade.[11][12][13]
2. ↑ Essa tabela mostra a evolução da população do Distrito Federal, ou seja, do conjunto de todas as regiões administrativas.

Referências

1. ↑ Sigla BSB. DOHOP. Página visitada em 26 de maio de 2009.
2. ↑ Sigla BSB. Skyscanner. Página visitada em 26 de maio de 2009.
3. ↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (5 de maio de 2009). Página visitada em 20 de julho de 2010.
4. ↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
5. ↑ a b c d Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
6. ↑ Embrapa Monitoramento por Satélite. Distrito Federal. Página visitada em 21 de julho de 2011.
7. ↑ a b Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
8. ↑ a b c Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
9. ↑ DISTRITO FEDERAL. Lei Orgânica do Distrito Federal.
10. ↑ Rosso diz querer imprimir a sua marca no governo do DF
11. ↑ Constituição da República Federativa do Brasil, artigo 32
12. ↑ Lei Orgânica do Distrito Federal
13. ↑ IBGE – Distrito Federal
14. ↑ Administração pública é responsável por mais de um terço da economia em quase 34% dos municípios brasileiros. IBGE (16 de dezembro de 2009).
15. ↑ Luís Cruls. Planalto Central do Brasil: Coleção Documentos Brasileiros (em português). 3 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1957. 333 p.
16. ↑ Dicionário Priberian. Página visitada em 15 de outubro de 2010.
17. ↑ a b c d e f Consultor editorial: . Pesquisas: Cláudia Gutemberg, Marcelo Araújo, Leocádio Guimarães, Rodrigo Ledo.. Brasília… Em 300 questões (em Português). Local de publicação: Edições Dédalo, 2002.
18. ↑ Brasiliatur.
19. ↑ Tudoradio.
20. ↑ Câmara Municipal de Silvânia. Página visitada em 23 de outubro de 2008.
21. ↑ A redescoberta do Brasil. Abril.com. Página visitada em 11 de março de 2011.
22. ↑ José Pessoa. cpdoc.fgv.br. Página visitada em 11 de março de 2011.
23. ↑ Correio Braziliense.
24. ↑ Secretaria de Estado de Cultura do DF. Página visitada em 23 de outubro de 2008.
25. ↑ Weatherbase.
26. ↑ O clima de Brasília e o microclima local. Projeto Casa Autônoma. Página visitada em 15 de outubro de 2010.
27. ↑ O clima em Brasília. Climatempo. Página visitada em 5 de abril de 2011.
28. ↑ Weatherbase: Historical Weather for Brasília.
29. ↑ Weatherbase: Historical Weather for Brasília.
30. ↑ Climatologia para a cidade Brasília - DF :: Tempo Agora. Página visitada em 30 de dezembro de 2010.
31. ↑ a b Correio Braziliense.
32. ↑ Guia de Brasília.
33. ↑ Secretaria de Comunicação da UnB.
34. ↑ Governo do Distrito Federal.
35. ↑ Ambientebrasil. Página visitada em 23 de novembro de 2008.
36. ↑ Dados do IBGE. Página visitada em 22 de novembro de 2008.
37. ↑ Bursztyn, Marcel & Araújo, Carlos Henrique. Da utopia à exclusão: vivendo nas ruas em Brasília. Labor et Fides, 1997. pp. 26-31
38. ↑ Paviani, Aldo. Geografia Urbana do Distrito Federal: Evolução e Tendências. IN Espaço & Geografia. Vol.10, nº 1, 1:22, 2007. p. 8
39. ↑ a b Brasília contrasta riqueza e desigualdade após quase 50 anos de existência. UOL. Página visitada em 15 de outubro de 2010.
40. ↑ Lista do Corpo Diplomático e Organismos Internacionais. Página visitada em 31 de maio de 2011.
41. ↑ Correio Braziliense. Página visitada em 23 de outubro de 2008.
42. ↑ Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - 2004 (PDF). Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) (dezembro de 2004). Página visitada em 30 de julho de 2009.
43. ↑ Tabela 793 - População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa. Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) (14 de novembro de 2007).
44. ↑ Gazeta do Povo. Página visitada em 22 de novembro de 2008.
45. ↑ a b Correio Braziliense. Página visitada em 22 de novembro de 2008.
46. ↑ Áreas nobres sob o manto do medo. Página visitada em 17 de setembro de 2009.
47. ↑ Tudorádio.com.
48. ↑ A História de Brasília - Prefeitos
49. ↑ SOS-Monuments.
50. ↑ Jornal Coletivo (2010). Brasília e Luxor agora são cidades-irmãs. Página visitada em 6 de dezembro de 2010.
51. ↑ Jornal Opção. Página visitada em 23 de outubro de 2008.
52. ↑ Worldwide Cost of Living survey 2011 - Top 50 cities: Cost of living ranking (em inglês). Mercer (2011-07-12). Página visitada em 2011-07-23.
53. ↑ "SP é a 10ª cidade mais cara do mundo para estrangeiros; RJ é a 12ª", UOL Noticias, 2011-07-12. Página visitada em 2011-07-23.
54. ↑ Clipping Brasília. Página visitada em 6 de novembro de 2008.
55. ↑ CARABALLO, Carolina (21 de janeiro de 2007). O Turista Desorientado. Correio Braziliense, Cidades, pp. 28-29.
56. ↑ Candango.com.br.
57. ↑ Estrada Colonial.
58. ↑ Jornal do Commercio (PDF). Página visitada em 22 de novembro de 2008.
59. ↑ Inter Systems (PDF). Página visitada em 22 de novembro de 2008.
60. ↑ Tribuna do Brasil. Página visitada em 22 de novembro de 2008.
61. ↑ Globo. Página visitada em 22 de novembro de 2008.
62. ↑ JB online. Página visitada em 22 de novembro de 2008.
63. ↑ SILVA, Ernesto. História de Brasília: Um Sonho, Uma esperança, Uma Realidade. Brasília: CDL , 1997
64. ↑ Escolas da Diretoria Regional de Educação do Plano Piloto/Cruzeiro.
65. ↑ Secretaria de Comunicação da UnB.
66. ↑ Aeroporto Internacional de Brasília - Presidente Juscelino Kubitschek Brasília - DF. Infraero. Página visitada em 15 de outubro de 2010.
67. ↑ a b Brasília e Região - Trânsito e Transportes. Anuário do DF. Página visitada em 15 de outubro de 2010.
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69. ↑ Departamento de Trânsito do DF.
70. ↑ a b Correio Braziliense. Página visitada em 12 de março de 2007.
71. ↑ Estrutura do metrô do Distrito Federal
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74. ↑ Secretaria de Estado de Cultura de Brasília - Museus - Centro Cultural Três Poderes - Panteão da Pátria. Página visitada em 28/04/2010.
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96. ↑ News.Google News.Google. Página visitada em 23 de outubro de 2008.
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98. ↑ Aberto de Brasília 2010. Página visitada em 22 de julho de 2010.

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* Memorial do Plano Piloto de Brasília (em português)
* Revista VEJA - 50 Anos de Brasília (em português)
* Página da FGV sobre o Marechal José Pessoa (em português)
* Página oficial da Administração Regional de Brasília (em português)
* A História de Brasília (em português)
* Fotos panorâmicas 360 graus de Brasília (em português)
* Fotografias Panorâmicas de Brasília, veja também no Google Earth (em português)
* Brasília no WikiMapia (em português)

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Natural Áreas protegidas do cerrado: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas · Áreas protegidas do Pantanal: Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e RPPN próximas · Ilhas atlânticas brasileiras: reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas · Parque Nacional do Iguaçu · Parque Nacional do Jaú · Reservas de Mata Atlântica da Costa do Descobrimento · Reservas de Mata Atlântica do Sudeste Bandeira do Brasil

Ruínas da Igreja da Redução Jesuítica de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões
Cultural Plano Piloto de Brasília • Centro Histórico de Diamantina • Centro Histórico de Goiás • Centro Histórico de Olinda • Centro Histórico de Salvador • Centro Histórico de São Luís • Cidade Histórica de Ouro Preto • Missões Jesuíticas Guarani: ruínas de São Miguel das Missões (transfonteiriço com a Argentina) • Parque Nacional Serra da Capivara • Praça São Francisco • Santuário do Bom Jesus de Matosinhos
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Chile Arica • Calama • Chillán Viejo • Concepción • El Bosque • Los Andes • Puerto Montt • Quilpué • Rancagua • Santiago • Valparaíso • Viña del Mar
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Cidades fundadoras em itálico.
* Fonte: Red de Mercociudades: Ciudades Miembros
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Membros Bissau • Bolama • Brasília • Cacheu • Cidade Velha • Díli • Guimarães • Ilha de Moçambique • Lisboa • Luanda • Macau • Maputo • Pante Macassar • Praia • Rio de Janeiro • Salvador • Santo António • São Tomé
Associadas Assomada • Belém • Belo Horizonte • Gabu • Huambo • Mindelo • Natal • Porto Alegre • São Filipe • São Paulo
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Sudeste Belo Horizonte (MG) · Rio de Janeiro (RJ) · São Paulo (SP) · Vitória (ES)
Sul Curitiba (PR) · Florianópolis (SC) · Porto Alegre (RS)
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Centros sub-regionais
Centros sub-regionais A
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Centros sub-regionais B
Abaetetuba • Assu • Afogados da Ingazeira • Alagoinhas • Altamira • Andradina • Angra dos Reis • Araranguá • Araras • Araripina • Arcoverde • Ariquemes • Assis • Avaré • Balneário Camboriú • Balsas • Bom Jesus da Lapa • Bragança • Bragança Paulista • Breves • Brumado • Brusque • Cacoal • Cametá • Campo Maior • Capanema • Caratinga • Carazinho • Cataguases • Chapadinha • Cianorte • Concórdia • Conselheiro Lafaiete • Cruz Alta • Cruz das Almas • Cruzeiro do Sul • Currais Novos • Eunápolis • Frederico Westphalen • Guaratinguetá • Gurupi • Itabaiana • Itaberaba • Itaituba • Itajubá • Itapetininga • Itapeva • Itapipoca • Itaporanga • Ituiutaba • Ivaiporã • Janaúba • Linhares • Mafra • Palmares • Paragominas • Parintins • Pedreiras • Presidente Dutra • Registro • Resende • Ribeira do Pombal • Santana do Ipanema • Santo Antônio da Platina • São João del-Rei • São Lourenço • São Miguel do Oeste • São Raimundo Nonato • Senhor do Bonfim • Tefé • Teresópolis • Tucuruí • União da Vitória • Valença • Viçosa • Videira • Vilhena • Vitória de Santo Antão • Xanxerê
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Centros de zona
Centros de zona A
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Centros de zona B
Abaeté • Abelardo Luz • Abre-Campo • Afonso Cláudio • Água Boa • Água Branca • Águas Formosas • Aimorés • Alegrete • Alexandria • Alto Araguaia • Alto Longá • Alto Parnaíba • Amambai • Amarante • Amargosa • Andirá • Andradas • Anicuns • Anísio de Abreu • Aparecida • Apiaí • Apodi • Araguaçu • Araguari • Araguatins • Araioses • Araputanga • Araruama • Araruna • Arcos • Arinos • Arroio do Meio • Arvorezinha • Auriflama • Avelino Lopes • Baependi • Bambuí • Bariri • Barra • Barra Bonita • Barra de São Francisco • Barra do Bugres • Barras • Barracão • Bataguassu • Batalha • Bela Vista • Belém do São Francisco • Bicas • Boa Esperança • Boa Vista do Buricá • Bom Jardim de Minas • Bom Jesus do Itabapoana • Boquira • Braço do Norte • Brasileia • Brejo Santo • Buritis • Caculé • Camapuã • Cambuí • Camocim • Campina da Lagoa • Campo Novo do Parecis • Campos Altos • Campos Belos • Canguaretama • Canindé de São Francisco • Canto do Buriti • Capanema • Capão da Canoa • Capim Grosso • Capinzal • Capitão Poço • Capivari • Caracol • Carauari • Carmo do Paranaíba • Carutapera • Casca • Cassilândia • Castelo • Castelo do Piauí • Cerejeiras • Chapadão do Sul • Chopinzinho • Cícero Dantas • Coelho Neto • Colíder • Colinas • Coluna • Comodoro • Confresa • Congonhas • Constantina • Coronel Vivida • Coxim • Cristal do Sul • Crixás • Cruz • Cruzília • Curimatá • Delmiro Gouveia • Desterro • Dores do Indaiá • Entre Rios de Minas • Esperantinópolis • Espírito Santo do Pinhal • Espumoso • Euclides da Cunha • Eirunepé • Extrema • Fátima • Faxinal • Floresta • Fortaleza dos Nogueiras • Fronteiras • Gandu • Garça • Garibaldi • General Salgado • Getúlio Vargas • Gilbués • Goianésia • Goiatuba • Goioerê • Grajaú • Guaíra • Guajará-Mirim • Guaraciaba do Norte • Guararapes • Horizontina • Ibicaraí • Ibirama • Ibotirama • Ilha Solteira • Indaial • Inhumas • Ipanema • Ipu • Iracema • Itaberaí • Itacarambi • Itamonte • Itaocara • Itapaci • Itapajé • Itapiranga • Itápolis • Itapuranga • Itaqui • Itararé • Itaúna • Ituporanga • Iturama • Jaciara • Jacutinga • Jaguaquara • Jaguariaíva • Jaguaribe • Jaicós • Jardim • Joaíma • João Pinheiro • Juara • Jussara • Lábrea • Lago da Pedra • Lagoa da Prata • Lambari • Leme • Leopoldina • Livramento de Nossa Senhora • Lorena • Lucas do Rio Verde • Lucélia • Luzilândia • Machado • Malacacheta • Manga • Mantena • Maracaçumé • Matão • Matinhos • Miranda • Miracema do Tocantins • Mirinzal • Mococa • Monte Alegre • Monte Alto • Monte Aprazível • Monte Carmelo • Mostardas • Muçum • Nanuque • Natividade • Nazaré • Neópolis • Niquelândia • Nonoai • Nossa Senhora das Dores • Nova Londrina • Nova Mutum • Nova Petrópolis • Oliveira • Orlândia • Osvaldo Cruz • Olho d'Água das Flores • Ouro Fino • Ouro Preto do Oeste • Palmeira • Palmeira d'Oeste • Palmeirópolis • Pão de Açúcar • Paracatu • Paraguaçu Paulista • Paraisópolis • Paramirim • Paranacity • Paranaíba • Parelhas • Passa-e-Fica • Patu • Paulistana • Peçanha • Pedra Azul • Pedro II • Pedro Afonso • Peixoto de Azevedo • Piancó • Pinheiro Machado • Pio XII • Piraju • Piracuruca • Pitanga • Pitangui • Piumhi • Poções • Ponte Serrada • Pontes e Lacerda • Porteirinha • Porto Calvo • Porto União • Posse • Presidente Epitácio • Presidente Getúlio • Presidente Juscelino • Presidente Venceslau • Princesa Isabel • Prudentópolis • Quatis • Quedas do Iguaçu • Rancharia • Resplendor • Riachão do Jacuípe • Rio Bonito • Rio Negro • Rio Pomba • Rio Real • Rodeio Bonito • Roncador • Rubiataba • Salto do Jacuí • Salvador do Sul • Sananduva • Sanclerlândia • Santa Bárbara • Santa Cruz • Santa Cruz da Baixa Verde • Santa Cruz do Rio Pardo • Santa Filomena • Santa Helena • Santa Luzia • Santa Luzia do Paruá • Santa Maria do Suaçuí • Santa Vitória do Palmar • Santana • Santana do Livramento • Santo Antônio • Santo Antônio da Patrulha • Santo Augusto • Santos Dumont • São Bento (Maranhão) • São Bento (Paraíba) • São Benedito • São Domingos • São Francisco • São Gabriel da Palha • São Gotardo • São João Batista • São João do Ivaí • São João do Piauí • São João dos Patos • São João Nepomuceno • São Joaquim da Barra • São José do Cedro • São José do Egito • São João do Rio do Peixe • São João Evangelista • São José do Cedro • São Lourenço do Oeste • São Mateus do Sul • São Miguel • São Miguel do Araguaia • São Miguel do Tapuio • São Paulo do Potengi • São Sebastião • São Sebastião do Caí • São Valentim • São Vicente Férrer • Sapé • Seara • Sena Madureira • Senador Pompeu • Serafina Corrêa • Serra Dourada • Serro • Simões • Simplício Mendes • Sinimbu • Siqueira Campos • Sobradinho • Sombrio • Sumé • Tabira • Taguatinga • Taió • Taiobeiras • Tangará • Tapejara • Tapes • Taquaritinga • Tarauacá • Tauá • Tenente Portela • Terra Nova do Norte • Teutônia • Tietê • Tramandaí • Três Pontas • Tucumã • Tucunduva • Turmalina • Tutóia • Uiraúna • Umarizal • União • Uruçuí • Valença • Valença do Piauí • Valente • Várzea da Palma • Vazante • Venda Nova do Imigrante • Veranópolis • Viana • Vigia • Vila Rica • Virginópolis • Visconde do Rio Branco • Vitorino Freire • Xaxim • Xinguara • Wenceslau Braz • Zé Doca
Referências: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Regiões de Influência das Cidades 2007 (10 de outubro de 2008) e Configuração da Rede Urbana do Brasil (junho de 2001)
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v • e
Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno
Abadiânia • Água Fria de Goiás • Águas Lindas de Goiás • Alexânia • Brasília • Buritis • Cabeceiras • Cabeceira Grande • Cidade Ocidental • Cocalzinho de Goiás • Corumbá de Goiás • Cristalina • Formosa • Luziânia • Mimoso de Goiás • Novo Gama • Padre Bernardo • Pirenópolis • Planaltina • Santo Antônio do Descoberto • Valparaíso de Goiás • Vila Boa • Unaí
Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, Brasil Distrito Federal (Brasil) Goiás Minas Gerais Brasil
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v • e
50 cidades mais populosas do Brasil


1. São Paulo
2. Rio de Janeiro
3. Salvador
4. Brasília
5. Fortaleza
6. Belo Horizonte
7. Manaus
8. Curitiba
9. Recife
10. Porto Alegre



11. Belém
12. Goiânia
13. Guarulhos
14. Campinas
15. São Luís
16. São Gonçalo
17. Maceió
18. Duque de Caxias
19. Nova Iguaçu
20. São Bernardo do Campo



21. Natal
22. Teresina
23. Campo Grande
24. Osasco
25. Santo André
26. João Pessoa
27. Jaboatão dos Guararapes
28. Uberlândia
29. São José dos Campos
30. Contagem



31. Sorocaba
32. Ribeirão Preto
33. Cuiabá
34. Feira de Santana
35. Juiz de Fora
36. Aracaju
37. Londrina
38. Ananindeua
39. Joinville
40. Belford Roxo



41. Niterói
42. São João de Meriti
43. Aparecida de Goiânia
44. Campos dos Goytacazes
45. Santos
46. São José do Rio Preto
47. Mauá
48. Caxias do Sul
49. Betim
50. Vila Velha

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v • e
Maiores municípios da região Centro-Oeste do Brasil por população
Brasília • Goiânia • Campo Grande • Cuiabá • Aparecida de Goiânia • Anápolis • Várzea Grande • Dourados • Rondonópolis • Rio Verde • Luziânia • Águas Lindas de Goiás • Valparaíso de Goiás • Sinop • Trindade • Corumbá • Três Lagoas • Formosa
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v • e
Capitais da América do Sul
Símbolo do Portal Portal América do Sul
Assunção · Bogotá · Brasília · Buenos Aires · Caracas · Georgetown · La Paz · Lima · Montevideu · Paramaribo · Quito · Santiago · Sucre ·

Dependências: Caiena · Port Stanley América do Sul
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v • e
Capitais das Américas
Capitais: Assunção • Basseterre • Belmopan • Bogotá • Brasília • Bridgetown • Buenos Aires • Caracas • Castries • Cidade da Guatemala • Cidade do México • Cidade do Panamá • Georgetown • Havana • Kingston • Kingstown • La Paz • Lima • Manágua • Montevidéu • Nassau• Nuuk • Ottawa • Paramaribo • Porto Príncipe • Port of Spain • Quito • Roseau • San José • Saint George's • Saint John's • Santiago • San Salvador • Santo Domingo • San Juan • Tegucigalpa • Washington, DC América
*Apenas capitais de estados soberanos
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v • e
Regiões Administrativas do Distrito Federal
Águas Claras | Brasília | Brazlândia | Candangolândia | Ceilândia | Cruzeiro | Gama | Guará | Itapoã | Jardim Botânico | Lago Norte | Lago Sul | Núcleo Bandeirante | Paranoá | Park Way | Planaltina | Recanto das Emas | Riacho Fundo | Riacho Fundo II | SCIA | SIA | Samambaia | Santa Maria | São Sebastião | Sobradinho | Sobradinho II | Sudoeste-Octogonal | Taguatinga | Varjão | Vicente Pires
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v • e
50 cidades mais populosas da América
Mais de 5 milhões de habitantes São Paulo • Cidade do México • Nova Iorque • Lima • Bogotá • Rio de Janeiro • Santiago
Entre 2 e 5 milhões de habitantes Caracas • Los Angeles • Maracaibo • Medellín • Guaiaquil • Chicago • Buenos Aires • Cáli • Salvador • Brasília • Toronto • Fortaleza • Havana • Belo Horizonte • Santo Domingo • Houston
Entre 1 e 2 milhões de habitantes Manaus • Santa Cruz de la Sierra • Curitiba • Ecatepec de Morelos • Quito • Montreal • Recife • Filadélfia • Guadalajara • Maracaibo • Phoenix • Puebla • Porto Alegre • Belém • Montevidéu • Córdova • San Antonio • Ciudad Juárez • San Diego • Goiânia • Tijuana • Valência • Barquisimeto • Manágua • Santiago de los Caballeros • Rosário • Campinas • Guarulhos • São Luis
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