ENCICLOPÉDIA MINEIRA: Prof. Marcos Tadeu Cardoso

Um projeto do Prof. Marcos Tadeu Cardoso, um livro publicado narrando a história das principais cidades Mineiras.
Entre em contato com o prof. Marcos T. C. pelo e-mail,
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segunda-feira, 28 de março de 2011

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Cabo Verde
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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Cabo Verde (desambiguação).

Coordenadas: 14º 55' N 23º 31' O
Cabo Verde
República de Cabo Verde
Bandeira de Cabo Verde
Brasão de Cabo Verde
Bandeira Brasão de Armas
Lema: Unidade, Trabalho, Progresso
Hino nacional: Cântico da Liberdade
Gentílico: Cabo-verdiano[1]

Localização de Cabo Verde

Capital Praia
14° 55' N 23° 31' O
Cidade mais populosa Praia
Língua oficial Português (oficial), Crioulo cabo-verdiano (não oficial)
Governo República democrática unitária parlamentarista
- Presidente Pedro Pires
- Primeiro-ministro José Maria Neves
História
- Descoberta 1460
- Independência
00• de Portugal
5 de Julho de 1975
- Multipartidarismo 13 de Janeiro de 1990
Área
- Total 4 033 km² (146.º)
- Água (%) desprezível
População
- Estimativa de 2008 499 796[2] hab. (167.º)
- Censo de 2000 436 821 hab.
- Urbana 303 512 hab. (91.º)
- Densidade 118 hab./km² (65.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2010
- Total US$ 1,946 mil milhões*[3] (174.º)
- Per capita US$ 3 548,49[3] (126.º)
Indicadores sociais
- IDH (2010) 0,534[4] (118.º) – médio
- Esper. de vida 71,7 anos (101.º)
- Mort. infantil 24,6/mil nasc. (108.º)
- Alfabetização 81,2% (118.º)
Moeda Escudo cabo-verdiano (indexado ao euro)[5] (CVE)
Fuso horário Horário de Cabo Verde - CVT (UTC-1)
- Verão (DST) Não tem (UTC-1)
Clima Árido
Org. internacionais ONU, OMC, CPLP, UA, CEDEAO,
Cód. ISO CPV
Cód. Internet .cv
Cód. telef. +238
Website governamental http://www.governo.cv/

Mapa de Cabo Verde

Cabo Verde é um país insular africano, arquipélago de origem vulcânica, constituído por dez ilhas. Está localizado no Oceano Atlântico, a 640 km a oeste de Dacar, Senegal. Outros vizinhos são a Mauritânia, a Gâmbia e a Guiné-Bissau, ou seja, todos na faixa costeira ocidental da África que vai do Cabo Branco às ilhas Bijagós. Curiosamente, o Cabo Verde que dá nome ao país não se situa nele, mas a centenas de quilómetros a leste, no Senegal.

Foi descoberto em 1460 por Diogo Gomes ao serviço da coroa portuguesa, que encontrou as ilhas desabitadas e aparentemente sem indícios de anterior presença humana. Foi colónia de Portugal desde o século XV até à sua independência em 1975.
Índice
[esconder]

* 1 História
o 1.1 O processo de Independência
* 2 Política
* 3 Divisão administrativa
* 4 Geografia
o 4.1 Pontos extremos
* 5 Clima
* 6 Economia
* 7 Demografia e estrutura social
o 7.1 Emigração cabo-verdiana
o 7.2 Estrutura social
* 8 Cultura
o 8.1 Língua
o 8.2 Religião
o 8.3 Música
* 9 Referências
* 10 Ver também
* 11 Ligações externas

[editar] História

Ver artigo principal: História de Cabo Verde

Igreja Nossa Senhora do Rosário, construída em 1495, a mais antiga igreja colonial do mundo, Cidade Velha, Ilha de Santiago.

A história refere que a descoberta de Cabo Verde se deu no século XV, mais precisamente em 1460. A colonização portuguesa começou logo após a sua descoberta, sendo as primeiras ilhas a serem povoadas as de Santiago e Fogo. Para incentivar a colonização a corte portuguesa estabeleceu uma carta de privilégio aos moradores de Santiago do comércio de escravos na Costa da Guiné. Em Ribeira Grande – Santiago - estabelece-se a primeira feitoria Foi estabelecida uma feitoria em Ribeira Grande - Ilha de Santiago, que serviu ponto de escala para os navios portugueses e para o tráfego e comercio de escravos que começava a crescer por essa época. Mais tarde, com a abolição da escravatura e com condições climáticas poucos favoráveis, devido à sua situação geográfica, o país começou a dar sinais de fragilidade e entrou em decadência tendo uma economia pobre e de subsistência. No século XX, a partir da década de 50, começam a surgir os movimentos libertação e independentistas um pouco por todo o continente africano. Cabo Verde vinculou-se à luta pela libertação da Guiné.[6]

A posição estratégica das ilhas nas rotas que ligavam Portugal ao Brasil e ao resto da África contribuíram para o facto dessas serem utilizadas como entreposto comercial e de aprovisionamento. Abolido o tráfico de escravos em 1876, o interesse comercial do arquipélago para a metrópole decresceu, só voltando a ter importância a partir da segunda metade do século XX. No entanto já tinham sido criadas as condições para o Cabo Verde de hoje: europeus e africanos uniram-se numa simbiose, criando um povo de características próprias.
[editar] O processo de Independência

As origens históricas nacionais da independência de Cabo Verde podem ser localizadas no final do século XIX início do XX. Não foi um processo linear nem unânime, mas já neste período a independência foi acenada. Surgindo como uma hipótese de solução extrema para os problemas ou das reivindicações da elite crioula de então. Esta que reclamava devido o desleixo ou negligência da metrópole em relação ao que se passava em Cabo Verde.

Com o processo de formação nacional, muito cedo a máquina administrativa foi sendo assegurada pelos nascidos em Cabo Verde, ou que já tinham grande identificação com a colónia, com excepção aos cargos elevados como, governadores, chefes militares etc., ainda reservados aos representantes da soberania de Portugal. Esta suposta “auto-suficiência” administrativa estava associada à sua relativa escolarização e à existência de uma imprensa mais ou menos dinâmica introduzida por Portugal em Cabo Verde, acabaram por contribuir para o surgimento de uma elite intelectual e burocrática nestas ilhas. Ainda em grau menor, esta elite entrou no século XX a discutir cada vez mais a questão da independência, gerando um clima de atrito com os representantes da metrópole. Os leitores que acompanhavam a imprensa oficial entendiam que se devia lutar pela independência ou, pelo menos, por uma autonomia honrosa.

A metrópole denominava os indígenas como mandriões, desleixados, indolentes, bêbados etc.[carece de fontes?] Um exemplo de reação a isso, Eugénio Tavares escreve em 1912: “O indígena de Cabo Verde é Activo e Trabalhador”. Esta rivalidade arrasta-se até a independência de Cabo Verde.

Em 1956 Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Luís Cabral, entre outros jovens patriotas da hoje Guiné-Bissau e Cabo Verde, fundaram o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) que surgiu no contexto do movimento libertador africano que ganhava força depois da Segunda Guerra Mundial. Onde formaram uma unidade popular para lutar contra o que chamavam de “deplorável política ultramarina portuguesa afirmando que as vítimas dessa política desejavam ver-se vires do domínio português”.

A 19 de Dezembro de 1974 foi assinado um acordo entre o PAIGC e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo Verde, Governo esse que preparou as eleições para uma Assembleia Nacional Popular. A 5 de Julho de 1975 proclamou-se a independência do país, considerado na altura após por muitos como um país inviável, devido às suas próprias fragilidades. Em 1991, o país conheceu uma viragem na vida política nacional, tendo realizado as primeiras eleições multipartidárias, instituindo uma democracia parlamentar.[7]
[editar] Política

Ver artigo principal: Política de Cabo Verde

Amílcar Cabral, num selo da ex-RDA.

Cabo Verde é uma república democrática semipresidencialista (parlamentarismo mitigado), com regime multipartidário. O governo é baseado na constituição de 1980, que institui o regime de partido único, revista em 1990 para introduzir o multipartidarismo e em 1992 para ajustá-la na totalidade com os valores da democracia multipartidária. As eleições são presidenciais (para eleger o Presidente da República) e legislativas (para eleger os deputados nacionais), que são eleitos para mandatos de cinco anos. O presidente do partido com maioria na Assembleia Nacional (Parlamento) é empossado como Primeiro-ministro. Apesar de ainda não haver ocorrido, há a possibilidade de o Presidente da República ser de um partido e o Primeiro-ministro de outro.

O Presidente da República, a Assembleia Nacional e o Conselho Superior da Magistratura Judiciária (esses também eleitos pela Assembleia Nacional) participam na eleição dos membros do Supremo Tribunal da Justiça.
[editar] Divisão administrativa

Ver artigo principal: Divisão administrativa de Cabo Verde

Paços do Concelho na Cidade da Praia.
Vista da cidade de Mindelo na baía do Porto Grande, com o Monte Cara (à esquerda) e Santo Antão (ao fundo, à direita).

A capital de Cabo Verde é a cidade da Praia na Ilha de Santiago que, juntamente com o Mindelo, na Ilha de São Vicente, são as duas cidades principais do País. Até 2005 Cabo Verde contava com 17 concelhos. No primeiro semestre de 2005 foi aprovada pela Assembleia Nacional cabo-verdiana a constituição de cinco novos concelhos, resultando nos actuais 22 concelhos, distribuídos pelas 10 ilhas do arquipélago:

Ilha da Boa Vista

* Boa Vista

Ilha Brava

* Brava

Ilha do Maio

* Maio

Ilha do Sal

* Sal

Ilha de São Nicolau

* Concelho da Ribeira Brava
* Tarrafal de São Nicolau

Ilha do Fogo

* Mosteiros
* São Filipe
* Santa Catarina do Fogo

Ilha de Santo Antão

* Paul
* Porto Novo
* Ribeira Grande

Ilha de Santiago

* Praia
* Santa Catarina,
* Santa Cruz
* São Domingos
* São Miguel
* Tarrafal
* Ribeira Grande de Santiago
* São Lourenço dos Órgãos
* São Salvador do Mundo

Ilha de São Vicente

* São Vicente

[editar] Geografia

Ver artigo principal: Geografia de Cabo Verde

Vista de satélite do Arquipélago de Cabo Verde.
Pico do Fogo, o ponto mais elevado do arquipélago, com 2829 m. Ilha do Fogo.
Vista da Ribeira de São Domingos,
a partir de Água de Gato, Ilha de Santiago.
Deserto Viana, Ilha da Boa Vista.
Praia Grande, Calhau São Vicente.
A actividade piscatória é uma das principais da economia cabo-verdiana.

Cabo Verde é um arquipélago localizado ao largo da costa da África Ocidental. As ilhas vulcânicas que o compõem são pequenas e montanhosas. Existe um vulcão activo, na ilha do Fogo, que é igualmente o ponto mais elevado do arquipélago, com 2829 m. O país é constituído por 10 ilhas, das quais 9 habitadas, e vários ilhéus desabitados, divididos em dois grupos:

* Ao norte, as ilhas de Barlavento. Relacionando de oeste para leste: Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia (desabitada), São Nicolau, Sal e Boa Vista. Pertencem ainda ao grupo de Barlavento os ilhéus desabitados de Branco e Raso, situados entre Santa Luzia e São Nicolau, o ilhéu dos Pássaros, em frente à cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente e os ilhéus Rabo de Junco, na costa da ilha do Sal e os ilhéus de Sal Rei e do Baluarte, na costa da ilha de Boa Vista;
* Ao sul, as ilhas de Sotavento. Enumerando de leste para oeste: Maio, Santiago, Fogo e Brava. O ilhéu de Santa Maria, em frente à cidade de Praia, na Ilha de Santiago; os ilhéus Grande, Rombo, Baixo, de Cima, do Rei, Luís Carneiro e o ilhéu Sapado, situados a cerca de 8 km da ilha Brava e o ilhéu da Areia, junto à costa dessa mesma ilha.

As maiores ilhas são a de Santiago a sudeste, onde se situa Praia, a capital do país, e a ilha de Santo Antão, no extremo noroeste. Praia é também o principal aglomerado populacional do arquipélago, seguida por Mindelo, na ilha de São Vicente.
[editar] Pontos extremos

* N Norte: Ponta do Sol, na ilha de Santo Antão 17° 11′ N 25° 05′ W
* S Sul: Ponta Nhô Martinho, na ilha Brava 14° 49′ N 24° 42′ W
* E Este: Ilhéu do Roque, na ilha da Boa Vista 16° 05′ N 22° 40′ W
* W Oeste: Ponta Chão de Morgado, na ilha de Santo Antão 17° 03′ N 25° 21′ W
* H Altitude máxima: Pico do Fogo, na ilha do Fogo (2.829 m alt.) 14° 57′ N 24° 20′ W

[editar] Clima

O arquipélago de Cabo Verde está localizado na zona sub-saheliana, com um clima árido ou semi-árido. O oceano e os ventos alíseos moderam a temperatura. A média anual raramente é superior a 25 °C e não desce abaixo dos 20 °C. A temperatura da água do mar varia entre 21 °C em Fevereiro e 25 °C em Setembro.

As estações do ano são fundamentalmente duas: as-águas e as-secas ou tempo das brisas.

A estação chuvosa, de Agosto a Outubro, é muito irregular e geralmente com fraca pluviosidade, em especial nas ilhas de São Vicente e Sal, onde tem havido vários anos seguidos sem chuva. As ilhas mais acidentadas, como Santo Antão, Santiago e Fogo, beneficiam de maior pluviosidade.

A estação mais seca, de Dezembro a Julho, é caracterizada por ventos constantes. A chamada bruma seca, trazida pelo vento harmatão das areias do Saara, chega a provocar a interrupção dos serviços nos aeroportos.
Condições meteorológicas anuais Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Temperatura (°C) 24 24 25 25 25 26 27 29 29 29 27 25
Precipitação mm 5,3 3,8 1,3 0,0 0,0 0,0 0,8 14,1 33,6 6,5 2,5 1,6
[editar] Economia

Ver artigo principal: Economia de Cabo Verde

Cabo verde é um estado arquipélago com uma economia subdesenvolvida e que sofre com uma carecia de alternativa de recursos e com o crescimento populacional. Os principais meios económicos são a agricultura, a riqueza marinha do arquipélago, a prestação de serviços que corresponde a 80% do PIB, e mais recentemente o turismo que tem ganhado crescente relevância. [8] As principais ilhas turísticas são a Ilha do Sal e a Ilha da Boa Vista.

A agricultura sofre com os constantes períodos de seca e carece de uma melhor infra-estrutura e modernização das técnicas agrícolas, os investimentos que atenderiam a essa necessidade seriam através de uma melhor educação dos cultivadores e da organização de um mercado de consumo dos produtos.[9] Os produtos desta agricultura de sequeiro, com base na associação tradicional do milho e dos feijoeiros anuais, destinam-se basicamente ao mercado interno cabo-verdiano (embora não satisfaçam a procura, sendo indispensável uma importação maciça de alimentos). Também têm se introduzido novas culturas de produtos e plantas como legumes, frutas e hortaliças para a distribuição interna do mercado. Os principais produtos exportados são o café, a banana e a cana de açúcar que possuem mercados restritos e limitados.

No setor de pescas vem sendo implantado uma modernização dos meios artesanais e métodos tradicionais para um melhor aproveitamento desses recursos isso vendo sendo feito através do apoio de organismos especializados, porém a rentabilidade da pesca exige uma industrialização do pescado e a organização dos mercados para que seja escoada a produção.

Nos dias atuais o turismo tem se tornado uma importante fonte económica para o país, o que dificulta é a questão estrutural. Cabo Verde necessita de um desenvolvimento das estradas, portos e aeroportos, de meios de comunicação rápidos e frequentes além da criação de uma forte rede hoteleira que atenda a necessidade dos turistas.

Portugal tem fortemente cooperado e ajudado Cabo Verde a nível económico e social, o que resultou na indexação de sua moeda, o escudo cabo-verdiano, ao Euro, e no crescimento de sua economia interna. O ex-Primeiro-ministro de Portugal, José Durão Barroso, e Presidente da Comissão Européia no segundo semestre de 2004, prometeu integrar Cabo Verde à área de influência da União Europeia, através de maior cooperação com Portugal.

A economia cabo-verdiano desenvolveu-se significativamente desde o final da última década, nos dias atuais esta transformação é sustentada por um vasto programa de infra-estrutura por parte do governo em domínios vitais como os transportes terrestres, os transportes marítimos, os transportes aéreos, as comunicações, entre outros.[10]

O país tem muitos emigrantes espalhados pelo mundo (com especial foco para EUA e Portugal) que contribuem com remessas financeiras significativas para o seu país de origem.[11]
[editar] Demografia e estrutura social

Ver artigo principal: Demografia de Cabo Verde

Os cabo-verdianos são descendentes de antigos escravos africanos e dos seus senhores portugueses. Grande parte dos cabo-verdianos emigra para o estrangeiro, principalmente para os Estados Unidos, Portugal e Brasil, de modo que há mais cabo-verdianos a residir no estrangeiro que no próprio país.

Marcadamente jovem na sua estrutura etária, com 40% dos efectivos entre os 0-14 anos (estimativa 2005) e apenas 6% acima dos 65 anos, a média de idades da população cabo-verdiana ronda os 24 anos.

A esperança média de vida, que em 1975 rondava os 63 anos, atinge, em 2003, os 71 anos (67 para homens; 75 para as mulheres). A taxa de mortalidade infantil, que em 1975 rondava os 110‰, representava, em 2004, um valor de 20‰ (44‰ em 1990; 26‰ em 2000), um valor inferior às taxas de outros países de categoria de rendimento semelhante.

A taxa de crescimento da população, dependente dos fluxos migratórios, situou-se, no decénio 1990-2000 (data do último censo populacional), em cerca de 2,4%, valor que se manteve constante até 2005. De aí em diante prevê-se que a mesma estabilize em torno dos 1,9%. Os agregados familiares, em 2006, eram constituídos, em média, por 4,9 membros (5 no meio rural e 4,5 no meio urbano).
Vila Nova Sintra, Ilha Brava.
Vista parcial da baía do Porto Grande ilha de São Vicente.
[editar] Emigração cabo-verdiana

Os principais destinos da emigração cabo-verdiana são:

* Estados Unidos: 250 000 (Boston, New Bedford e Pawtucket)
* Portugal: 100 000 (Lisboa, Setúbal, Porto e Faro)
* Países Baixos: 37 500
* Angola: 35 000
* Senegal: 22 500
* Brasil: 19 500

[editar] Estrutura social

Ao contrário dos países do continente africano, não há etnias em Cabo Verde. Em contrapartida, a trajectória histórica do país incluiu, desde o início, um processo de formação de classes sociais. Neste momento, pode constatar a ausência de uma "burguesia", mas a existência de vários tipos de "pequena burguesia", numericamente significativos. A grande maioria da população é, no entanto, constituído pelo campesinato e algum operariado. [12]
[editar] Cultura

Ver artigo principal: Cultura de Cabo Verde

Cena de rua em Porto Novo, Ilha de Santo Antão.

Em todos os seus aspectos, a cultura de Cabo Verde caracteriza-se por uma miscigenação de elementos europeus e africanos. Não se trata de um somatório de duas culturas, convivendo lado a lado, mas sim, um terceiro produto, totalmente novo, resultante de um intercâmbio que começou há quinhentos anos.

O caso cabo-verdiano pode ser situado no contexto comum das nações africanas, no qual as elites, que questionaram a superioridade racial e cultural europeia e que, em alguns casos, empreenderam uma longa luta armada contra o imperialismo europeu e pela libertação nacional, utilizam hoje o domínio dos códigos ocidentais como principal instrumento de dominação interna.[13]
[editar] Língua

A língua oficial é o português, usada nas escolas, na administração pública, na imprensa e nas publicações. A língua nacional de Cabo Verde, a língua do povo, é o crioulo cabo-verdiano (criol, kriolu). Cabo Verde é formado por dez ilhas e cada uma tem um crioulo diferente. O crioulo está oficialmente em processo de normalização (criação duma norma) e discute-se a sua adopção como segunda língua oficial, ao lado do português.

* Cabo Verde é membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
* Cabo Verde é país-sede de um organismo da CPLP, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP).
* O francês e o inglês são leccionados no ensino secundário.
* Existe uma comunidade de imigrantes senegaleses, especialmente na ilha do Sal, que fala também o francês.
* Nos últimos anos constituiu-se, principalmente na cidade da Praia, uma comunidade de imigrantes nigerianos que fala o inglês.

[editar] Religião

Os cabo-verdianos são de maioria Católica Romana (mais de 90%). Outras denominações cristãs também estão implantadas em Cabo Verde, com destaque para os protestantes da Igreja do Nazareno e da Igreja Adventista do Sétimo Dia, assim como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormons), a Congregação Cristã em Cabo Verde, Assembleia de Deus, Testemunhas de Jeová e outros grupos pentecostais e adventista. Há pequenas minorias muçulmanas e da Fé Bahá'í. A Igreja Universal do Reino de Deus também tem seguidores em Cabo Verde. A liberdade de religião é garantida pela Constituição e respeitada pelo governo. Há boas relações entre as diversas confissões religiosas.
[editar] Música

Ver artigo principal: Música de Cabo Verde

Batucadeiras.

O povo cabo-verdiano é conhecido por sua musicalidade, bem expressa por manifestações populares como o Carnaval de Mindelo, cuja importância faz com que a cidade seja conhecida nos dias dos festejos momescos como "Brazilim" (ou "pequeno Brasil"). Na música, há diversos géneros musicais próprios, dos quais se destacam a morna, o funaná, a coladeira e o batuque. Cesária Évora é a cantora cabo-verdiana mais conhecida no mundo, conhecida como a "diva dos pés descalços", pois gosta de se apresentar no palco assim. O sucesso internacional de Cesária Évora fez com que outros artistas cabo-verdianos, ou descendentes de cabo-verdianos nascidos em Portugal, ganhassem maior espaço no mercado musical.[carece de fontes?] Exemplos disso são as cantoras Sara Tavares e Lura.


Feriados Data Nome em português Observações
1 de Janeiro Ano Novo
13 de Janeiro Dia da Democracia
20 de Janeiro Dia dos Heróis Nacionais Aniversário da morte de Amílcar Cabral
variável Terça-feira de Carnaval Festa móvel
variável Quarta-feira de Cinzas Festa móvel
variável Sexta-feira Santa, Paixão de Cristo Festa Móvel
1 de Maio Dia do Trabalhador
19 de Maio Dia do Município da Praia Feriado somente na capital, Praia
1 de Junho Dia Internacional da Criança Antigo feriado, restabelecido em 2005
5 de Julho Dia da Independência
15 de Agosto Dia da Padroeira Nacional (N.ª Sr.ª das Graças) Dia do Município dos Mosteiros
1 de Novembro Dia de Todos os Santos
25 de Dezembro Natal
Referências

1. ↑ O Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos cita também a forma “cabo-verdense”. Já o dicionário Houaiss regista a forma “cabo-verdense” apenas como adjectivo.
2. ↑ Instituto Nacional de Estatística - Cabo Verde
3. ↑ a b Cabo Verde. Fundo Monetário Internacional. Página visitada em 19 de Junho de 2010.
4. ↑ Ranking do IDH 2010. PNUD. Página visitada em 4 de novembro de 2010.
5. ↑ Decisão 98/744/CE do Conselho, de 21 de Dezembro de 1998, relativa aos aspectos cambiais relacionados com o escudo cabo-verdiano
6. ↑ http://www.un.cv/sobrecv.php#2
7. ↑ LOPES, José Vicente. Cabo Verde, as Causas da Independência. Praia, 2005.
8. ↑ Veja Brígida Rocha Brito e outros, Turismo em Meio Insular Africano: Potencialidades, constrangimentos e impactos, Lisboa: Gerpress, 2010
9. ↑ Ver Carlos Teixeira Couto, Incerteza, adaptabilidade e inovação na sociedade rural da Ilha de Santiago de Cabo Verde, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.
10. ↑ Víctor Reis, Desenvolvimento em Cabo Verde: As opções estratégicas e o investimento directo estrangeiro, Lisboa:MIMO, 2011
11. ↑ História concisa de Cabo Verde / coordenado e organizado por Maria Emília Madeira Santos, Maria Manuel Ferraz Torrão e Maria João Soares. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, Praia (Cabo Verde): Instituto da Investigação e do Património Culturais, 2007. Pg.21-30
12. ↑ Michel Lesourd, Etat et société aux îles du Cap Vert, Paris: Karthala, 1995
13. ↑ APPIAH, Kwame Anthony (1997). Na casa de meu pai. Rio de Janeiro, Contraponto.

[editar] Ver também
Portal A Wikipédia possui o
Portal de Cabo Verde

* África
* Crioulo cabo-verdiano
* Lista de países
* Império Português
* Missões diplomáticas de Cabo Verde
* Português de Cabo Verde

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* Commons
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[editar] Ligações externas

* Presidência da República de Cabo Verde
* Governo da República de Cabo Verde
* Instituto Nacional de Estatística
* CIA Factbook (em inglês)
* Alterações Climáticas e Cabo Verde - Projecto PNUD

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Bandeira da Organização Internacional da Francofonia Organização Internacional da Francofonia
Membros Bélgica • Benim • Bulgária • Burkina Faso • Burundi • Cabo Verde • Camarões • Camboja • Canadá • Chade • Chipre • Comores • Costa do Marfim • Djibouti • Dominica • Egito • França • Gabão • Gana • Guadalupe • Guiana Francesa • Guiné • Guiné-Bissau • Guiné Equatorial • Haiti • Laos • Líbano • Madagáscar • Mali • Marrocos • Martinica • Mauritânia • Maurícia • Níger • Nova Brunswick • Ontário • Quebec • República Centro-Africana • República Democrática do Congo • República do Congo • Roménia • Ruanda • Saint Pierre et Miquelon • Santa Lúcia • São Tomé e Príncipe • Senegal • Seychelles • Suíça • Togo • Tunísia • Vanuatu • Vietname Localização dos membros da Organização Internacional da Francofonia
Observadores Arménia • Áustria • Croácia • Eslováquia • Eslovénia • Geórgia • Hungria • Letónia • Lituânia • Moçambique • Polónia • República Checa • Sérvia • Ucrânia
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PortugueseFlag1385.svg Antigos territórios e colónias do Império Português Portugal
(Princípio: 1415; Fim: 1999 ou 2002)
Norte de África: Aguz (1506-1525) • Alcácer-Ceguer (1458-1550) • Arzila (1471-1550, 1577-1589) • Azamor (1513-1541) • Ceuta (1415-1640) • Mazagão (1485-1550, 1506-1769) • Mogador (1506-1525) • Safim (1488-1541) • Agadir (1505-1769) • Tânger (1471-1662) • Ouadane (1487-meados do século XVI)
África subsariana: Acra (1557-1578) • Angola (1575-1975) • Ano Bom (1474-1778) • Arguim (1455-1633) • Cabinda (1883-1975) • Cabo Verde (1642-1975) • São Jorge da Mina (1482-1637) • Fernando Pó (1478-1778) • Costa do Ouro (1482-1642) • Guiné Portuguesa (1879-1974) • Melinde (1500-1630) • Mombaça (1593-1698, 1728-1729) • Moçambique (1501-1975) • Quíloa (1505-1512) • Fortaleza de São João Baptista de Ajudá (1680-1961) • São Tomé e Príncipe 1753-1975 • Socotorá (1506-1511) • Zanzibar (1503-1698) • Ziguinchor (1645-1888)
Ásia Ocidental: Bahrein (1521-1602) • Ormuz (1515-1622) • Mascate (1515-1650) • Bandar Abbas (1506-1615)
Subcontinente indiano: Ceilão Português (1518-1658) • Laquedivas (1498-1545) • Maldivas (1518-1521, 1558-1573) • Baçaim (1535-1739); Bombaim (Mumbai) (1534-1661); Calecute (1512-1525); Cananor (1502-1663); Chaul (1521-1740); Chittagong (1528-1666); Cochim (1500-1663); Cranganor (1536-1662); Dadrá e Nagar-Aveli (1779-1954); Damão (1559-1962); Diu (1535-1962); Goa (1510-1962); Hughli (1579-1632); Nagapattinam (1507-1657); Paliacate (1518-1619); Coulão (1502-1661); Salsete (1534-1737); Masulipatão (1598-1610); Mangalore (1568-1659); Surate (1540-1612); Thoothukudi (1548-1658); São Tomé de Meliapor (1523-1662; 1687-1749)
Ásia Oriental e Oceânia: Bante (séc. XVI-XVIII) • Flores (século XVI-XIX) • Macau, como estabelecimento português, colónia e província ultramarina (1557-1976); como território chinês sob administração portuguesa (1976-1999) • Macáçar (1512-1665) • Malaca Portuguesa (1511-1641) • Molucas (Amboina 1576-1605, Ternate 1522-1575, Tidore 1578-1650) • Nagasaki (1571-1639) • Timor Português (Timor-Leste), como colónia e província ultramarina (1642-1975), invadida pela Indonésia, sob o nome de Timor Timur (1975-1999), como protectorado (1999-2002)
América do Norte: Terra Nova (1501–1570?) • Labrador (1501-1570?) Nova Escócia (1519–1570?)
América Central e do Sul: Brasil (1500-1822) • Barbados (1536-1620) • Província Cisplatina (1808-1822) • Guiana Francesa (1809-1817) • Colônia do Sacramento (1680-1777) • (Colonização do Brasil)
Madeira e Açores Estes dois arquipélagos, localizados no Atlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início do século XV e fizeram parte do Império Português até 1832, quando se tornaram províncias de Portugal. A partir de então passaram a ser consideradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadas Ilhas Adjacentes) e não como colónias. Hoje são regiões autónomas de Portugal.
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Bandeira da ZPCAS Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZPCAS)
Membros África do Sul • Angola • Argentina • Benim • Brasil • Cabo Verde • Camarões • Congo • Costa do Marfim • Gabão • Gâmbia • Gana • Guiné • Guiné-Bissau • Guiné Equatorial • Libéria • Namíbia • Nigéria • República Democrática do Congo • São Tomé e Príncipe • Senegal • Serra Leoa • Togo • Uruguai Localização dos membros da ZPCAS
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Ilha do Fogo
Cidades, vilas e aldeias Achada Furna • Achada Grande • Atalaia • Bangaeira • Cabeça Fundão • Campanas • Chã das Caldeiras • Cova Figueira • Coxo • Curral Grande • Estância Roque • Fajãzinha • Figueira Pavão • Fonsaco • Fonte Aleixo • Furna • Galinheiros • Lomba • Miguel Gonçalves • Monte Grande • Mosteiros • Patim • Ponta Verde • Relva • Ribeira Ilhéu • Salto • Santo António • São Filipe • São Jorge • São Lourenço • Vicente Dias
Municípios Mosteiros • Santa Catarina do Fogo • São Filipe
Cabo Verde • Sotavento • Fogo

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Categoria: Cabo Verde
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