ENCICLOPÉDIA MINEIRA: Prof. Marcos Tadeu Cardoso

Um projeto do Prof. Marcos Tadeu Cardoso, um livro publicado narrando a história das principais cidades Mineiras.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Paraíba
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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados de Paraíba, veja Paraíba (desambiguação).

Coordenadas: 07º 09' S 36º 49' W
Estado da Paraíba
Bandeira da Paraíba
Brasão de Armas da Paraíba
(Bandeira) (Brasão)
Hino: Hino da Paraíba
Gentílico: Paraibano

Localização da Paraíba no Brasil

Localização
- Região Nordeste
- Estados limítrofes Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará
- Mesorregiões 4
- Microrregiões 23
- Municípios 223
Capital João Pessoa
Governo 2007 a 2010
- Governador(a) José Maranhão (PMDB)
- Vice-governador(a) Luciano Cartaxo (PT)
- Deputados federais 12
- Deputados estaduais 36
- Senadores Roberto Cavalcanti (PRB)
Efraim Morais (DEM)
Cícero Lucena (PSDB)
Área
- Total 56 439,838 km² (21º) [1]
População 2009
- Estimativa 3 769 977 hab. (13º)[2]
- Densidade 66,80 hab./km² (8º)
Economia 2008
- PIB R$25.697.000.000 (18º)
- PIB per capita R$6.866 (24º)
Indicadores 2008[3]
- Esper. de vida 69,4 anos (23º)
- Mort. infantil 36,5‰ nasc. (24º)
- Analfabetismo 23,5% (25º)
- IDH (2005) 0,718 (24º) – médio[4]
Fuso horário UTC-3
Clima tropical e semi-árido Bs'h
Cód. ISO 3166-2 BR-PB
Site governamental www.pb.gov.br

Mapa da Paraíba

A Paraíba é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situada a leste da região Nordeste e tem como limites o estado do Rio Grande do Norte ao norte, o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco ao sul e o Ceará a oeste. Ocupa uma área de 56.439 km² (pouco menor que a Croácia). A capital é João Pessoa e outras cidades importantes são Campina Grande, Santa Rita, Guarabira, Patos, Pombal, Sousa, Cajazeiras e Cabedelo. O relevo é modesto, mas não muito baixo, 66% do território se encontra entre 300 e 900 m de altitude.

Da Paraíba surgiram alguns dos mais notáveis poetas e escritores brasileiros como Augusto dos Anjos (1884-1908), José Américo de Almeida (1887-1980), José Lins do Rêgo (1901-1957), W.J Solha (1941 - ) e Pedro Américo (1843-1905) (mais conhecidos por suas pinturas históricas).

Na Paraíba se encontra o ponto mais oriental das Américas, conhecido como a Ponta do Seixas, em João Pessoa, devido a sua localização geográfica privilegiada (extremo oriental das Américas), João Pessoa é conhecida turisticamente como "a cidade onde o sol nasce primeiro".
Índice
[esconder]

* 1 História
o 1.1 Antecedentes da conquista da Paraíba
o 1.2 Expedições para a conquista
o 1.3 Conquista da Paraíba
o 1.4 Fundação da Paraíba
* 2 Geografia
o 2.1 Relevo
o 2.2 Hidrografia
o 2.3 Vegetação
* 3 Demografia
o 3.1 Etnias
o 3.2 Religião
o 3.3 Municípios mais populosos
* 4 Política
o 4.1 Símbolos oficiais
+ 4.1.1 Bandeira
+ 4.1.2 Brasão de Armas
+ 4.1.3 Hino
* 5 Subdivisões
* 6 Economia
* 7 Cultura
o 7.1 Teatros
+ 7.1.1 Theatro Santa Roza
+ 7.1.2 Teatro Municipal Severino Cabral
+ 7.1.3 Outros Teatros
o 7.2 Museus
+ 7.2.1 Museu de Artes Assis Chateaubriand
* 8 Ver também
* 9 Referências
* 10 Bibliografia
* 11 Ligações externas

[editar] História

Ver artigo principal: História da Paraíba

A História da Paraíba começa antes do descobrimento do Brasil, quando o litoral do atual território do estado era povoado pelos índios tabajaras e potiguaras. A província tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.
[editar] Antecedentes da conquista da Paraíba

Demorou um certo tempo para que Portugal começasse a explorar economicamente o Brasil, uma vez que os interesses lusitanos estavam voltados para o comércio de especiarias nas Índias, e além disso, não havia nenhuma riqueza na costa brasileira que chamasse tanta atenção quanto o ouro, encontrado nas colônias espanholas, minério este que tornara uma nação muito poderosa na época.

Devido ao desinteresse lusitano, piratas e corsários começaram a extrair o pau-brasil, madeira muito encontrada no Brasil-colônia, e especial devido a extração de um pigmento, usado para tingir tecidos na Europa. Esses invasores eram em sua maioria franceses, e logo que chegaram no Brasil fizeram amizades com os índios, possibilitando entre eles uma relação comercial conhecida como "escambo", na qual o trabalho indígena era trocado por alguma manufatura sem valor.
Mapa da capitania da Paraíba, 1698.

Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi dividida em quinze capitanias, para doze donatários. Entre elas destacam-se a capitania de Itamaracá, a qual se estendia do rio Santa Cruz até a Baía da Traição. Inicialmente essa capitania foi doada à Pero Lopes de Sousa, que não pôde assumir, vindo em seu lugar o administrador Francisco Braga, que devido a uma rivalidade com Duarte Coelho, deixou a capitania em falência, dando lugar a João Gonçalves, que realizou algumas benfeitorias na capitania como a fundação da Vila da Conceição e a construção de engenhos.

Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em declínio, ficando à mercê de malfeitores e propiciando a continuidade do contrabando de madeira.
Engenho na Paraíba, 1645.

Em 1574 aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de Tracunhaém", no qual índios mataram todos os moradores de um engenho chamado Tracunhaém em Pernambuco. Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de Tracunhaém. Após receber a comitiva constituída pela índia e seus irmãos, vindos de viagem, após resgatar a índia raptada, para pernoite em sua casa, um senhor de engenho, Diogo Dias, provavelmente escondeu-a, de modo que quando amanheceu o dia a moça havia desaparecido e seus irmãos voltaram para sua tribo sem a índia. Seu pai ainda apelou para as autoridades, enviando emissários a Pernambuco sem o menor sucesso. Os franceses que se encontravam na Paraíba estimularam os potiguaras à luta. Pouco tempo depois, todos os chefes potiguaras se reuniram, movimentaram guerreiros da Paraíba e do Rio Grande do Norte e atacaram o engenho de Diogo Dias. Foram centenas de índios que, ardilosamente, se acercaram do engenho e realizaram um verdadeira chacina a morte de todos que encontraram pela frente: proprietários, colonos e escravos, seguindo-se o incêndio do engenho.

Após esta tragédia, D. João III, rei de Portugal, desmembrou Itamaracá, dando formação à capitania do Rio Paraíba.

Existia uma grande preocupação por parte dos lusitanos em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, pois havia a garantia do progresso da capitania pernambucana, a quebrada aliança entre Potiguaras e franceses, e ainda, estender sua colonização ao norte.
[editar] Expedições para a conquista
Brasão da Capitania da Paraíba.

Quando o governador-geral D. Luís de Brito recebeu a ordem para separar Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a ordem de punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. Assim começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o ouvidor-geral D. Fernão da Silva.

I Expedição (1574): O comandante desta expedição foi o ouvidor-geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por indígenas e teve que recuar para Pernambuco.

II Expedição (1575): Quem comandou a segunda expedição foi o governador-geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro governador-geral Lourenço Veiga, tenta conquistar a o Rio Paraíba, não obtendo êxito.

III Expedição (1579): Ainda sob forte domínio "de fato" dos franceses, foi concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a capitania da Paraíba, desmembrada de Olinda. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa .

IV Expedição (1582): Com a mesma proposta imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e do franceses. Barbosa desiste após perder um filho em combate.

V Expedição (1584): Após a sua chegada à Paraíba, Frutuoso Barbosa capturou cinco navios de traficantes franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e da Bahia para assegurar os interesses portugueses na região. Nesse mesmo ano, da Bahia vieram reforços através de uma esquadra comandada por Diogo Flores de Valdés, e de Pernambuco tropas sob o comando de D. Filipe de Moura. Conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a Paraíba. Após a conquista, eles construíram os fortes de São Tiago e São Filipe.
[editar] Conquista da Paraíba

Para as jornadas, o ouvidor-geral Martim Leitão formou uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que eram índios tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua luta era contra os potiguaras (rivais dos Tabajaras). Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra traição, a rejeitaram.

Depois de um certo tempo Leitão e sua tropa finalmente chegaram aos fortes São Filipe e Santiago, ambos em decadência e miséria devido as intrigas entre espanhóis e portugueses. Com isso Martim Leitão nomeou o espanhol conhecido como Francisco Castejón para o cargo de Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castejón havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha.

Quando ninguém esperava, os portugueses unem-se aos Tabajaras, fazendo com que os potiguaras recuassem. Isto se deu no início de agosto de 1585. A conquista da Paraíba se deu no final de tudo através da união de um português e um chefe indígena chamado Pirajibe, palavra que significa "Braço de Peixe".
[editar] Fundação da Paraíba

Martim Leitão trouxe pedreiros, carpinteiros, engenheiros e outros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves. Com o início das obras, Leitão foi a Baía da Traição expulsar o resto dos franceses que permaneciam na Paraíba. Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte. Na Paraíba teve-se a terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última do século XVI.
[editar] Geografia

Possui clima tropical úmido no litoral, com chuvas abundantes. À medida que se desloca para o interior, depois da Serra da Borborema, o clima torna-se semi-árido e sujeito a estiagens prolongadas e precipitações abaixo dos 500mm. As temperaturas médias anuais ultrapassam os 26 ℃, com algumas exceções no Planalto da Borborema, onde a temperatura média é de 24 ℃.
[editar] Relevo
Imagem de satélite do relevo da Paraíba.

A maior parte do território paraibano é constituída por rochas resistentes, e bastante antigas, que remontam a era pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões de anos.

Elas formam um complexo cristalino que favorecem a ocorrência de minerais metálicos, não metálicos e gemas. Os sítios arqueológicos e paleontológicos, também resultam da idade geológica desses terrenos.

* No litoral temos a Planície Litorânea que é formada pelas praias e terras arenosas.
* Na região da mata, temos os tabuleiros que são formados por acúmulos de terras que descem de lugares altos.

Pedra da Boca de Araruna

* No Agreste, temos algumas depressões que ficam entre os tabuleiros e o Planalto da Borborema, onde se encontram muitas serras, como a Serra da Araruna, a Serra de Cuité, Serra do Bodopitá e a Serra de Teixeira. Encontra-se no município de Araruna o Parque Estadual Pedra da Boca.
* No sertão, temos uma depressão sertaneja que se estende do município de Patos até após a Serra da Viração.

O Planalto da Borborema ou Chapada da Borborema é o mais marcante acidente do relevo do estado. Na Paraíba ele tem um papel fundamental no conjunto do relevo, rede hidrográfica e nos climas. As serras e chapadas atingem altitudes que variam de 300 a 800 metros de altitude.

A Serra de Teixeira é uma das mais conhecidas, com uma altitude média de 700 metros, onde se encontra o ponto culminante da Paraíba, a saliência do Pico do Jabre, que tem uma altitude de 1.197 metros acima do nível do mar, e fica localizado no município de Matureia.
[editar] Hidrografia
Rio Mamanguape.

Na hidrografia da Paraíba, os rios fazem parte de dois setores, Rios Litorâneos e Rios Sertanejos.

Rios Litorâneos - são rios que nascem na Serra da Borborema e vão em busca do litoral paraibano, para desaguar no Oceano Atlântico. Entre estes tipos de rios podemos destacar: o Rio Paraíba, que nasce no alto da Serra de Jabitacá, no município de Monteiro, com uma extensão de 360 km de curso d'água e o maior rio do estado. Também podemos destacar outros rios, como o Rio Curimataú e o Rio Mamanguape.

Rios Sertanejos - são rios que vão em direção ao norte em busca de terras baixas e desaguando no litoral do Rio Grande do Norte. O rio mais importante deste grupo é o Rio Piranhas, que nasce na Serra de Bongá, perto da divisa com o estado do Ceará. Esse rio é muito importante para Sertão da Paraíba, pois através desse rio é feita a irrigação de grandes extensões de terras no sertão. Tem ainda outros rios, como o Rio do Peixe, Rio Piancó e o Rio Espinhara, todos afluentes do Rio Piranhas. Os rios da Paraíba estão inseridos na Bacia do Atlântico Nordeste Oriental e apenas os rios que nascem na Serra da Borborema e na Planície Litorânea são perenes. Os outros rios são temporários e correm em direção ao norte, desaguando no litoral do Rio Grande do Norte.
[editar] Vegetação
Vista da Pedra do Cordeiro município de Belém.

A vegetação litorânea do estado da Paraíba apresenta, matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneas e arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras espécies por batiputás e mangabeiras. Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.

A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras espécies pelo xique-xique e o mandacaru.
[editar] Demografia
Demografia da Paraíba
Ficha técnica
População 3.769.977 (2009).
Densidade 64,52 hab./km² (2007).
Crescimento demográfico 0,8% ao ano (1991-2000).
População urbana 71,1% (2000).
Domicílios 849.378 (2000).
Carência habitacional 139.257 (est. 2000).
Acesso à água 68,8% (2000)
Acesso à rede de esgoto 39% (2000).
IDH (2005) 0,718 - médio
Número de Municípios 223.[5]

Ver artigo principal: Demografia da Paraíba

Segundo dados estatísticos do IBGE, a Paraíba contava em 2009 com uma população é de 3.769.977, correspondente a 1,9% da população nacional, sendo a Paraíba uma das unidades da federação de menor superfície. Um censo de 2000, diz que a população urbana da Paraíba é de 71,1%. A densidade demográfica estadual é de 64,52 hab./km². A população da Paraíba é em sua maioria são Pardos, somando 52,29%, seguido pelos Brancos, com 42,59%; Pelos Negros, com 3,96%; Pelos Amarelos ou Indígenas, com 0,36% e os sem declaração, com 0,79%.
[editar] Etnias

Assim como o povo brasileiro, o paraibano é fruto de uma forte miscigenação entre o branco europeu, os índios locais e os negros africanos. Sendo assim, a população é essencialmente mestiça, e o paraibano médio é predominantemente fruto da forte mistura entre o europeu e o indígena, com alguma influência africana (os caboclos predominam entre os pardos, que representam em torno de 60% de toda população). A menor presença negra na composição étnica do povo deve-se ao fato de a cultura canavieira no estado não ter sido tão marcante como na Bahia, no Maranhão ou em Pernambuco, o que ocasionou a vinda de pouca mão-de-obra africana.
Cor/Raça Porcentagem[6]
Brancos 36,5%
Pardos 57,5%
Negros 5,8%
Amarelos ou Indígenas 0,1%

Apesar da forte mestiçagem do povo, há, contudo, ainda hoje, bolsões étnicos em várias microrregiões: como povos indígenas na Baía da Traição (em torno de 12 mil índios potiguaras), mais de uma dúzia de comunidades quilombolas florescendo em vários municípios do Litoral ao Sertão, e a parcela da população (em torno de um terço do total) de comprovável ascendência europeia, que vive principalmente nos grandes centros urbanos e nas cidades ao longo do Brejo e do Alto Sertão.

Entre os mestiços, os mulatos predominam no litoral centro-sul paraibano e no agreste, os caboclos em todo o interior e no litoral norte. Já os cafuzos são raros e dispersos. O Dia do Mestiço é data oficial no estado.[7]
[editar] Religião

Segundo censo do IBGE em 2000, dos 3.443 825 pesquisados no Estado da Paraíba, declararam-se segundo o credo:[8][9]
Convento de São Francisco, em João Pessoa, Paraíba.
Religião Praticantes
Católicos 2.897.900 pessoas
Protestantes 322.843 pessoas
Espíritas 12.804 pessoas
Religiões Afro-brasileiras 1.408 pessoas
Religiões Orientais 357 pessoas
Outras religiões 20.970 pessoas
Sem religião 180.671 pessoas
Não determinado 2.510 pessoas
[editar] Municípios mais populosos

Ver página anexa: Lista de municípios da Paraíba por população

A população paraibana concentra-se principalmente mais cidades de João Pessoa e Campina Grande, sendo que estas duas cidades juntas perfazem 40% da população do estado. Os municípios mais populosos são: João Pessoa, com 723.514 habitantes; Campina Grande, com 385.276 habitantes; Santa Rita, com 120.333 habitantes; Patos, com 100.695 habitantes; Bayeux, com 99.758 habitantes; Sousa com 65.807 habitantes; Cajazeiras, com 58.437 habitantes e Guarabira, com 55.340 habitantes.
Cidades mais populosas da Paraíba
(estimativa de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[2]
Posição Cidade Pop. Posição Cidade Pop.
ver • editar

Av RuiCarneiro ManaíraGeo000 4175-2.jpg
João Pessoa
Campina Acude Velho.jpg
Campina Grande
1 João Pessoa 702 235 11 Mamanguape 41 677
2 Campina Grande 383 764 12 Queimadas 40 323
3 Santa Rita 126 775 13 Pombal 32 443
4 Patos 100 732 14 Monteiro 31 100
5 Bayeux 96 198 15 Esperança 30 855
6 Sousa 65 930 16 São Bento 30 473
7 Cajazeiras 57 875 17 Catolé do Rocha 28 468
8 Guarabira 56 136 18 Alagoa Grande 28 126
9 Cabedelo 51 865 19 Solânea 27 951
10 Sapé 47 682 20 Pedras de Fogo 27 116
[editar] Política
[editar] Símbolos oficiais
[editar] Bandeira
Bandeira da Paraíba.

Ver artigo principal: Bandeira da Paraíba

A bandeira da Paraíba foi adotada pela Aliança Liberal em 25 de setembro de 1930, por meio da Lei nº 704, no lugar de uma antiga bandeira do estado, que vigorou durante quinze anos (de 1907 a 1922). Ela foi idealizada nas cores vermelha e preta, sendo que o vermelho representa a cor da Aliança Liberal e o preto, o luto que se apossou da Paraíba com a morte de João Pessoa, presidente do estado em 1929 e candidato a vice-presidente do Brasil em 1930, ao lado de Getúlio Vargas como candidato à Presidência. Para muitos, o vermelho significa sangue derivado da violência da morte de João Pessoa e o preto o luto por isso.

A palavra "NEGO" que figura na bandeira é a conjugação do verbo "negar" no presente do indicativo da primeira pessoa do singular (era ainda utilizado com acento agudo na letra "e", isto quando foi adotada a bandeira em 1930), remetendo à não-aceitação, por parte de João Pessoa, do sucessor indicado pelo então presidente do Brasil, Washington Luís. Posteriormente, em 26 de julho de 1965, a bandeira rubro-negra foi oficializada pelo governador do estado, Pedro Moreno Gondim, através do Decreto nº 3.919, como "Bandeira do Négo" (ainda com acento agudo na letra "e"), em vigor até os dias atuais. A palavra Nego constitui um verbo negativo por natureza.

O preto ocupa um terço da bandeira; o vermelho, dois terços. A palavra Nego está posta sobre a cor vermelha.
[editar] Brasão de Armas
Brasão da Paraíba.

Ver artigo principal: Brasão da Paraíba

O Brasão da Paraíba foi oficializado pelo Presidente da Província da Paraíba, Castro Pinto (1912-1915). Ele é usado como timbre nos papéis oficiais. Observando-se seu desenho, vê-se que é formado por três ângulos na parte superior e um na parte inferior. Contém estrelas, que respeitam a divisão administrativa do Estado. No alto, uma estrela maior, com cinco pontas e um círculo central, onde se vê um barrete frígio significando liberdade.

No interior do escudo, há duas paisagens: um homem guiando o rebanho (sertão) e o sol nascente (litoral). Circundando-o, encontra-se uma ramagem de cana-de-açúcar à esquerda, e à direita, uma de algodão(agreste). As duas ramagens são presas por um laço, em cujas faixas está inscrita a data de fundação da Paraíba: 5 de agosto de 1585.
[editar] Hino

Ver artigo principal: Hino da Paraíba

[editar] Subdivisões
Parte do bairro do Altiplano e a esquerda alguns bairros da zona leste de João Pessoa.
Parte do bairro do Altiplano e a esquerda alguns bairros da zona leste de João Pessoa.

Ver páginas anexas: Mesorregiões e Microrregiões e Municípios da Paraíba.

O estado da Paraíba é dividido em quatro (4) mesorregiões, vinte e três (23) microrregiões e duzentos e vinte e três (223) municípios, segundo o IBGE.
[editar] Economia

Ver artigo principal: Economia da Paraíba

Agricultura: Milho, fator econômico.

A economia se baseia na agricultura (principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, fumo, graviola, juta, umbu, caju, manga, acerola, mangaba, tamarindo, mandioca, milho, sorgo, urucum, pimenta-do-reino, castanha de caju, arroz, café e feijão); na indústria (alimentícia, têxtil, couro, calçados, metalúrgica, sucroalcooleira), na pecuária (de modo mais relevante, caprinos, na região do Cariri) e no turismo. O PIB do estado em 2007 foi de R$ 22.202.000.000,00.

O transporte marítimo é fundamental à economia paraibana. As exportações e importações são operadas principalmente através do Porto de Cabedelo.

As dez maiores economias da Paraíba - PIB dos principais municípios (Dados 2006 - fonte IBGE) (valores em R$ 1.000,00), são João Pessoa com 5.966.595, Campina Grande com 2.718.189, Cabedelo com 1.524.654, Santa Rita com 739.280, Bayeux com 444.259, Patos com 413.028, Sousa com 309.528, Caaporã com 299.857, Cajazeiras com 285.326 e Conde com 210.440
[editar] Cultura
[editar] Teatros
[editar] Theatro Santa Roza

Ver artigo principal: Teatro Santa Rosa

O mais importante teatro da Paraíba se concentra em João Pessoa, é o Theatro Santa Roza, inaugurado em 3 de novembro de 1889, quando Francisco da Gama Rosa, um catarinense, era governador da Paraíba. O governante teve a sorte de inaugurar o teatro as vésperas de perder o mandato, já que doze dias depois seria proclamada a República.

Após a Proclamação da República, o primeiro governante republicano, Venâncio Neiva, chegou a mudar o nome do teatro para "Teatro do Estado". Este ato foi revogado. Outro ato governamental, foi que João Pessoa, candidato a vice-presidência na época, queria mudar a localização do teatro, pois considerava ali ser uma área já marginalizada. Ele foi assassinado antes de por em prática esse seu plano. Foi neste teatro, em uma assembleia, que formularam a bandeira da Paraíba, com suas cores preto e vermelho e o nome "nego" no centro. Foi também lá que em uma tumultuada sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba, que mudaram o nome da capital Paraíba, para João Pessoa, em homenagem ao então falecido presidente.

Em mais de 116 anos, o teatro já teve várias reformas, mas nenhuma mudou o seu estilo arquitetônico, que é o greco-romano, com revestimento interno de madeira, tipo Pinho de Riga.
[editar] Teatro Municipal Severino Cabral

Ver artigo principal: Teatro Municipal Severino Cabral

Vista frontal do Teatro Municipal Severino Cabral.

Em Campina Grande o mais importante da cidade é o Teatro Municipal Severino Cabral, inaugurado no dia 30 de novembro de 1963, às 10 horas da manhã. Foi construído por Severino Bezerra Cabral, prefeito de Campina que lhe deu nome. Às 21 h do mesmo dia, apresentou-se o ator e humorista José Vasconcelos, bastante conhecido no rádio e da TV brasileira. Com a inauguração do Teatro Municipal, a região ganhou uma importante casa de espetáculos.

Durante suas quatro décadas, o teatro serviu a produções artísticas tanto da Paraíba, quanto da própria Campina Grande. O teatro se encontra no centro da cidade, na Avenida Floriano Peixoto, a principal avenida do Centro. Sua arquitetura moderna tem inegável importância história, artística e patrimonial, tendo sido palco de eventos nacionais e regionais. O prédio já passou por duas reformas, a primeira delas foi em 1975, durante a administração do prefeito Evaldo Cavalcanti Cruz. A segunda durou em 24 de setembro de 1986 a 20 de abril de 1988, na gestão de Ronaldo Cunha Lima.

O prédio já passou por duas reformas. A primeira foi em 1975, durante a administração do prefeito Evaldo Cavalcanti Cruz. A segunda durou em 24 de setembro de 1986 a 20 de abril de 1988, na gestão de Ronaldo Cunha Lima.
[editar] Outros Teatros

* Teatro Ednaldo Egypto
* Teatro Lima Penante
* Teatro Paulo Pontes
* Teatro Ariano Suassuna
* Teatro de Arena
* Teatro Cilaio Ribeiro
* Teatro Rosil Cavalcante
* Teatro Municipal Geraldo Alverga
* Teatro Santa Catarina
* Cine Teatro Gadelha
* Teatro Santa Inês
* Teatro Minerva
* Teatro Íracles Pires
* Teatro Elba Ramalho
* Teatro Raul Prhyston

[editar] Museus
[editar] Museu de Artes Assis Chateaubriand

Ver artigo principal: Museu de Artes Assis Chateaubriand

Um dos museus da Paraíba é o Museu de Artes Assis Chateaubriand, em Campina Grande, foi inaugurado em 20 de outubro de 1967 e funcionava inicialmente no prédio da reitoria da Fundação Universidade Regional do Nordeste - FURNe, atual Universidade Estadual da Paraíba. Em 1973 o museu foi transferido para o prédio da antiga cadeia, na Avenida Floriano Peixoto, atual Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande. Somente no ano de 1976 foi que passou a ocupar seu espaço atual, dentro da área do Parque Evaldo Cruz (Açude Novo).

O edifício da reitoria da UEPB, onde funcionou o museu até 1973, foi restaurado em 1997, onde criou-se a Galeria de Arte com o objetivo de expor ao público as obras da fase de instalação do museu, restauradas. Mais de 90 quadros foram trazidos pelo jornalista Assis Chateaubriand para a cidade, de diversos artistas, dentre os quais: Pedro Américo, Cândido Portinari, Anita Malfatti, Ismael Nery e Antônio Dias.
Parte do Açude Velho em Campina Grande.
Parte do Açude Velho em Campina Grande.
[editar] Ver também
Portal A Wikipédia possui o
Portal da Paraíba

* Hino da Paraíba
* Lista das organizações não-governamentais da Paraíba
* Lista de governadores da Paraíba
* Lista de ilhas da Paraíba
* Lista de municípios do estado da Paraíba por população
* Lista de municípios do estado da Paraíba
* Lista de naufrágios na Paraíba
* Lista de rios da Paraíba
* Lista do patrimônio histórico na Paraíba
* Rodovias da Paraíba
* Paraibanos ilustres

Referências

1. ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 22 de julho 2010.
2. ↑ a b Estimativas do IBGE para 1º de julho de 2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009).
3. ↑ Síntese dos Inidicadores Sociais 2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Página visitada em 22 de outubro de 2009.
4. ↑ Ranking do IDH dos estados do Brasil em 2005. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (15 de setembro de 2008). Página visitada em 17 de setembro de 2008.
5. ↑ Mini Enciclopédia Mundo Físico (em português).
6. ↑ Síntese dos Inidicadores Sociais 2008 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Tabela 8.1 - População total e respectiva distribuição percentual, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2007. Página visitada em 1º de outubro de 2008.
7. ↑ " Paraíba vence o racismo e reconhece identidade mestiça. Nação Mestiça (03/12/2008).
8. ↑ Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000
9. ↑ http://www.cacp.org.br/censo%20religioso.htm

[editar] Bibliografia

* BURITI, Iranilson; OLIVEIRA, Catarina. História da Paraíba. Curitiba: Base, 2009.
* LIRA, Leandro de Lima, JÁCOME, Aluízio, OLIVEIRA, Andréia Benari, AZEVÊDO, Camila, SAMARA, Érica; História da Paraíba. Monografia de Ensino médio, Campina Grande, 1997.
* MIRANDA FREIRE, Carmem Coelho de; História da Paraíba: Período colonial e reino; Ed. Gráfica Universal; João Pessoa; 1974.
* PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE; Memorial urbano de Campina Grande; Ed. A União; Campina Grande; 1996.
* RODRIGUES, Janete Lins; Cartilha paraibana: Aspectos Geo-históricos e folclóricos; Ed. Gafset; João Pessoa; 1993.
* NASCIMENTO FILHO, Carmelo Ribeiro do; Fronteira Móvel: os homens livres pobres e a produção do espaço da Mata Sul da Paraíba (1799-1881). Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 2006.
* PONZI, Alfio; A Presença Italiana na Paraíba, Rio de Janeiro, Achaimé Ltda., 1989, pp. 210 (José Octavio de Mello, 4).
* HOUAISS, Antonio;Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa – versão 1.0. Editora Objetiva Ltda. Dezembro de 2001.


[editar] Ligações externas
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