Rondônia
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Coordenadas: 24º00'00" Sul - 51º00'00" Oeste
Estado de Rondônia
Bandeira de Rondônia
Brasão de Rondônia
(Bandeira) (Brasão)
Hino: Hino de Rondônia
Gentílico: rondoniense ou rondoniano(a)
Localização de Rondônia no Brasil
Localização
- Região Norte
- Estados limítrofes Bolívia (S e O), Amazonas (N), Mato Grosso (L) e Acre (O).
- Mesorregiões 2
- Microrregiões 8
- Municípios 52
Capital Porto Velho
Governo 2007 a 2010
- Governador(a) João Cahulla (PPS)
- Deputados federais 8
- Deputados estaduais 24
- Senadores Acir Gurgacz (PDT)
Fátima Cleide (PT)
Valdir Raupp (PMDB)
Área
- Total 237 576,167 km² (13º) [1]
População 2010
- Estimativa 1 560 501 hab. (23º)
- Densidade 6,57 hab./km² (20º)
Economia 2008[2]
- PIB R$17,888 bilhões (22º)
- PIB per capita R$11.977,00 (13º)
Indicadores 2008[3]
- Esper. de vida 71,5 anos (17º)
- Mort. infantil 23,0‰ nasc. (13º)
- Analfabetismo 9,2% (12º)
- IDH (2005) 0,776 (14º) – médio[4]
Fuso horário UTC-4
Clima Equatorial úmido Am
Cód. ISO 3166-2 BR-RO
Site governamental www.rondonia.ro.gov.br
Mapa de Rondônia
Rondônia é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Norte e tem como limites os estados do Mato Grosso (a leste), Amazonas (ao norte), Acre (a oeste) e a República da Bolívia (a oeste e sul). O estado possuí 52 municípios e ocupa uma área de 237.576,167 quilômetros quadrados, praticamente igual à da Romênia. Sua capital é a cidade de Porto Velho.
Com 1.560.501 habitantes (IBGE/2010), Rondônia é o 3º estado mais populoso e o mais denso da região Norte, sendo o 23º mais populoso do Brasil. Sua capital é Porto Velho. Outras cidades importantes são: Ariquemes, Cacoal, Espigão do Oeste, Jaru, Ji-Paraná, Rolim de Moura e Vilhena.
A população rondoniense é uma das mais diversificadas do Brasil, composta principalmente de imigrantes oriundos de todas as regiões do país, dentre os quais destacam-se os paranaenses, paulistas, mineiros, gaúchos, capixabas, baianos e matogrossenses (cuja presença é marcante nas cidades do interior do estado), além de cearenses, maranhenses, amazonenses e acreanos, que fixaram-se na capital, preservando-se ainda os fortes traços amazônicos da população nativa nas cidades banhadas por grandes rios, sobretudo em Porto Velho e Guajará-Mirim, as duas cidades mais antigas do estado.
O relevo é suavemente ondulado; 94% do território encontra-se entre as altitudes de 100 e 600 metros. Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré são os rios principais. O clima é equatorial e a economia se baseia na pecuária e na agricultura (café, cacau, arroz, mandioca, milho) e no extrativismo da madeira, de minérios e da borracha.
Rondônia é também o 3º estado mais rico da região Norte, responsável por 11,6% do PIB da região. Apesar de ser um estado jovem (criado em 1982), possui o 3º maior Índice de Desenvolvimento Humano, o 2º maior PIB per capita, a 2ª menor taxa de mortalidade infantil e a 3ª menor taxa de analfabetismo entre todos os estados das regiões Norte e Nordeste do país.
Índice
[esconder]
* 1 História
* 2 Geografia
o 2.1 Clima
o 2.2 Relevo
o 2.3 Hidrografia
o 2.4 Subdivisões
* 3 Demografia
o 3.1 Principais cidades
o 3.2 Pólos regionais
o 3.3 Religião
o 3.4 Etnias
o 3.5 Perfil dos domicílios de Rondônia
* 4 Economia
o 4.1 Maiores PIBs de Rondônia, por município.
o 4.2 Agricultura
o 4.3 Pecuária
o 4.4 Energia
* 5 Transportes
o 5.1 Rodovias
o 5.2 Aeroportos
o 5.3 Ferrovia
o 5.4 Hidrovias
o 5.5 Portos
* 6 Educação
* 7 Cultura
* 8 Ver também
* 9 Referências
* 10 Ligações externas
[editar] História
O primeiro explorador europeu que teria alcançado o vale do rio Guaporé foi o espanhol Ñuflo de Chávez, de passagem entre 1541 e 1542. Mais tarde, no século XVII, a região foi percorrida pela épica bandeira de Antônio Raposo Tavares, que, entre 1648 e 1651, partindo de São Paulo, desceu o curso do rio Paraná, subiu o rio Paraguai, alcançou o vale do rio Guaporé, atravessou o rio Mamoré, seguiu pelo rio Madeira alcançando o rio Amazonas, cujo curso finalmente desceu até alcançar Belém do Pará. Tendo ainda alguns missionários se aventurado isoladamente pela região, no século seguinte, a partir da descoberta de ouro no vale do rio Cuiabá, os bandeirantes começaram a explorar o vale do Guaporé. Por esse motivo, em 1748, as instruções da Coroa portuguesa para o primeiro Governador e Capitão General da Capitania do Mato Grosso, Antônio Rolim de Moura Tavares (1751-1764), foram as de que mantivesse - a qualquer custo - a ocupação da margem direita do rio Guaporé, ameaçada por incursões espanholas e indígenas, oriundas dos povoados instalados à margem esquerda desse curso fluvial desde 1743 (a saber: Sant'Ana, na foz do ribeirão deste nome; São Miguel, na foz do rio deste nome; e Santa Rosa, nos campos deste nome, depois transferida para o local onde foi conquistada por tropas portuguesas, na margem direita do rio Guaporé).
Rolim de Moura instalou a sua capital em Vila Bela da Santíssima Trindade (19 de março de 1752), tomando as primeiras providências para a defesa da Capitania que lhe fora confiada. Assim que atendeu as necessidades das demarcações requeridas pelo Tratado de Madrid (1750), em 1753 incursionou sobre a povoação espanhola de Santa Rosa Velha, na margem direita do Guaporé, e ali fez instalar um pequeno posto de vigilância (uma "guarda"), sem modificar o nome do local para evitar protestos dos vizinhos espanhóis. Mais tarde, diante da solicitação do governador de Santa Cruz de la Sierra para a imediata evacuação do posto, Rolim de Moura transformou a antiga Guarda em um forte, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição (Presídio de Nossa Senhora da Conceição) (1759). Frente às renovadas incursões espanholas e aos rigores climáticos, em poucos anos este Presídio se encontrava em ruínas. Por estas razões foi reconstruído e posteriormente rebatizado pelo Governador Luís Pinto de Sousa Coutinho (1769-1772), com o nome de Forte de Bragança (1769), que, por sua vez em ruínas, foi substituído em definitivo pelo Real Forte Príncipe da Beira (1776). Nesse período, em 1772, Francisco de Melo Palheta, partindo de Belém do Pará, atingiu sucessivamente o rio Madeira, o rio Mamoré e o rio Guaporé, alcançando Santa Cruz de la Sierra. Com o declínio da mineração, e a Independência do Brasil, a região perdeu importância econômica até que, ao final do século XIX, com o auge da exploração da borracha, passou a receber imigrantes nordestinos para o trabalho nos seringais amazônicos.
Em abril de 1878, em função do Tratado de Ayacucho, foram enviadas para Corumbá-MT as "Plantas Geográficas dos Rios Guaporé e Mamoré", sendo que a cartografia para delimitar os limites fronteiriços dos rios Guaporé e Mamoré foi levantada e apresentada pela 2ª Seção brasileira, sediada na mesma cidade, tendo sido todas chanceladas pelos Delegados brasileiros e bolivianos. Continuando a descrição diz Destas cabeceiras continuam os limites pelo leito do mesmo rio até sua confluência com o Guaporé, e depois pelo leito deste e do Mamoré até sua confluência com o Beni, onde principia o Rio Madeira. Em 1878 e 1879, houve troca de Notas da Chancelaria boliviana com a Embaixada do Brasil em La Paz, acusando o recebimento e aprovando a "Carta Geral", conforme ajustado na 7ª Conferência da Comissão Mista.
Locomotiva da lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
O início da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em virtude da assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), constituiu outro poderoso impulso para o povoamento. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Decreto-lei nº 5.812 (13 de setembro de 1943) criou o Território Federal do Guaporé, com partes desmembradas dos estados do Amazonas e do Mato Grosso. Com uma economia baseada na exploração de borracha e de castanha-do-pará, pela Lei de 17 de fevereiro de 1956 passou a se denominar Território Federal de Rondônia, em justa homenagem ao sertanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958). A descoberta de jazidas de cassiterita e a abertura de rodovias estimularam a sua economia e o seu povoamento, passando este Território à condição de Estado a partir de 1982. Já naquela época, milhares de famílias que viviam na região aguardavam a distribuição de terras pelo Incra, situação que ainda não encontrou uma solução definitiva.
[editar] Geografia
O Rio Madeira em Porto Velho.
[editar] Clima
Ver artigo principal: Clima de Rondônia
[editar] Relevo
O relevo do estado é pouco acidentado, não apresentando grandes elevações ou depressões, com variações de altitudes que vão de 70 metros a pouco mais de 500 metros. A região norte e noroeste, pertencente à Planície Amazônica, situa-se no vale do rio Madeira e apresenta área de terras baixas e sedimentares. As áreas mais acidentadas encontram-se localizadas na região sul, onde ocorrem elevações e depressões, com altitudes que chegam a alcançar 800 metros na Serra dos Pacaás Novos, que se dirige de noroeste para sudeste e é o divisor entre a bacia do rio Guaporé e as bacias dos afluentes do rio Madeira (Jaci-Paraná, Candeias e Jamari).
[editar] Hidrografia
A hidrografia do estado de Rondônia é formada por uma bacia principal, a do rio Madeira, que é composta por seis principais bacias tributárias: Guaporé, Mamoré, Abunã, Jamari/Machado/Jiparaná e pela bacia do rio Roosevelt.
Os rios que nascem em território rondoniense são afluentes ou subafluentes do rio Madeira e a maioria têm a foz dentro dos limites do Estado, com exceção dos afluentes do rio Roosevelt.
A hidrografia de Rondônia é parte da bacia Amazônica, maior bacia hidrográfica do planeta.
[editar] Subdivisões
Ver páginas anexas: Lista de municípios de Rondônia por população, Lista de municípios de Rondônia por IDH e Lista de municípios de Rondônia por PIB
Municípios
* Alta Floresta d'Oeste
* Alto Alegre dos Parecis
* Alto Paraíso
* Alvorada d'Oeste
* Ariquemes
* Buritis
* Cabixi
* Cacaulândia
* Cacoal
* Campo Novo de Rondônia
* Candeias do Jamari
* Castanheiras
* Cerejeiras
* Chupinguaia
* Colorado do Oeste
* Corumbiara
* Costa Marques
* Cujubim
* Espigão d'Oeste
* Extrema
* Governador Jorge Teixeira
* Guajará-Mirim
* Itapuã do Oeste
* Jaru
* Ji-Paraná
* Machadinho d'Oeste
* Ministro Andreazza
* Mirante da Serra
* Monte Negro
* Nova Brasilândia d'Oeste
* Nova Mamoré
* Nova União
* Novo Horizonte do Oeste
* Ouro Preto do Oeste
* Parecis
* Pimenta Bueno
* Pimenteiras do Oeste
* Porto Velho
* Presidente Médici
* Primavera de Rondônia
* Rio Crespo
* Rolim de Moura
* Santa Luzia d'Oeste
* São Felipe d'Oeste
* São Francisco do Guaporé
* São Miguel do Guaporé
* Seringueiras
* Teixeirópolis
* Theobroma
* Urupá
* Vale do Anari
* Vale do Paraíso
* Vilhena
[editar] Demografia
[editar] Principais cidades
Cidades mais populosas de Rondônia
(Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[5]
Posição Cidade Pop. Posição Cidade Pop.
ver • editar
Skyline Olaria - Porto Velho - 2008.jpg
Porto Velho
Ji-Parana 008.jpg
Ji-Paraná
1 Porto Velho 426 558 11 Buritis 32 385
2 Ji-Paraná 116 587 12 Machadinho D'Oeste 31 107
3 Ariquemes 90 354 13 Espigão D'Oeste 28 741
4 Cacoal 78 601 14 Alta Floresta D'Oeste 24 422
5 Vilhena 76 187 15 Nova Mamoré 22 552
6 Jaru 52 043 16 Presidente Médici 22 319
7 Rolim de Moura 50 672 17 São Miguel do Guaporé 21 824
8 Guajará-Mirim 41 646 18 Nova Brasilândia D'Oeste 19 845
9 Ouro Preto do Oeste 37 941 19 Candeias do Jamari 19 782
10 Pimenta Bueno 33 754 20 Colorado do Oeste 18 602
[editar] Pólos regionais
* Porto Velho: com uma população de 426.558 habitantes (IBGE/2010), é a maior cidade do estado, 3ª maior capital e quarta maior cidade da região Norte do Brasil. É também a 46ª maior cidade e 21ª maior capital do país. Desde outubro de 2008, a cidade conta com o maior shopping center do estado e o 5º maior da região Norte do Brasil, com 29.962 m².
* Ji-Paraná: com 116.587 habitantes (IBGE/2010), é a segunda cidade mais populosa de Rondônia, 16ª maior da região Norte do Brasil, e 226ª maior do Brasil. Detém o segundo maior PIB do estado.
* Ariquemes: possui 90.354 habitantes (IBGE/2010) e o quarto maior PIB do estado. Conta com a quarta maior arena de rodeio em formato de ferradura do país, e está construindo o segundo maior teatro da região Norte do Brasil.
* Cacoal: com 78.601 habitantes (IBGE/2010), é a quarta maior cidade do estado e possui o quinto maior PIB entre os municípios rondonienses. É a cidade com o melhor índice de saneamento básico do estado de Rondônia.
* Vilhena: possui uma população de 76.187 habitantes (IBGE/2010), a quinta maior do estado. Contudo, é a terceira área urbana mais populosa do estado e detém o terceiro maior PIB entre os municípios de Rondônia. Conhecida por seu clima relativamente agradável e pouco comum na região amazônica, a cidade ostentava em 2000 o melhor IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do estado de Rondônia, sendo a única cidade interiorana da região Norte do Brasil a liderar esse índice em seu estado.
[editar] Religião
Ver página anexa: Anexo:Lista das cidades de Rondônia por religião
Segundo os dados do CENSO 2000, a religião está dividida da seguinte maneira:
* Católicos: 61,55%;
* Evangélicos: 29,77%;
* Outras religiões: 1,09% e
* Sem religião: 7,46%
O Estado é o que possui a maior taxa de evangélicos do Brasil.
[editar] Etnias
Cor/Raça (IBGE 2006)[6] Porcentagem
Pardos 53,8%
Brancos 36,8%
Negros 7,3%
Amarelos ou indígenas 2,2%
Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração).
[editar] Perfil dos domicílios de Rondônia
Rondônia 2007 2008 2009
Freezer 23,8% 20,6% 24,3%
Máquina de lavar roupa 24,2% 26,6% 22,6%
Rádio 75,9% 77,9% 77,45%
Rede de água 39,7% 42,3% 44,15%
Rede de esgoto 28,1% 2,8% 4,5%
Rede elétrica 96,1% 95,9% 96,7%
Fogão 98% 98,5% 98,6%
Geladeira 89,8% 90,4% 91,9%
Computador 16,6% 20,3% 27,2%
Televisão 89,3% 89,9% 90,7%
Filtro de água 45,5% 40,6% 38%
Telefone 62,5% 73,3% 79,1%
Coleta de lixo 70,5% 72,9% 75,3%
Fonte: Pnad 2007, 2008 e 2009
[editar] Economia
A economia do estado de Rondônia tem como principais atividades a agricultura, a pecuária, a indústria alimentícia e o extrativismo vegetal e mineral. Em 2007, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado era de aproximadamente R$ 15 bilhões, representando 11,2% do PIB da região Norte e 0,56% do PIB nacional.
[editar] Maiores PIBs de Rondônia, por município.
Maiores PIBs de Rondônia, por município
Posição Cidade PIB (R$ 1.000) Posição Cidade PIB (R$ 1.000)
ver • editar
Porto Velho
Porto Velho
Ji-Paraná
Ji-Paraná
Vilhena
Vilhena
1 Porto Velho 4 319 683 11 Buritis 264 449
2 Ji-Paraná 1 121 152 12 Espigão D'Oeste 253 705
3 Vilhena 919 633 13 Alta Floresta D'Oeste 229 570
4 Ariquemes 867 476 14 Machadinho D'Oeste 223 493
5 Cacoal 818 448 15 São Miguel do Guaporé 192 951
6 Jaru 584 471 16 Presidente Médici 183 337
7 Rolim de Moura 506 270 17 Candeias do Jamari 174 344
8 Guajará-Mirim 397 378 18 Nova Mamoré 164 574
9 Ouro Preto do Oeste 334 192 19 Colorado do Oeste 159 176
10 Pimenta Bueno 332 446 20 Cerejeiras 157 307
Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dos Municipios 2003-2007[7]
[editar] Agricultura
As plantações de soja invadiram o cerrado rondoniense.
A partir da década de 1970, o estado atraiu agricultores do centro-sul do país, estimulados pelos projetos de colonização e reforma agrária do governo federal e da disponibilidade de terras férteis e baratas. O desenvolvimento das atividades agrícolas trouxe uma série de problemas ambientais e conflitos fundiários. Por outro lado, transformou a área em uma das principais fronteiras agrícolas do país e uma das regiões mais prósperas e produtivas do Norte brasileiro. Atualmente o estado destaca-se na produção de café (maior produtor da região Norte e 5º maior do Brasil), cacau (2º maior produtor da região Norte e 3º maior do Brasil), feijão (2º maior produtor da região Norte), milho (2º maior produtor da região Norte), soja (2º maior produtor da região Norte), arroz (3º maior produtor da região Norte) e mandioca (4º maior produtor da região Norte). Até mesmo a uva, fruta pouco comum em regiões com temperaturas elevadas, é produzida em Rondônia, mais precisamente no sul do estado (produção de 224 toneladas em 2007). Apesar do grande volume de produção e do território pequeno para os padrões da região (7 vezes menor que o Amazonas e 6 vezes menor que o Pará), Rondônia ainda possui mais de 60% de seu território totalmente preservado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, tendo alcançado uma redução de 72% nos índices de desmatamento entre 2004 e 2008.
[editar] Pecuária
Pastagens nos arredores da cidade de Ji-Paraná.
Atualmente, o estado possui um rebanho bovino de aproximadamente 11 milhões de cabeças de gado, sendo o 8º maior do país. Em 2008, Rondônia foi o 5º maior exportador de carne bovina do país, de acordo com dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), superando estados tradicionais, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Além da pecuária de corte, a pecuária leiteira também se destaca no estado, com uma produção total em 2007 de cerca de 708 milhões de litros de leite, sendo o maior produtor da região Norte e 7º maior produtor nacional.
[editar] Energia
Obras da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho.
Além de contar com a Usina Hidrelétrica de Samuel, localizada no município de Candeias do Jamari, construída nos anos 80 para atender à demanda energética dos estados de Rondônia e Acre, bem como diversas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), estão em construção atualmente, no Rio Madeira, as usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, que juntas terão uma capacidade instalada de 6.450 MW, cerca de metade da energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. As usinas são apontadas pelos especialistas da área como uma solução para os problemas de racionamento de energia do país. Apesar da polêmica criada em torno das obras por parte de ambientalistas e organizações não-governamentais, as usinas serão as primeiras da Amazônia a utilizar o sistema de turbinas tipo "bulbo", o que não requer grandes volumes de água, uma vez que as turbinas serão acionadas pela correnteza do rio e não pela queda d'água. Com isso, o coeficiente de eficiência energética das usinas será superior, por exemplo, ao de Itaipu, considerada um modelo para o setor.
[editar] Transportes
[editar] Rodovias
Trecho duplicado da BR-364, próximo a Porto Velho.
O estado de Rondônia possui 24 mil quilômetros de rodovias, dos quais só 7% estão asfaltadas. A BR-364, totalmente pavimentada no trecho rondoniense, corta o estado da divisa com o Mato Grosso até a divisa com o Acre. É a principal via de escoamento da produção de grãos (sobretudo a soja) do sul de Rondônia e oeste do Mato Grosso até a cidade de Porto Velho, onde está instalado o porto graneleiro. A BR-421 foi projetada para ligar as cidades de Ariquemes a Guajará-Mirim, entretanto apenas o trecho de Ariquemes até Campo Novo de Rondônia encontra-se concluído e transitável, todo ele pavimentado. A BR-425, também pavimentada, liga o distrito de Abunã, no município de Porto Velho, a Nova Mamoré e Guajará-Mirim, nas margens dos rios Madeira e Mamoré, respectivamente. A BR-429, parcialmente pavimentada, liga os municípios de Presidente Médici, Alvorada d'Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé a Costa Marques, nas margens do rio Guaporé.
[editar] Aeroportos
Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho.
O Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, é o mais importante do estado e recebe voos diários de Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus e Rio Branco, dos municípios do interior do estado de Rondônia como Ji-Paraná e Vilhena e do interior do Amazonas como Humaitá, Lábrea e Manicoré. Também conta com voos para Porto Alegre, com escalas em Curitiba, Campo Grande e Cuiabá, voos para São Paulo e Rio de Janeiro com escalas em Brasília e Fortaleza, com escala em Manaus e Belém, dentre outros destinos com menor fluxo de passageiros. O aeroporto tem capacidade de receber 920 mil passageiros por ano e opera com as principais companhias aéreas nacionais e regionais, tais como: Tam, Gol, Trip e Avianca. Atualmente, é o aeroporto mais movimentado do estado de Rondônia, o 3º da Região Norte, e um dos 30 mais movimentados do país.
No interior do estado, os dois principais aeroportos são o Aeroporto José Coleto, em Ji-Paraná, que conta com quatro voos diários, sendo dois pela empresa Trip e dois pela empresa Passaredo, e o Aeroporto Brigadeiro Camarão, em Vilhena, que é atendido pela empresa Trip.
[editar] Ferrovia
A única ferrovia do estado, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ligava as cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim. Foi construída em 1907 e concluída em 1912, para transportar a borracha oriunda da Bolívia e outros produtos, nas margens dos rios Madeira e Mamoré, em seu trecho repleto de cachoeiras e corredeiras. Foi desativada totalmente em 1972, com a construção das rodovias BR-364 e BR-425. Em 1981 foi reativado o trecho ligando a cidade de Porto Velho a cachoeira de Santo Antônio para fins turísticos. Em 2001, a ferrovia foi paralisada novamente, devido ao desmoronamento de um trecho.
Atualmente, estão em andamento dois projetos federais que beneficiarão o estado com ligações ferroviárias nacionais: a Ferronorte, com o propósito de ligar Porto Velho a Cuiabá (MT), interligando-se a FEPASA em Santa Fé do Sul (SP) e a partir desta atingindo o porto de Santos, e a FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), ligando Vilhena a Uruaçu (GO).
[editar] Hidrovias
A Hidrovia do Madeira liga a capital Porto Velho até o rio Amazonas, na altura da cidade amazonense de Itacoatiara. Tem aproximadamente 1.450 km de extensão e sua largura varia entre 440 metros a 9.900 metros na foz, com profundidade também variável de acordo com as estações seca e chuvosa, chegando a mais de 13 metros, o que permite, no período de sua enchente, a navegação de navios, inclusive oceânicos, até Porto Velho. É utilizada principalmente para o escoamento da produção de soja do sul de Rondônia e oeste do Mato Grosso. Atualmente, são exportadas através da Hidrovia do Madeira cerca de 2,3 milhões de toneladas de soja por ano.
Além do rio Madeira, os rios Mamoré e Guaporé são os que oferecem melhores condições de navegabilidade.
[editar] Portos
Área portuária de Porto Velho.
O principal porto do estado é o de Porto Velho, que desde 1997 é administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH), por delegação ao estado de Rondônia. Suas operações são realizadas por três terminais. Um para operações RO-RO, contendo duas rampas paralelas que se prolongam até um pátio pavimentado de estacionamento descoberto com 10.000 m2, dispondo, ainda, de outro pátio, também pavimentado, e com mesma metragem. Por esse terminal (RO-RO), que serve para atracação de balsa, são carregadas em média 100 carretas por semana que transportam, na maioria, automóveis, brita e hortifrutigranjeiros para Manaus e várias partes do mundo.
O segundo terminal, chamado de Pátio das Gruas, possui três gruas que são responsáveis pelo carregamento, em média, de cinco balsas por semana. Por essas gruas passam diversos produtos como açúcar, tubulações e telhas que se destinam ao Amazonas e ao Pará. Esse terminal conta ainda com um pátio de 10.000 m2 para movimentação de caminhões e cargas.
O terceiro terminal, dotado de um cais flutuante de 115 metros de comprimento, é ligado à margem por uma ponte metálica de 113,5 metros de vão. O cais possui cinco berços de acostagem, para a atracação de balsas que transportam, em sua maioria, soja, adubo, madeira, e containeres.
Pelo Porto de Porto Velho é embarcada boa parte das riquezas produzidas em Rondônia e nos estados vizinhos, assumindo um papel importante no escoamento da produção regional, tornando-se fundamental no desenvolvimento econômico do estado de Rondônia. Hoje, o porto encontra-se realizando operações de exportação através de sua área plenamente alfandegada. A estrutura conta com um armazém com capacidade de 720 m3 de área útil e pátio asfaltado cercado com alambrado, perfazendo área total de mais de 3.000 m2.
[editar] Educação
Resultados no ENEM Ano↓ Português↓ Redação↓
2006[8]
Média 32,68 (20º)
36,90 49,18 (20º)
52,08
2007[9]
Média 46,22 (17º)
51,52 52,45 (25º)
55,99
2008[10]
Média 37,44 (15º)
41,69 56,47 (24º)
59,35
De acordo com o PISA, a educação pública de Rondônia é a 10ª melhor do país, a frente do estado de São Paulo, mas atrás de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina, por exemplo. O estado está entre Goiás (nona melhor) e Paraíba (11ª melhor) na lista. No ENEM, Rondônia tem a 15ª maior nota na prova objetiva (empatado com a Bahia) e a 19ª maior nota na redação. A cidade que teve a maior média do ENEM em 2007 do Estado foi Vilhena, com nota 54,17. O melhor colégio público foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Tiradentes, localizada em Porto Velho, com nota 56,19. O melhor colégio particular foi o Centro de Educação Integrada Ltda., em Vilhena, com média 70,20.
O nível de alfabetização no estado melhorou muito na última década, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. Em 2001, o estado era o 13º na lista de estados brasileiros pelo índice de pessoas com 15 anos ou mais alfabetizadas, com 13% de sua população analfabeta.[11] Em 2008, o estado permaneceu na mesma posição, mas agora apenas 9,7% dos indivíduos de 15 anos ou mais são analfabetos, o que representa uma queda de 3,3% em menos de oito anos. Entre os analfabetos funcionais, encontra-se 25% da população do estado nessa faixa etária.
[editar] Cultura
Casa da Cultura Ivan Marrocos, em Porto Velho.
O Estado é um mosaico de diversas culturas, sem ter ainda uma cultura própria, devido ao grande número de migrantes, oriundos principalmente de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo, além de outros países, como Bolívia, Líbano, Barbados e Japão. Na culinária, são bastante consumidos os peixes amazônicos, o pão-de-queijo e a farinha mineira, a polenta paranaense, o churrasco gaúcho. Do Rio Grande do Sul também veio o chimarrão.
Quanto ao vocabulário, as influências também são diversas: em algumas cidades é bastante comum o uso do "guri" gaúcho, e em outras o "piá" paranaense. Na zona rural, entre os mais velhos, é bem usado o "tchê" tipicamente gaúcho. Nas cidades, entre os jovens, até poucos anos era usado o "piseiro", gíria local com o sentido de festa, bagunça. Ainda hoje, os jovens usam o termo local "pocar", que na maioria das vezes passou de pai para filho, e que pode ter dois sentidos: sair, ir embora ("amanhã eu vou pocar para o Amazonas") ou, quando dito "pocado", pode significar quebrado ("o carro já está todo pocado"). Esse uso é menos comum, e "pocar" não pode significar quebrar; apenas "pocado" é quebrado.
Outra palavra local é "data", no sentido de terreno. No dicionário, essa palavra tem como um dos seus vário significados "um terreno doado pelo Governo". Em Rondônia, no entanto, "data" se refere a todos os terrenos. Há também o "caçar", que quer dizer procurar ("eu estava caçando você ontem", "ele estava mesmo caçando encrenca").
[editar] Ver também
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* Turismo em Rondônia
* OBMEP - Rondônia
* Lista de aeroportos de Rondônia
* Lista de estádios de futebol de Rondônia
* Lista de governadores de Rondônia
* Lista de mesorregiões de Rondônia
* Lista de microrregiões de Rondônia
* Lista de municípios de Rondônia por população
* Lista de rios de Rondônia
* Universidades de Rondônia
* Assembleia Legislativa de Rondônia
* Anexo:Lista de estados do Brasil por incidência da pobreza
* Anexo:Lista de estados do Brasil por índice de Gini
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