O Norte de Minas terá uma segunda usina de produção de biodiesel, implantada pela iniciativa privada, além da que será construída pela Petrobras. Os empresários envolvidos no projeto já teriam plantado, inclusive, 4 mil hectares de pinhão manso nas áreas irrigadas de Gorutuba e Jaíba, para atender a demanda da unidade. A localização da usina ainda não foi definida, pois depende de estudos técnicos.
A construção da nova usina foi anunciada, na segunda-feira, pelo secretário de Indústria e Comércio de Montes Claros, Adauto Batista Marques, durante debate sobre biodiesel promovido pelo Conselho de Veneráveis do Norte de Minas, no auditório da Escola Técnica. Segundo ele, a unidade será montada pelo Grupo Asamar, que controla a Ale Distribuidora e já produziu álcool combustível na Fazenda Correntes, em Jequitaí, no Norte de Minas. O objetivo é produzir biodiesel também para atender a demanda da própria empresa.
Na época da apresentação do projeto sobre a usina de biodiesel que a Petrobras montará em Montes Claros, com investimentos de R$ 75 milhões, Adauto Marques explicou que foi priorizado o beneficiamento do pinhão manso, por causa de sua alta produtividade, que é de 5.700 a 7 mil quilos por hectare, enquanto a mamona atinge de 1.500 a 1.700 quilos. Ele conta que serão construídas dez unidades esmagadoras em cidades do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, garantindo mais empregos.
Na última segunda-feira, foi encaminhado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente o pedido de licenciamento ambiental da usina da Petrobras, que deverá começar a funcionar em 2007, produzindo 121 toneladas/dia de biodiesel. Ela será construída no Distrito Industrial, em terreno cedido pela Prefeitura de Montes Claros.
Durante a reunião promovida pelo Conselho de Veneráveis, na segunda-feira, o presidente da Fundação de Tecnologia do Norte de MInas (Fundetec), Alexandre Pires Ramos, pediu apoio da maçonaria para garantir a instalação do Parque Tecnológico de Montes Claros, com investimento de R$ 67,2 milhões. Segundo ele, isso fomentará o desenvolvimento da região, que terá condições de receber mais de 220 empresas do setor, gerando cerca de 8 mil empregos.
Uma área de 315 mil metros quadrados no Distrito Industrial está liberada para a implantação do Parque Tecnológico, que contará também com o Centro de Convenções, em investimento de R$ 12 milhões. As obras do centro devem começar em junho.
Marcos Tadeu Cardoso
Professor, escritor e palestrante
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