ENCICLOPÉDIA MINEIRA: Prof. Marcos Tadeu Cardoso

Um projeto do Prof. Marcos Tadeu Cardoso, um livro publicado narrando a história das principais cidades Mineiras.
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Jogos de empresas Competições que simulam a administração de empresas conquistam universitários. De olho na novidade, companhias também utilizam a fer

Decida rápido: sua empresa enfrentou problemas com a qualidade do produto e registrou prejuízo no último trimestre. Agora, sua verba está reduzida, mas você precisa recuperar mercado. O que fazer? Investir em pesquisa para melhorar a qualidade? Ou reduzir estes investimentos e aplicar mais em marketing para recuperar a imagem da companhia? Decisões desse tipo são comuns no dia a dia de uma organização. E mais comuns ainda nos chamados "jogos de empresas", uma onda que vem ganhando espaço e crescendo na estratégia dos gestores de RH.

A intenção destes jogos é justamente reproduzir a administração de uma empresa. Em linhas gerais, os organizadores reúnem diversos grupos de pessoas, cada um deles representando uma companhia de um mesmo setor - ou seja, competindo entre si. No decorrer da competição, eles são obrigados a tomar decisões que envolvem todas as etapas de produção, desde o planejamento até à venda. A cada etapa, os resultados se apresentam como na vida real, com conseqüências realistas, proporcionando experiências intensas aos participantes.

"Na faculdade, o aluno tem contato com diversas ´caixinhas`. Aprende a operar a ´caixa` de finanças, a de marketing, a de produção, de vendas. No jogo de empresas, ele consegue, de maneira mais lúdica e efetiva, juntar essas caixas e ter entendimento do todo", explica o professor de Jogos de Empresas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Fabiano Rodrigues. "Ali os estudantes podem ver como a companhia funciona e como obtém resultados. É uma experiência prática antes da prática."

A grande popularização dos jogos de empresa veio através das chamadas competições abertas, em que a inscrição é livre e universitários de todo o Brasil (em alguns casos, de outros países também) competem entre si para ver quem consegue os melhores resultados em sua gestão. Destes, os mais conhecidos são o Global Management Challenge, o Desafio Sebrae, E-Strat L´Oreal e o Torneio Gerencial. Nestas, além do foco para a experiência prática, há também um forte apelo voltado ao empreendedorismo, ajudando os participantes a estudar oportunidades nesse sentido.

"Nosso objetivo é divulgar o que chamamos de espírito empreendedor e dar aos alunos o conhecimento do que é uma empresa. Queremos ensinar a eles a ter uma atitude empreendedora independente do que eles forem fazer. Futuramente, se estiver empregado em uma pequena empresa, ele pode, inclusive, ajudar na evolução do negócio", explica um dos organizadores do Desafio Sebrae, Marcelo Cunha, da Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Um exemplo real dessa experiência é o próprio Fabiano Rodrigues. Em 1997 e 1998, então um pós-graduando, Rodrigues decidiu participar do Global Management Challenge. A vitória na final nacional foi tão satisfatória que levou-o a investir no novo mercado, criando a SimBiz, especializada no desenvolvimento de jogos de empresas. Para ele, é de fundamental importância que o aluno universitário aproveite estas oportunidades para sair dos limites da sala de aula e ganhar experiência na rotina de uma companhia - independente da graduação em que estão matriculados.

"Recomendo bastante a participação de universitários nestes jogos. Os negócios permeiam a nossa vida profissional e também pessoal. Então, independente da área, sempre há algumas pessoas que desejam trabalhar com negócios. E tudo isso envolve gestão", aconselha Rodrigues. "Pela minha experiência no Global Challenge, tanto como participante como organizador, há um pessoal de engenharia que gosta muito, participa bastante. Mas também é importante para outras áreas, como o Direito, por exemplo, em que os advogados podem obter um desempenho melhor conhecendo o negócio de seus clientes."

Universitários no alvo

Além dos benefícios do aprendizado e da experiência prática, os jogos de empresas têm se tornado, também, um campo vasto para a atuação de head hunters, que procuram universitários com perfil empreendedor para ocupar vagas de emprego. "Atualmente, estamos fazendo uma pesquisa do impacto empreendedor do desafio. Vamos começar a verificar como estão as pessoas que participaram dos primeiros anos do desafio. Já temos alguns casos que verificamos e sabemos que a participação nesses jogos começa a ser um diferencial para eles. Algumas universidades já colocam isso como currículo formal, ou recomendam para os estudantes", diz Cunha.

A opinião também é compartilhada pela organizadora do Global Challenge no Brasil, Márcia Placa. "Temos registrado acontecimentos muito interessantes. Algumas empresas, que são patrocinadoras do evento, têm prestado bastante atenção na competição. Acompanham o desenvolvimento dos participantes e, algumas vezes, pedem os currículos para avaliação. Os resultados têm sido muito bons", comemora. Segundo Marcia, nos últimos dois anos, um dos patrocinadores contratou, como trainees, 21 participantes do GMC. Portanto, olho aberto para as datas de inscrição - essa também pode ser a sua oportunidade.

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