ENCICLOPÉDIA MINEIRA: Prof. Marcos Tadeu Cardoso

Um projeto do Prof. Marcos Tadeu Cardoso, um livro publicado narrando a história das principais cidades Mineiras.
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mogi das Cruzes - SP

Mogi das Cruzes é um município do estado de São Paulo, na região metropolitana da capital do estado. A população em 2010 segundo o Censo demográfico é de 387.241 habitantes,[6]. o que resulta em uma densidade demográfica de 533,90 hab/km².Topônimo

Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa este topônimo deveria ser grafado Moji pois prescreve-se o uso da letra "j" para a grafia de palavras de origem tupi-guarani. O nome vem do tupi M'Boiji (ou M'Boîj), Rio das Cobras (referindo-se ao Tietê, o qual em seu alto curso cruza o município). Ao longo dos anos, a grafia M'Boijy foi alterada para Boigy, depois para Mogy, Mogi e finalmente para Moji.

Na ortografia da língua portuguesa, prescreve-se o uso da letra "j" para palavras de origem tupi-guarani. Assim, tanto o dicionário Houaiss como o IBGE usam a grafia Moji. Historicamente, no entanto, o uso mais comum, apoiado pela administração pública e pela imprensa é Mogi para o nome da cidade. Dois outros municípios que usam o nome de Mogi são Mogi Guaçu e Mogi Mirim.

Entretanto, por se tratar de topônimo com tradição histórica secular e uso consagrado pelos brasileiros, a grafia com "G" é a correta, assim como "Sergipe", de acordo com a norma ortográfica vigente em sua Base XI.

Base XI - Nomes Próprios: regras do Formulário para aportuguesamentos e nomes próprios. Ressalva ao direito de manter a grafia original dos nomes próprios de pessoas e empresas. Exceção feita aos topônimos de tradição histórica, tais como "Bahia".
[editar] História

Ver artigo principal: História de Mogi das Cruzes

Obra de Debret mostrando soldados oriundos da cidade em combate.

Mogi das Cruzes começou como um povoado, por volta de 1560, servindo como um ponto de repouso aos bandeirantes e exploradores indo e vindo de São Paulo, entre eles Brás Cubas. Gaspar Vaz Guedes foi responsável pela abertura da primeira estrada entre à Capital e Mogi, iniciando o povoado, posteriormente elevado à "Vila", com o nome "Vila de Sant'Ana de Mogi Mirim".[7] O fato foi oficializado em 1º de setembro de 1611. Em 13 de março de 1865 foi elevada à cidade, e em 14 de Abril de 1874 à comarca.

Mogi das Cruzes acolhe colônias de todos os cantos do mundo, com destaque especial para a colonização japonesa, com uma grande quantidade de japoneses e seus descendentes (aproximadamente 8% segundo a prefeitura), que já estão em sua terceira geração no município. Além disso, o município possui uma considerável população nordestina, sendo que a maioria veio para Capital e depois mudaram-se para Mogi das Cruzes em busca de qualidade de vida.[8][9]
[editar] Geografia
Divisão Administrativa de Mogi das Cruzes

Mogi das Cruzes situa-se a uma altitude média de 780 metros. Seu ponto mais alto é o pico do Urubu, localizado na serra do Itapety. O município é cortado por duas serras: a serra do Mar e a serra do Itapety e ainda pelo rio Tietê. Em seu território se encontram duas represas que fazem parte do Sistema Produtor do Alto Tietê, os reservatórios de Taiaçupeba e do rio Jundiaí.

O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 20°C, sendo o mês mais frio julho (média de 15°C) e o mais quente fevereiro (média de 23°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1.300 mm.
[editar] Localização

Mogi das Cruzes está situada na região leste da Grande São Paulo, no Alto Tietê. O ponto de referência é o marco zero, um obelisco instalado na Praça Coronel Almeida, em frente à Igreja Matriz Catedral Sant'Ana.

* Latitude: -23º31'23.7" sul.
* Longitude: -46º11'31.2" oeste.
* Altitude: 742 metros acima do nível do mar.

Os limites são Santa Isabel a noroeste e norte, Guararema a nordeste, Biritiba-Mirim a leste, Bertioga e Santos a sul, Santo André a sudoeste, Suzano a sudoeste e oeste, Itaquaquecetuba a oeste e Arujá a noroeste.

Após a capital, Mogi das Cruzes é o maior município em área da Grande São Paulo, com 725 km².
[editar] Demografia

* População total: 387.241[10]
* Densidade demográfica (hab./km²): 533,9
* Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 12,09 (dados de 2005)
* Expectativa de vida (anos): 71,08
* Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,15
* Taxa de alfabetização: 93,50%
* Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,801
o IDH-M Renda: 0,767
o IDH-M Longevidade: 0,725
o IDH-M Educação: 0,910

(Fonte: IPEADATA)

[editar] Etnia
Cor/Raça Percentagem
Branca 52,1%
Preta 4,2%
Parda 28,8%
Amarela 14,8%
Indígena 0,1%

Fonte: IBGE
Vista panorâmica de Mogi das Cruzes a partir da Serra do Itapety.
Vista panorâmica de Mogi das Cruzes a partir da Serra do Itapety.
[editar] Transportes
[editar] Trens
Estação Mogi das Cruzes

O município é servido pelos trens da Linha 11 da CPTM da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e conta com quatro estações ferroviárias:

* Estação Jundiapeba (distrito de Jundiapeba);
* Estação Brás Cubas (distrito de Brás Cubas);
* Estação Mogi das Cruzes (centro);
* Estação Estudantes (acesso às universidades mogicruzenses e ao terminal rodoviário).

[editar] Ônibus

Existem ligações através de ônibus urbanos municipais das empresas CS Brasil e Princesa do Norte, no Sistema Integrado Mogiano, o SIM, que é uma integração tarifária entre as linhas, através de um cartão eletrônico e dois terminais urbanos, o Terminal Central que funciona desde Maio de 2010 e o Terminal Estudantes que entrará em funcionamento até o final de 2010, que interligará a Estação Estudantes da CPTM.

Também faz parte da Area 4 da EMTU, com o Consórcio Unileste, com linhas intermunicipais, que liga a cidade com as demais cidades da região do Alto Tietê e com a capital.

Há ainda os ônibus rodoviários que partem do Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, para a capital e litoral, além de outros estados.
[editar] Rodovias

O município é cortado e servido pelas seguintes rodovias estaduais:

* SP-39 Estrada das Varinhas (Rodovia Engenheiro Cândido do Chaves);
* SP-43 Estrada da Quinta Divisão;
* SP-66 Estrada Velha São Paulo-Rio e Mogi-Guararema (Rodovia Henrique Eroles);
* SP-70 Rodovia Ayrton Senna;
* SP-88 Mogi-Dutra (Rodovia Pedro Eroles) e Mogi-Salesópolis (Rodovia Prof. Alfredo Rolim de Moura);
* SP-98 Mogi-Bertioga (Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro);
* SP-102 Rodovia Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira.

[editar] Principais Vias

* Avenida Francisco Ferreira Lopes
* Avenida Francisco Rodrigues Filho
* Avenida Henrique Eroles
* Avenida Henrique Peres
* Avenida Japão
* Avenida João XXIII
* Avenida Narciso Yague Guimarães
* Avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco
* Avenida Yoshitero Onishi
* Rua Coronel Cardoso de Siqueira
* Rua Doutor Deodato Wertheimer
* Rua Ipiranga
* Rua Coronel Souza Franco
* Rua Ricardo Vilela

[editar] Educação

Mogi das Cruzes conta com duas universidades de grande porte, a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e a Universidade Brás Cubas (UBC), duas faculdades (Clube Náutico Mogiano e Instituto de Filosofia e Teologia Paulo VI), uma unidade de educação a distância da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, e um campus da FATEC.[11]

Em relação ao ensino técnico, a cidade abriga diversas escolas técnicas particulares e a ETEC Presidente Vargas, fundada em 1948 e em funcionamento desde 1957. São 600 vagas em doze cursos de ensino técnico e ensino médio. É a primeira escola técnica estadual e a mais tradicional da Região do Alto Tietê, sendo que até 2007 era a única escola deste tipo na região.[12] No estado de São Paulo a instituição está entre as 20 melhores colocadas no ENEM em 2007. Na Região do Alto Tietê a escola obteve o primeiro lugar entre as instituições públicas de ensino médio, obtendo uma média geral de 70,01 em uma escala de 0 a 100 pontos. Além disso, a ETEC obteve a segunda melhor nota geral entre as 31 escolas de ensino médio no município.[13] No ano de 2008, a escola se manteve no segundo lugar entre as escolas do município que tiveram a melhor nota no ENEM, obtendo a pontuação de 66,65 na escala de 0 a 100. A escola continua liderando a lista entre as escolas públicas mogicruzenses e ocupa o 153º lugar entre as 400 escolas públicas e particulares com melhor média do Estado de São Paulo.[14]

Em relação ao ensino básico (ensino fundamental e ensino médio), de acordo como o Ministério da Educação, entre as dez escolas com médias mais elevadas do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da Região do Alto Tietê, cinco estão no município – incluindo a que conquistou o primeiro lugar entre as instituições do primeiro ciclo do ensino fundamental (1ª a 4ª série), a Escola Municipal Professor Jair Rocha Batalha, que obteve nota 6,5 em uma escala de 0 a 10. A nota coloca a escola entre as poucas do país com qualidade de escola de país desenvolvido. Para entrar neste seleto grupo, uma escola deve obter uma nota maior ou igual a 6 no IDEB.[15]
[editar] Saneamento básico

Levantamento pelo instituto Trata Brasil, com base nos dados fornecidos pelo Ministério das Cidades mostram que o município de Mogi das Cruzes tem o 9ª melhor sistema de saneamento básico entre os 79 municípios brasileiros com mais de 300.000 habitantes. O município tem 96% de atendimento de água e 91% de atendimento de esgoto. Não é a primeira vez que o município por meio do SEMAE (Serviço Municipal de Águas e Esgotos de Mogi das Cruzes) ocupa uma boa posição nesse quesito, Mogi das Cruzes ocupou a 10ª posição em 2004 nessa mesma pesquisa.[16]
[editar] Economia

Faz parte do conhecido "Cinturão Verde", abastecendo toda a Região Metropolitana de São Paulo e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com sua produção de hortifrutigranjeiros. O parque industrial de Mogi das Cruzes conta com diversas indústrias de vários portes, com destaque para a siderurgia e montadoras automobilísticas (Valtra e General Motors).

O município de Mogi das Cruzes é considerado pela Escola Brasileira de Administração Pública (Ebape) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) um dos 100 municípios com melhores condições para o desenvolvimento de uma carreira profissional. O município ocupa a 72º posição na lista, e foram usados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde. Foram analisadas nessa pesquisa ao todo 127 municípios brasileiros. Mogi das Cruzes também é considerado a 89º melhor município para se viver no Brasil, segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IFDM) da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).[17]

Além disso, Mogi das Cruzes é o município com o menor índice de pobreza da Região do Alto Tietê, no entanto é o 67ª município mais pobre do Estado de São Paulo. Essa afirmação tem como base o Mapa da Pobreza e Desigualdade 2003 divulgado pelo IBGE. O mapa traz uma série de indicadores e utiliza como base: As Pequisas de Orçamentos Familiares 2002/2003 e o Censo de 2000, e de acordo com o IBGE. A pobreza é definida a partir de critérios técnicos, definidos por especialistas que analisam a capacidade de consumo das pessoas, sendo considerada pobre aquela pessoa que não consegue ter acesso a uma cesta alimentar e de bens mínimos necessários para a sua sobrevivência.[18]
[editar] Turismo

Mogi das Cruzes tem notável potencial turístico, um levantamento feito pela prefeitura constatou que o município tem cinco atrações turísticas: Pico do Urubu (Serra do Itapeti), Parque Centenário (César de Souza), Parque Leon Feffer (Brás Cubas), Pedreira de Sabaúna e a Represa do Rio Jundiaí (Taiaçupeba). São locais de conhecimento dos habitantes locais, mas que não foram devidamente explorados.[19]

Além dessas atrações naturais e parques, Mogi das Cruzes conta desde 13 de junho de 2009 com um "Expresso Turístico". Trata-se de uma locomotiva da CPTM que puxa dois vagões fabricados na década de 1960, entre as estações da Luz e Mogi das Cruzes.[20]
[editar] Arte e cultura
Igrejas do Carmo, ordens primeira e terceira

Mogi das Cruzes possui produção cultural nas mais variadas vertentes artísticas. Possui dois teatros municipais: o Theatro Vasques, inaugurado em 1902 e recentemente restaurado, localizado no Largo do Carmo, e o Teatro Dr. Bóris Grinberg, inaugurado em 2007, localizado no bairro Nova Mogilar.

O "Salão da Primavera" - exposição artística de quadros sobre o tema - é um dos mais antigos da região. São diversas academias de dança, companhias teatrais, músicos, pintores, fotógrafos, escritores.

Também é da cidade o grupo teatral mais antigo da Região do Alto Tietê, o "TEM - Teatro Experimental Mogiano" fundado em 1965, onde atuou Ricardo Blat.

O cartunista Maurício de Sousa, apesar de nascido no município vizinho de Santa Isabel, iniciou sua produção artística durante o período em que morou em Mogi das Cruzes, produções estas distribuídas nos veículos de mídia do município e da região. Vários de seus personagens mais famosos foram inspirados em habitantes de Mogi das Cruzes.

Além disso, existe em Mogi das Cruzes uma antiga música para orquestra e coro composta no Brasil. Trata-se da Ladainha de Nossa Senhora Aparecida, composta por Faustino Xavier do Prado, mestre-de-capela da igreja do Carmo de Mogi das Cruzes, no início do século XVIII (entre 1725 e 1740).

Seguindo essa tradição musical, há em Mogi, atualmente, uma banda sinfônica e uma orquetra sinfônica: a Banda Sinfônica Jovem Mario Portes, que tem como regente o maestro Daniel Bordignon; e a Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes, que tem como regente o maestro Marcelo Jardim.

O CECAP - Centro Cultural Antônio do Pinhal fundado em 15 de dezembro de 2006, desenvolve um conjunto de atividades artísticas culturais, onde oferece gratuitamente o Curso de História da Arte do Século XX, que resgata a história da arte e o artista mogiano.

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